Espanhóis rejeitam cortes

Defender o público

Dezenas de milhares de manifestantes desfilaram, no domingo, em várias cidades de Espanha contra os cortes na Educação e na Saúde. As greves em defesa do ensino público alastram a várias regiões.

Sindicatos respondem com greves e manifestações

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Na capital, cerca de 35 mil pessoas participaram no protesto convocado pelo movimento 15-M, sob o lema «Banqueiros e políticos, tirai as vossas mãos dos serviços públicos». Protestos de menor dimensão foram igualmente registados em Barcelona, Málaga, Pamplona, Valência, Palma de Maiorca e Salamanca.

Já na semana passada, dia 14, milhares de professores, alunos e pais haviam saído à rua, convocados por vários sindicatos, para contestar os cortes orçamentais no sector. O Ministério anuncia um aperto de cinto na ordem dos dois mil milhões de euros e a supressão de 15 mil lugares de professores contratados. Nesse sentido, as autoridades das regiões de Madrid, Galiza, Navarra, Castela e Catalunha impuseram aos professores do secundário duas horas suplementares de aulas, para poderem dispensar pessoal docente.

 

Vaga de greves

 

Em defesa da escola pública e contra os cortes no sector, os sindicatos convocaram uma série de greves em várias regiões espanholas, que se iniciou na terça-feira, na Comunidade de Madrid, abrangendo um universo de 21 mil professores do secundário e 230 mil alunos. Na capital, onde a paralisação poderá durar três dias, docentes e alunos voltaram a manifestar-se no final da tarde.

Na Galiza, cerca de 30 mil professores dos diferentes graus de ensino foram mobilizados para a greve marcada para ontem, quarta-feira, estando outra paralisação anunciada para dia 27.

Em Castela, Baleares, Cantábria, Leão, Estremadura, Múrcia e Melida, as estruturas sindicais promoveram assembleias para decidir formas de luta, que em vários casos se realizaram frente às delegações governamentais.

Entretanto já foi marcada para 22 de Outubro uma jornada nacional, prevendo-se uma grande manifestação em Madrid.



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