Urge parar o desvario
O PCP requereu a presença da ministra da Educação no Parlamento para que esta explique o encerramento de mais 650 escolas, noticiado há dias pelos órgãos de comunicação social.
A bancada comunista quer ver apreciada, nomeadamente, a questão do reordenamento escolar, vendo com muita preocupação este propósito do Governo de encerrar ainda mais escolas, a somar às mais de 700 que desapareceram no ano lectivo de 2010/2011, altura em que simultaneamente o Governo impôs 86 mega-agrupamentos à comunidade educativa, com impactes muito negativos nos planos pedagógico, social e laboral.
Para os deputados comunistas, o que está em curso é uma política de destruição da Escola Pública de Qualidade, operada num quadro de «grandes instabilidade na vida das escolas» e orientada por «critérios economicistas e programáticos sem quaisquer critérios objectivos e pedagógicos».
Por isso o PCP, com fundadas razões, afirma que vivemos o «período mais negro da Escola Pública desde o 25 de Abril», por responsabilidade directa do Governo PS, lembrando que, entre outros traços, a marcar este tempo está a «promoção do desemprego dos professores, o recurso ilegal à precariedade e aos baixos salários, cortes salariais, cortes nas despesas de funcionamento das escolas, encerramento de escolas e criação de mega-agrupamentos, cortes no ensino especial, privatização do património e da gestão das escolas através da Parque Escolar E.P.E., desrespeito pela negociação colectiva.