Falta colocar muitos professores
Por ter recebido «inúmeras queixas» relativas a «atrasos com que o Ministério da Educação está a colocar os professores», e a situação de «verdadeira opacidade com que decorre o processo de colocação, através da designada “bolsa de recrutamento”», a Federação Nacional dos Professores protestou contra esta situação no dia 23, numa reunião com a Inspecção-Geral de Educação.
No encontro, a Fenprof também manifestou preocupação sobre «as condições negativas em que abriu o ano lectivo e apresentou um conjunto de problemas relacionados com a constituição de turmas e os horários dos docentes.
Num comunicado, a federação lembrou ter alertado aquela inspecção para a crescente precariedade do corpo docente; a falta de professores, «que se traduz na existência de muitos milhares de alunos que continuam sem ter as aulas todas»; a «gravíssima falta de pessoal não docente», tanto de auxiliares como de psicólogos e terapeutas de diversa natureza; a extinção de cerca de duzentas escolas e agrupamentos, e a imposição de mega-agrupamentos, havendo alguns a funcionar «num quadro de ilegalidade»; o desrespeito pela legislação referente à integração de crianças e de jovens com necessidades educativas especiais; o desrespeito pelas normas que estabelecem máximos de 18 ou 22 alunos em turmas de 1.º Ciclo do ensino básico, e a «ultrapassagem dos limites máximos impostos» em turmas do 2.º e 3.º Ciclos do ensino secundário, havendo casos de 34 e 38 alunos na mesma sala.