Festa do Avante! – A Festa do Portugal de Abril

José Martins

Desde a FIL aos matos do Jamor, dos ter­renos duros e ba­sál­ticos da Ajuda aos des­cam­pados ven­tosos de Loures e, desde há 20 anos para cá, nos ter­renos are­nosos da mag­ní­fica Quinta da Ata­laia, os ini­migos da Festa sempre ar­ran­jaram pre­textos e planos, ins­pi­rados por in­te­resses mes­qui­nhos e ódios, para pro­curar em­patar e di­fi­cultar a sua cons­trução e o seu fun­ci­o­na­mento.

Todos os anos, em todas as edi­ções da Festa, mes­qui­nhas e ob­ses­sivas pes­soas ins­ta­ladas em ins­ti­tui­ções e ór­gãos do poder, ora la­ranja ora cor-de-rosa, en­gen­dram novas ma­qui­na­ções e in­ves­tidas contra a Festa mais fra­terna e mais so­li­dária re­a­li­zada por um par­tido po­lí­tico, em Por­tugal. E todos es­tamos re­cor­dados das leis iní­quas feitas à justa me­dida da Festa e das exi­gên­cias e mais exi­gên­cias que foram sendo co­lo­cadas à sua re­a­li­zação.

Não es­panta, pois, que na sua úl­tima edição, e no­va­mente pela mão do go­verno PS/​Só­crates, te­nham sur­gido ten­ta­tivas, ainda que ve­ladas, de im­po­sição de de­ter­mi­nados fi­gu­rinos e li­mi­ta­ções à pró­pria li­ber­dade, or­de­na­mento e fun­ci­o­na­mento que, a con­cre­ti­zarem-se, al­te­ra­riam ra­di­cal­mente o ca­rácter e na­tu­reza da pró­pria Festa como um es­paço de li­ber­dade, pa­cí­fico e se­guro, e livre do poder e da co­acção.

Es­que­ceram-se o Go­verno e ou­tros man­dantes de in­te­resses ins­ta­lados que a Festa é uma re­a­li­zação po­lí­tico-par­ti­dária e que as muitas ini­ci­a­tivas nela de­sen­vol­vidas não ca­recem nem de au­to­ri­zação nem de li­cenças, tal como é de­ter­mi­nado pela Cons­ti­tuição da Re­pú­blica Por­tu­guesa. Mais a mais, quando re­a­li­zadas na nossa pró­pria casa.

À Festa, como re­a­li­zação po­lí­tico-par­ti­dária, é ine­rente a exis­tência de con­di­ções de plena li­ber­dade, sendo da res­pon­sa­bi­li­dade da sua Di­recção que a re­a­li­zação dela de­corra com toda a nor­ma­li­dade, o que im­plica a ga­rantia de nela se res­pirar um am­bi­ente fra­terno, pa­cí­fico e se­guro, como vem sendo de­mons­trado, de­sig­na­da­mente através das cen­tenas de bebés que nos car­ri­nhos gui­ados pelos seus pais por ela pas­seiam des­con­trai­da­mente du­rante os três dias.

Tem sido sempre assim. Cada Festa é sempre um es­forço co­lossal mas em­pe­nhado e so­li­dário para a cons­truir de novo e de novo com­bater as con­di­ções ad­versas cri­adas pelos seus ini­migos de sempre. Porque a Festa do Avante! é a Festa do órgão cen­tral do PCP. Mas é também, e fun­da­men­tal­mente, a Festa do Par­tido. Ela é ale­gria e con­vívio, é arte e cul­tura, é canção e des­porto. Mas é prin­ci­pal­mente uma grande ini­ci­a­tiva po­pular de massas, for­te­mente in­se­rida na re­a­li­dade do País e nos pro­blemas e as­pi­ra­ções mais pro­fundos dos tra­ba­lha­dores.

Por isso, a Festa é um todo, onde cada or­ga­ni­zação, cada cé­lula e cada mi­li­tante tra­balha e vive de forma em­pe­nhada para que a nossa Festa seja um êxito em todas as ver­tentes do seu múl­tiplo e di­ver­si­fi­cado fun­ci­o­na­mento.

Também por isso, a Festa enche-se todos os anos com muitos mi­lhares de por­tu­gueses que, em am­bi­ente so­li­dário e tran­quilo, fra­terno e in­ter­na­ci­o­na­lista, dão vivas en­tu­siás­ticos à sua aber­tura e, na terra are­nosa da Ata­laia, ao som da Car­va­lhesa, en­terram bem fundo sobre os seus pés a dis­cri­ci­o­na­ri­dade e a pre­po­tência, a ir­ra­ci­o­na­li­dade e o dis­pa­rate dos seus ini­migos.

Sim! A Festa do Avante! é um evento po­lí­tico-par­ti­dário. A maior Festa re­a­li­zada por um par­tido po­lí­tico no Por­tugal de Abril. Do Par­tido que faz a Festa como um es­paço de li­ber­dade, ca­ma­ra­dagem, con­vívio fra­terno, atra­ente, se­guro e na­tu­ral­mente des­po­li­ciado, como de­ter­mina a Cons­ti­tuição de Abril.



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