No município de Beja

Comunistas rejeitam perseguições

Os tra­ba­lha­dores co­mu­nistas no mu­ni­cípio de Beja estão in­dig­nados com as de­cla­ra­ções do pre­si­dente da Câ­mara a uma rádio local sobre a sua con­duta pro­fis­si­onal. Numa en­tre­vista à Rádio Pax no dia 21, o au­tarca pro­feriu «afir­ma­ções aten­ta­tó­rias ao com­por­ta­mento ético-pro­fis­si­onal dos tra­ba­lha­dores do mu­ni­cípio em geral e, par­ti­cu­lar­mente, dos tra­ba­lha­dores com op­ções po­lí­ticas claras e iden­ti­fi­cadas», lem­bram os co­mu­nistas num co­mu­ni­cado emi­tido no dia se­guinte.

A or­ga­ni­zação do PCP dos tra­ba­lha­dores do mu­ni­cípio de Beja in­ter­preta estas de­cla­ra­ções como o «pre­núncio de uma per­se­guição que o exe­cu­tivo che­fiado por Jorge Pu­lido Va­lente pode estar a pre­parar contra os tra­ba­lha­dores co­mu­nistas do mu­ni­cípio». Para os co­mu­nistas, o au­tarca po­derá estar a lançar pu­bli­ca­mente cam­pa­nhas «di­fa­ma­tó­rias e falsas, com o ob­jec­tivo de ir in­flu­en­ci­ando a opi­nião pú­blica para pre­parar ter­reno e me­lhor jus­ti­ficar essas per­se­gui­ções». Que, lem­bram, podem cul­minar com o des­pe­di­mento ao abrigo das novas re­gras de ava­li­ação de de­sem­penho.

Face a este pos­sível ce­nário, os co­mu­nistas afirmam que «não se dei­xarão in­ti­midar por ame­aças ou chan­ta­gens» pelo que não dei­xarão de exercer os seus di­reitos de ci­da­dania e de de­fender os di­reitos dos tra­ba­lha­dores e um ser­viço pú­blico su­bor­di­nado aos in­te­resses das po­pu­la­ções.

No co­mu­ni­cado, os co­mu­nistas es­cla­recem que, entre eles, «nunca houve uma re­cusa no exer­cício das suas fun­ções nem qual­quer pro­cesso dis­ci­plinar que con­firme a falta de zelo e, muito menos, que in­dicie prá­ticas que pre­sumam pos­turas sa­bo­ta­doras, como foi in­si­nuado nas de­cla­ra­ções do pre­si­dente». Aliás, em reu­niões do co­lec­tivo par­ti­dário, «sempre a pos­tura mi­li­tante foi de apelo a um de­sem­penho pro­fis­si­onal que me­lhor sirva os in­te­resses da co­mu­ni­dade».

Com o ob­jec­tivo de acabar com es­pe­cu­la­ções, a or­ga­ni­zação par­ti­dária no mu­ni­cípio re­corda não haver – nem no ac­tual man­dato nem nos an­te­ri­ores – mi­li­tantes do Par­tido em cargos de chefia e que sempre teve como ori­en­tação o res­peito pelos di­ri­gentes «in­de­pen­den­te­mente das res­pec­tivas op­ções po­lí­ticas». A prová-lo está o facto de nunca se terem re­gis­tado con­flitos por ra­zões desta na­tu­reza.

Os co­mu­nistas con­si­deram ainda que as de­cla­ra­ções do pre­si­dente da Câ­mara in­di­ciam des­res­peito pelos res­tantes tra­ba­lha­dores, ao deixar im­plí­cita a ideia de que se trata de «seres au­tó­matos e não pen­santes, que se deixam in­flu­en­ciar fa­cil­mente por ideias “cons­pi­ra­tivas”».



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