Proteja-se o sector têxtil
A propósito o encerramento da Arco Têxteis, ex-Arcofios, a Comissão Concelhia de Santo Tirso do PCP considera estar-se perante não apenas o fim de mais uma empresa mas de um sector, o da fiação. No desemprego ficam mais 50 trabalhadores, que se juntam aos cerca de sete mil trabalhadores inscritos nos centros de emprego do concelho.
Face a esta realidade, os comunistas de Santo Tirso chamam a atenção para a dependência do sector têxtil, vestuário e calçado e reclamam uma «verdadeira política de defesa do sector». Que garanta o rompimento com o modelo baseado nos baixos salários, baixas qualificações e precariedade no emprego; aumente os níveis de escolaridade e qualificação dos trabalhadores; reforce os apoios da Segurança Social às famílias atingidas pelo desemprego; accione medidas preventivas para as áreas e sectores de risco e garanta apoios financeiros às micro, pequenas e médias empresas descapitalizadas e com desequilíbrios financeiros; e defenda o mercado nacional, através do combate às deslocalizações.
No seu comunicado, de 27 de Agosto, o PCP acusa o Governo de nada dizer nem fazer sobre este assunto, deixando que estas práticas, «lesivas da economia nacional, continuem impunes». O que o executivo liderado por José Sócrates sabe fazer é, acusa a Comissão Concelhia de Santo Tirso, «promessas, como por por exemplo a de que a criação do Call Center iria criar 1200 postos de trabalho» no concelho. A verdade é que só lá estão 350 trabalhadores, sendo apenas 100 do concelho.