ASPP acusa MAI de provocação

Polícias manifestam-se hoje

A As­so­ci­ação Sin­dical da PSP re­futou que es­tejam ga­ran­tidos au­mentos de 1,5 por cento, este ano, e re­forçou o apelo à par­ti­ci­pação na ma­ni­fes­tação de hoje, «por um es­ta­tuto pro­fis­si­onal digno».

«Cresce a des­mo­ti­vação e a re­volta»

Os pro­fis­si­o­nais de Po­lícia ma­ni­festam-se esta tarde, do Marquês de Pombal à Praça do Co­mércio, em Lisboa. A ASPP/​PSP des­mentiu as de­cla­ra­ções do mi­nistro da Ad­mi­nis­tração In­terna que, dia 24, afirmou que aqueles pro­fis­si­o­nais te­riam este ano au­mentos de 1,5 por cento.

Lem­brando que «esta ma­ni­fes­tação não pre­tende exigir au­mentos sa­la­riais, mas sim­ples­mente um es­ta­tuto pro­fis­si­onal que sirva a ins­ti­tuição, os pro­fis­si­o­nais, e que me­lhore a efi­cácia da PSP junto dos ci­da­dãos», a ASPP disse, através de um co­mu­ni­cado, ser men­tira que os pro­fis­si­o­nais da PSP ob­te­nham aquele au­mento sa­la­rial, clas­si­fi­cando aquelas afir­ma­ções como «uma pro­vo­cação aos pro­fis­si­o­nais da PSP».

Afinal, o au­mento de 1,5 por cento «é gra­dual até 2013, foi acor­dado em 2009 e sig­ni­fica, para um agente da Po­lícia, um au­mento, para 2010, de 11 euros, no Sub­sídio das Forças e Ser­viços de Se­gu­rança, para um sa­lário global de 755 euros», es­cla­receu a as­so­ci­ação.

A ASPP/​PSP con­si­derou as de­cla­ra­ções do mi­nistro uma ten­ta­tiva «de­ses­pe­rada» de re­tirar aos po­lí­cias «o apoio e ca­rinho que a sua causa me­rece, pe­rante a opi­nião pú­blica», e lem­brou que fo­rami feitas na es­quadra da Foz, «cujo tecto do an­te­rior edi­fício havia caído por duas vezes, nos úl­timos dois anos».

A ASPP tem re­a­li­zado en­con­tros re­gi­o­nais para os pro­fis­si­o­nais de­fi­nirem es­tra­té­gias para dar se­gui­mento à luta, de­pois da ma­ni­fes­tação de hoje, tendo já ocor­rido en­con­tros em Lisboa, Porto e Coimbra. Nestes en­con­tros, «ficou bem pa­tente o de­sa­grado dos pro­fis­si­o­nais em re­lação à forma como este Go­verno tem tra­tado os Po­lí­cias, que se sentem en­ga­nados», re­velou a ASPP, num co­mu­ni­cado de dia 18, onde con­si­dera haver, na ins­ti­tuição, «um es­pí­rito de des­mo­ti­vação e de re­volta».

 

APG des­mente mi­nistro

 

A As­so­ci­ação de Pro­fis­si­o­nais da Guarda, APG/​GNR, con­si­derou que as de­cla­ra­ções do mi­nistro foram «um equí­voco». Em de­cla­ra­ções à Lusa, o pre­si­dente da as­so­ci­ação, José Ma­na­geiro, ex­plicou que o au­mento de 1,5 por cento não se pro­cessa sobre o ven­ci­mento-base, mas é di­luído no des­conto de 1,2 por cento, que pas­sará a pro­cessar-se para a pro­tecção na do­ença destes pro­fis­si­o­nais. «Não temos ne­nhuma va­lo­ri­zação sa­la­rial», es­cla­receu.

 

Por um es­ta­tuto digno

 

Com o novo es­ta­tuto pro­fis­si­onal, mo­tivo cen­tral da ma­ni­fes­tação de hoje, «os su­ple­mentos re­mu­ne­ra­tó­rios passam a ser pro­ces­sados ao dia», sendo que, «no caso do su­ple­mento es­pe­cial de Po­lícia, bem como no su­ple­mento de pa­trulha, ocor­rerá uma clara re­dução dos va­lores au­fe­ridos antes da en­trada em vigor do novo es­ta­tuto» im­posto pelo Go­verno PS. Esta re­dução é su­pe­rior aos 11 euros de au­mento, cons­tantes da ac­tu­a­li­zação do sub­sídio das forças e ser­viços de se­gu­rança.

Por estes mo­tivos, a ASPP/​PSP re­forçou o apelo à par­ti­ci­pação na luta de hoje, pela dig­ni­fi­cação das car­reiras e o di­reito à pro­gressão, «ao con­trário do que su­cede com o do­cu­mento ac­tu­al­mente em vigor».



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