Privatizações podem ser derrotadas
«Os resultados das privatizações estão aí expressos numa profunda recessão económica, numa crescente dependência face ao exterior, nos graves défices estruturais que amarram Portugal à cauda dos indicadores de desenvolvimento económico e social no quadro europeu», afirmou o Secretário-geral do PCP, num balanço demolidor às privatizações que deita abaixo toda a propaganda sobre o tema desenvolvida pelo Governo e pelo grande capital.
Intervindo na abertura da audição, Jerónimo de Sousa caracterizou esta operação de venda total ou parcial que o Governo pretende realizar de mais 17 empresas do sector empresarial do Estado como mais uma medida de favorecimentos dos poderosos. A juntar a outras medidas que constam do PEC - cortes nos salários e nos apoios sociais, redução drástica do investimento público, aumentos de preços de bens e serviços - e que fazem deste uma «verdadeira declaração de guerra aos trabalhadores e ao povo».
«Sacrifícios para os trabalhadores e para o povo, lucros e novas fontes de negócio para os grupos económicos e financeiros, eis o que o Governo propõe em dose concentrada», denunciou o dirigente comunista.
Por si sublinhado foi ainda o facto de só os lucros acumulados nos últimos seis anos pelos principais grupos económicos e financeiros criados a partir de empresas que foram privatizadas terem somado lucros que ascendem a cerca de 27 mil milhões de euros, o que corresponde aquilo que essas empresas renderam ao Estado quando este as alienou.
«O que vem provar, não apenas que foram vendidas ao desbarato, como são uma impressionante fonte de rendimentos que passou das mãos do povo para os bolsos de alguns», observou Jerónimo de Sousa, antes de realçar serem estas mesmas «velhas justificações» que voltam a ouvir-se, preparando uma nova operação de delapidação de bens públicos.
Abordando mais desenvolvidamente as consequências das privatizações, o Secretário-geral do PCP recordou ainda que elas significaram a perda do controlo do Estado sobre «alavancas estratégicas essenciais», a redução da receita do Estado e a limitação da sua «capacidade na resolução dos problemas do País», o «domínio do capital estrangeiro na vida nacional», o agravamento da balança de pagamentos e a perda de elementos da soberania nacional.
Mas foi também, acrescentou, a liquidação directa de mais de cem mil postos de trabalho, o agravar da distribuição da riqueza, o ataque aos direitos dos trabalhadores, a generalização da precariedade e da sub-contratação.
Não falando da subida em flecha do custo dos factores de produção das micro, pequenas e médias empresas, que levou à ruína muitas delas, estranguladas não pelo valor dos baixos salários mas por outras causas como sejam os custos da energia ou as taxas de juro.
Daí que as privatizações sejam, para o PCP, «um assalto ao património colectivo, um factor de atraso e retrocesso económico e social» que só não foram mais longe graças à resistência e luta dos trabalhadores e do povo.
A mesma luta e mobilização que, na opinião do dirigente do PCP, pode de novo travar e derrotar a pretensão do Governo PS. Foi o apelo à acção conjunta por esse objectivo que Jerónimo de Sousa quis deixar bem vincado, com a convicção de que «nem as privatizações nem a política de direita são uma inevitabilidade» e de que só uma ruptura e a afirmação de «uma política patriótica e de esquerda» pode responder à dimensão e profundidade dos problemas nacionais.
Intervindo na abertura da audição, Jerónimo de Sousa caracterizou esta operação de venda total ou parcial que o Governo pretende realizar de mais 17 empresas do sector empresarial do Estado como mais uma medida de favorecimentos dos poderosos. A juntar a outras medidas que constam do PEC - cortes nos salários e nos apoios sociais, redução drástica do investimento público, aumentos de preços de bens e serviços - e que fazem deste uma «verdadeira declaração de guerra aos trabalhadores e ao povo».
«Sacrifícios para os trabalhadores e para o povo, lucros e novas fontes de negócio para os grupos económicos e financeiros, eis o que o Governo propõe em dose concentrada», denunciou o dirigente comunista.
Por si sublinhado foi ainda o facto de só os lucros acumulados nos últimos seis anos pelos principais grupos económicos e financeiros criados a partir de empresas que foram privatizadas terem somado lucros que ascendem a cerca de 27 mil milhões de euros, o que corresponde aquilo que essas empresas renderam ao Estado quando este as alienou.
«O que vem provar, não apenas que foram vendidas ao desbarato, como são uma impressionante fonte de rendimentos que passou das mãos do povo para os bolsos de alguns», observou Jerónimo de Sousa, antes de realçar serem estas mesmas «velhas justificações» que voltam a ouvir-se, preparando uma nova operação de delapidação de bens públicos.
Abordando mais desenvolvidamente as consequências das privatizações, o Secretário-geral do PCP recordou ainda que elas significaram a perda do controlo do Estado sobre «alavancas estratégicas essenciais», a redução da receita do Estado e a limitação da sua «capacidade na resolução dos problemas do País», o «domínio do capital estrangeiro na vida nacional», o agravamento da balança de pagamentos e a perda de elementos da soberania nacional.
Mas foi também, acrescentou, a liquidação directa de mais de cem mil postos de trabalho, o agravar da distribuição da riqueza, o ataque aos direitos dos trabalhadores, a generalização da precariedade e da sub-contratação.
Não falando da subida em flecha do custo dos factores de produção das micro, pequenas e médias empresas, que levou à ruína muitas delas, estranguladas não pelo valor dos baixos salários mas por outras causas como sejam os custos da energia ou as taxas de juro.
Daí que as privatizações sejam, para o PCP, «um assalto ao património colectivo, um factor de atraso e retrocesso económico e social» que só não foram mais longe graças à resistência e luta dos trabalhadores e do povo.
A mesma luta e mobilização que, na opinião do dirigente do PCP, pode de novo travar e derrotar a pretensão do Governo PS. Foi o apelo à acção conjunta por esse objectivo que Jerónimo de Sousa quis deixar bem vincado, com a convicção de que «nem as privatizações nem a política de direita são uma inevitabilidade» e de que só uma ruptura e a afirmação de «uma política patriótica e de esquerda» pode responder à dimensão e profundidade dos problemas nacionais.