Faleceu Catarina Rafael
Faleceu, no dia 15 de Abril, com 92 anos, Catarina Machado Rafael. Nascida em Vale de Vargo, em 1917, de uma família de pequenos comerciantes, aderiu ao PCP no início da década de 40 do século passado, tendo passado à clandestinidade em 1947. Deste essa data e até 1973 assegurou, com o seu companheiro Joaquim Rafael, o trabalho e a segurança das tipografias clandestinas em vários pontos do País. Após o 25 de Abril, continuou empenhadamente comunista, militando nas organizações regionais do Alentejo e de Lisboa.
No funeral, realizado no dia seguinte, Luísa Araújo, do Secretariado, afirmou: «Para a defesa do aparelho clandestino da imprensa e da propaganda do Partido, os dois [Catarina e Joaquim Rafael] andaram de terra em terra, por muitas zonas do País, entre o Barreiro e Rio Tinto, dando forma e movimento à luta escrita, às análises e orientações do Povo que davam força a todos os que confiavam que o fascismo seria derrotado e que, ao chegar às mãos de grandes massas de trabalhadores, novas consciências nasceriam.» Pelas suas mãos, continuou a dirigente do Partido, passaram, «acabados de sair do prelo, o Avante!, O Militante, O Camponês, O Têxtil, A Terra e outros jornais do Partido. Passaram manifestos de apelos à luta, que se transformaram em grandes jornadas dos trabalhadores, em grandes manifestações».
Os primeiros momentos de liberdade passou-os Catarina «dividida, decerto, entre a alegria da Revolução para a qual tanto contribuiu e a doença do seu companheiro provocada pelo chumbo das tipografias, que o levaria à morte poucos meses depois». Apesar disso, valorizou Luísa Araújo, «continuou na luta, na defesa das conquistas de Abril». Catarina Rafael é, pois, «mais uma das mulheres comunistas portuguesas que deu o melhor da sua vida pelo seu Partido, pela luta, por um Portugal democrático e socialista».
No funeral, realizado no dia seguinte, Luísa Araújo, do Secretariado, afirmou: «Para a defesa do aparelho clandestino da imprensa e da propaganda do Partido, os dois [Catarina e Joaquim Rafael] andaram de terra em terra, por muitas zonas do País, entre o Barreiro e Rio Tinto, dando forma e movimento à luta escrita, às análises e orientações do Povo que davam força a todos os que confiavam que o fascismo seria derrotado e que, ao chegar às mãos de grandes massas de trabalhadores, novas consciências nasceriam.» Pelas suas mãos, continuou a dirigente do Partido, passaram, «acabados de sair do prelo, o Avante!, O Militante, O Camponês, O Têxtil, A Terra e outros jornais do Partido. Passaram manifestos de apelos à luta, que se transformaram em grandes jornadas dos trabalhadores, em grandes manifestações».
Os primeiros momentos de liberdade passou-os Catarina «dividida, decerto, entre a alegria da Revolução para a qual tanto contribuiu e a doença do seu companheiro provocada pelo chumbo das tipografias, que o levaria à morte poucos meses depois». Apesar disso, valorizou Luísa Araújo, «continuou na luta, na defesa das conquistas de Abril». Catarina Rafael é, pois, «mais uma das mulheres comunistas portuguesas que deu o melhor da sua vida pelo seu Partido, pela luta, por um Portugal democrático e socialista».