Enfermeiros desmascaram mentira
O Ministério da Saúde «mente e demonstra desonestidade intelectual», acusou, dia 18, o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, cuja classe tem greve agendada, a partir da tarde de segunda-feira próxima, para os dias 29, 30 e 31, e 1 de Abril, até às 8 horas. A acusação deveu-se à afirmação, do Ministério da Saúde, de que os enfermeiros teriam recusado um aumento salarial de 17 por cento. Repondo a verdade, o SEP recordou que «o suposto aumento de 17 por cento só seria verdade se o início da carreira passasse a ser de imediato, de 1201 euros, e se todos os 6029 enfermeiros fossem imediatamente reposicionados». Na «verdadeira proposta», a maioria dos enfermeiros só teriam direito ao salário igual ao dos restantes licenciados na Administração Pública, a 1 de Janeiro de 2013. Apenas um terço, por ano, dos 6029 profissionais, com salário inferior aos 1201,48 euros seriam reposicionados naquele valor, sendo a revalorização real de 4,9 por cento, em 2011, de 12,84 por cento, em 2012, e de 17,29 por cento, mas só em 2013.
Numa nota conjunta à imprensa, divulgada, segunda-feira, pelo SEP, a Federação Nacional de Associações de Estudantes de Enfermagem repudiou «as propostas e a ausência de soluções» para responder aos problemas dos jovens enfermeiros, designadamente, «o crescente desemprego e a proliferação da precariedade, através de propostas discriminatórias» como esta, da nova grelha salarial.
Numa nota conjunta à imprensa, divulgada, segunda-feira, pelo SEP, a Federação Nacional de Associações de Estudantes de Enfermagem repudiou «as propostas e a ausência de soluções» para responder aos problemas dos jovens enfermeiros, designadamente, «o crescente desemprego e a proliferação da precariedade, através de propostas discriminatórias» como esta, da nova grelha salarial.