PSD – «vira o disco e toca a mesma»
Era uma vez, no Portugal de Abril, quando PS e PSD diferiam em elementos significativos das suas orientações e política de alianças. Foi um tempo breve que mediou entre 1973 - no dealbar da revolução - e a contra-ofensiva reaccionária de 1975, do grande capital, do imperialismo e da direcção «soarista» do PS. Foi o tempo em que o movimento de massas, em aliança com os militares progressistas, fez a nossa história colectiva galgar décadas de avanços, em torno dos quais se travam, ainda hoje, grandes lutas políticas e de classe.
Desde então, PS e PSD tornaram-se, cada vez mais, almas gémeas das políticas de direita e dos grandes interesses, prosseguidas à vez, ou em «bloco central» efectivo, mais ou menos mistificado.
O PSD teve cada vez mais dificuldades em marcar diferenças neste «rotativismo» do «arco» dos partidos do poder económico e chegámos a uma fase, com o Governo PS/Sócrates da (extinta) maioria absoluta, em que se verificou que o PS serviu melhor esses interesses e cumpriu com mais eficácia o programa político do PSD, do que o próprio PSD alguma vez seria capaz.
O PSD mudou e voltou a mudar de liderança, de estilo e de imagem, em busca de chegar ao «conselho de gerência» dos grandes interesses no governo do País. Em tempo de eleições acentuou a «radicalidade» populista e neoliberal – corte na despesa pública, contenção no TGV, combate à «asfixia democrática» -, mas o PS, mesmo batido pela luta de massas e enfraquecido nas urnas, continua no governo, e já antecipou a «vitimização» com que visa prolongar a governação minoritária – mas cujas bengalas do CDS-PP e não só já estão encomendadas.
O PSD continua num síndroma de desnecessidade para o exercício do poder – uma espécie de reserva do capital que, quanto muito, empurra o PS para fazer ainda mais célere o caminho das políticas de direita.
Por isso no PSD «vira o disco e toca a mesma» – voltam a mudança de líder e de imagem, o «assassínio político» e o folhetim do costume. Mas nenhum dos «barões» tem muita pressa. Todos sabem que os grandes interesses vão, até ver, continuar com o próximo Governo PS e que o PSD continuará sem nada de substancial a opor. Apenas à espera que o poder lhe caia no regaço, para então continuar a política de direita.
Da nossa parte não ficaremos à espera. A luta continua pela ruptura com a política de direita, do PS e PSD.
Desde então, PS e PSD tornaram-se, cada vez mais, almas gémeas das políticas de direita e dos grandes interesses, prosseguidas à vez, ou em «bloco central» efectivo, mais ou menos mistificado.
O PSD teve cada vez mais dificuldades em marcar diferenças neste «rotativismo» do «arco» dos partidos do poder económico e chegámos a uma fase, com o Governo PS/Sócrates da (extinta) maioria absoluta, em que se verificou que o PS serviu melhor esses interesses e cumpriu com mais eficácia o programa político do PSD, do que o próprio PSD alguma vez seria capaz.
O PSD mudou e voltou a mudar de liderança, de estilo e de imagem, em busca de chegar ao «conselho de gerência» dos grandes interesses no governo do País. Em tempo de eleições acentuou a «radicalidade» populista e neoliberal – corte na despesa pública, contenção no TGV, combate à «asfixia democrática» -, mas o PS, mesmo batido pela luta de massas e enfraquecido nas urnas, continua no governo, e já antecipou a «vitimização» com que visa prolongar a governação minoritária – mas cujas bengalas do CDS-PP e não só já estão encomendadas.
O PSD continua num síndroma de desnecessidade para o exercício do poder – uma espécie de reserva do capital que, quanto muito, empurra o PS para fazer ainda mais célere o caminho das políticas de direita.
Por isso no PSD «vira o disco e toca a mesma» – voltam a mudança de líder e de imagem, o «assassínio político» e o folhetim do costume. Mas nenhum dos «barões» tem muita pressa. Todos sabem que os grandes interesses vão, até ver, continuar com o próximo Governo PS e que o PSD continuará sem nada de substancial a opor. Apenas à espera que o poder lhe caia no regaço, para então continuar a política de direita.
Da nossa parte não ficaremos à espera. A luta continua pela ruptura com a política de direita, do PS e PSD.