sarauis presos em Casablanca
Sete activistas sarauis foram presos a 8 de Outubro no aeroporto de Casablanca, Marrocos, depois de uma visita aos acampamentos de refugiados de Tinduf, na Argélia.
Organizações internacionais exigem respeito pelos direitos humanos
A denúncia foi feita a semana passada por várias organizações de Direitos Humanos, que informaram que entre os detidos – seis homens e uma mulher – se encontram o primeiro vice-presidente do Colectivo de Defensores Saraui dos Direitos Humanos (CODESA), Alí Salem Tamek, e o presidente da Associação Saraui das Vítimas de Graves Violações dos Direitos Humanos cometidas pelo Estado marroquino (ASVDH), Brahim Dahane, para além de Dagja Lechgar, Ahmed Anassiri, Yahdih Eterrouzi, Saleh Lebayhi e Rachid Sghair.
Os activistas, detidos por ordem do Procurador Geral marroquino e entregues à Polícia Judicial para interrogatório, são acusados de ter estado «em contacto com partes hostis a Marrocos, cometendo assim um atentado contra os superiores interesses da nação», informou a agência oficial do notícias, MAP.
A prisão dos activistas foi de imediato condenada presidente da República Árabe Saraui Democrática (RASD) e secretário-general da Frente Polisário, Mohamed Abdelaziz, que em carta enviada ao secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon, considerou que semelhante actuação é «totalmente contrária aos esforços das Nações Unidas para fortalecer a confiança entre as duas partes em conflito».
A perseguição aos sarauis, que se intensificou nos últimos dias, atingiu também Sultana Khaya, que esteve retida no aeroporto de Al Aaiún durante cinco horas quando se preparava para viajar para Espanha. A jovem foi uma das vítimas da onda de repressão que em Maio de 2007 se abateu sofreu vários estudantes sarauis que protestavam pacificamente em Marraquexe. Em resultado dos golpes e torturas a que foi submetida, Sultana perdeu o olho direito. Agora, para além de ter sido detida, interrogada durante várias horas e ameaçada (inclusive de ficar sem o olho que lhe resta!), ficou sem a documentação e impossibilitada de viajar para Barcelona, onde há mais de um ano recebe tratamento médico.
Condenação internacional
A Fundação Robert Kennedy manifestou-se preocupada com a segurança dos sete activistas presos e apelou às autoridades marroquinas para que «cumpram com a sua obrigação de respeitar os direitos humanos de acordo com as leis internacionais» e exigiu que seja levada a cabo uma «investigação minuciosa sobre a detenção dos sete activistas» e se tomem medidas «para assegurar a sua integridade física e psicológica».
Por seu lado, a organização Front Line lançou um apelo urgente a favor da libertação «imediata e incondicional» dos presos, e o Centro Internacional Olof Palme pediu ao governo sueco que «condene este tipo de violação dos Direitos Humanos».
De igual modo, o Observatório de Direitos Humanos do Ilustre Colégio de Advogados de Badajoz exigiu «a imediata libertação dos sete detidos, bem como de todos os presos políticos sarauis que ainda estão nos cárceres marroquinos», enquanto o eurodeputado da Izquierda Unida, Willy Meyer, instou as autoridades europeias a «condenar a repressiva política marroquina» e a pressionar Marrocos para que cumpra de uma vez por todas as normas do Direito Internacional».
Os activistas, detidos por ordem do Procurador Geral marroquino e entregues à Polícia Judicial para interrogatório, são acusados de ter estado «em contacto com partes hostis a Marrocos, cometendo assim um atentado contra os superiores interesses da nação», informou a agência oficial do notícias, MAP.
A prisão dos activistas foi de imediato condenada presidente da República Árabe Saraui Democrática (RASD) e secretário-general da Frente Polisário, Mohamed Abdelaziz, que em carta enviada ao secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon, considerou que semelhante actuação é «totalmente contrária aos esforços das Nações Unidas para fortalecer a confiança entre as duas partes em conflito».
A perseguição aos sarauis, que se intensificou nos últimos dias, atingiu também Sultana Khaya, que esteve retida no aeroporto de Al Aaiún durante cinco horas quando se preparava para viajar para Espanha. A jovem foi uma das vítimas da onda de repressão que em Maio de 2007 se abateu sofreu vários estudantes sarauis que protestavam pacificamente em Marraquexe. Em resultado dos golpes e torturas a que foi submetida, Sultana perdeu o olho direito. Agora, para além de ter sido detida, interrogada durante várias horas e ameaçada (inclusive de ficar sem o olho que lhe resta!), ficou sem a documentação e impossibilitada de viajar para Barcelona, onde há mais de um ano recebe tratamento médico.
Condenação internacional
A Fundação Robert Kennedy manifestou-se preocupada com a segurança dos sete activistas presos e apelou às autoridades marroquinas para que «cumpram com a sua obrigação de respeitar os direitos humanos de acordo com as leis internacionais» e exigiu que seja levada a cabo uma «investigação minuciosa sobre a detenção dos sete activistas» e se tomem medidas «para assegurar a sua integridade física e psicológica».
Por seu lado, a organização Front Line lançou um apelo urgente a favor da libertação «imediata e incondicional» dos presos, e o Centro Internacional Olof Palme pediu ao governo sueco que «condene este tipo de violação dos Direitos Humanos».
De igual modo, o Observatório de Direitos Humanos do Ilustre Colégio de Advogados de Badajoz exigiu «a imediata libertação dos sete detidos, bem como de todos os presos políticos sarauis que ainda estão nos cárceres marroquinos», enquanto o eurodeputado da Izquierda Unida, Willy Meyer, instou as autoridades europeias a «condenar a repressiva política marroquina» e a pressionar Marrocos para que cumpra de uma vez por todas as normas do Direito Internacional».