Israel acusado de crimes de guerra
O Conselho de Direitos Humanos da ONU aprovou a 16 de Outubro o «relatório Goldstone», que acusa Israel de crimes de guerra durante a última invasão da Faixa de Gaza.
Ofensiva israelita em Gaza fez mais de 1400 mortos e cerca de 5300 feridos
A resolução foi aprovada por 25 votos a favor, seis votos contra (Estados Unidos, Holanda, Ucrânia, Itália, Eslováquia e Hungria) e 11 abstenções, e abre caminho para um novo debate do problema na Assembleia Geral da ONU.
O documento pede que a máxima instância das Nações Unidas examine o chamado relatório Goldstone, nome do magistrado sul-africano que liderou a comissão da ONU encarregada de estudar a ofensiva de Israel contra Gaza realizada entre 27 de Dezembro de 2008 e 17 de Janeiro último, que provocou mais de 1400 mortos e cerca de 5300 feridos palestinianos, na sua maioria civis.
De acordo com o relatório, Telavive violou o direito humanitário internacional e fez um uso desproporcional da força durante a operação «Chumbo Fundido», pelo que recomenda ao Conselho de Segurança da ONU que obrigue o Estado israelita a investigar, no prazo de seis meses, os alegados crimes de guerras, e se tal não for cumprido exorta a que a investigação seja transferida para o Tribunal Penal Internacional.
O documento acusa também o Hamas pelo lançamento de 'rockets' contra o Sul de Israel, de forma indiscriminada.
A resolução aprovada em Genebra denuncia ainda o bloqueio imposto por Telavive ao acesso dos palestinianos às suas propriedades e locais sagrados em Jerusalém, com base na origem nacional, religião, sexo e idade, em violação dos direitos civis, políticos, económicos, sociais e culturais desse povo.
O documento condena ainda Israel, entre outros aspectos, pela confiscação de terras e propriedades e pela demolição de casas de palestinianos, e pela construção e expansão de colonatos nos territórios ocupados.
Reacções
Israel e Hamas reagiram de forma oposta à aprovação do relatório Goldstone. O Hamas, apesar de visado no documento, saudou a decisão do Conselho.
«Congratulamo-nos com a esmagadora votação do relatório, que deve ser levado imediatamente ao tribunal internacional para crimes de guerra para que os líderes da ocupação israelita sejam julgados pelos seus crimes hediondos», afirmou um porta-voz do Hamas, Taher al-Nunuy, em declarações aos jornalistas em Gaza.
Quanto a Israel, rejeitou e considerou «injusta» a decisão do Conselho.
«Israel rejeita a resolução parcial» aprovada em Genebra pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU e «exorta todos os estados responsáveis a rejeitá-la igualmente», lê-se num comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita divulgado na sexta-feira.
Já a Liga Árabe saudou a aprovação do relatório, sublinhando que foi «um triunfo da justiça».
O documento pede que a máxima instância das Nações Unidas examine o chamado relatório Goldstone, nome do magistrado sul-africano que liderou a comissão da ONU encarregada de estudar a ofensiva de Israel contra Gaza realizada entre 27 de Dezembro de 2008 e 17 de Janeiro último, que provocou mais de 1400 mortos e cerca de 5300 feridos palestinianos, na sua maioria civis.
De acordo com o relatório, Telavive violou o direito humanitário internacional e fez um uso desproporcional da força durante a operação «Chumbo Fundido», pelo que recomenda ao Conselho de Segurança da ONU que obrigue o Estado israelita a investigar, no prazo de seis meses, os alegados crimes de guerras, e se tal não for cumprido exorta a que a investigação seja transferida para o Tribunal Penal Internacional.
O documento acusa também o Hamas pelo lançamento de 'rockets' contra o Sul de Israel, de forma indiscriminada.
A resolução aprovada em Genebra denuncia ainda o bloqueio imposto por Telavive ao acesso dos palestinianos às suas propriedades e locais sagrados em Jerusalém, com base na origem nacional, religião, sexo e idade, em violação dos direitos civis, políticos, económicos, sociais e culturais desse povo.
O documento condena ainda Israel, entre outros aspectos, pela confiscação de terras e propriedades e pela demolição de casas de palestinianos, e pela construção e expansão de colonatos nos territórios ocupados.
Reacções
Israel e Hamas reagiram de forma oposta à aprovação do relatório Goldstone. O Hamas, apesar de visado no documento, saudou a decisão do Conselho.
«Congratulamo-nos com a esmagadora votação do relatório, que deve ser levado imediatamente ao tribunal internacional para crimes de guerra para que os líderes da ocupação israelita sejam julgados pelos seus crimes hediondos», afirmou um porta-voz do Hamas, Taher al-Nunuy, em declarações aos jornalistas em Gaza.
Quanto a Israel, rejeitou e considerou «injusta» a decisão do Conselho.
«Israel rejeita a resolução parcial» aprovada em Genebra pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU e «exorta todos os estados responsáveis a rejeitá-la igualmente», lê-se num comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita divulgado na sexta-feira.
Já a Liga Árabe saudou a aprovação do relatório, sublinhando que foi «um triunfo da justiça».