Por carreiras e salários justos
Quase um milhar de enfermeiros provenientes de todo o País concentraram-se, dia 18, diante do Ministério da Saúde, para garantirem ao Governo PS que o chumbarão nas legislativas e jamais tolerarão progressões na carreira mantendo os mesmos salários.
A proposta do Governo é injusta e discriminatória
«Só por cima do nosso cadáver é que aceitaremos transições de carreira, mantendo o mesmo salário», afirmou o coordenador do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses e porta-voz dos quatro sindicatos que convocaram a acção, José Carlos Martins, diante de 700 enfermeiras e enfermeiros (número avançado pelo SEP/CGTP-IN) manifestamente indignados que, à porta do Ministério da Saúde, exigiram salários equiparados aos aplicados às restantes carreiras de técnico superior na Administração Pública, por considerarem que o seu desempenho requer o mesmo grau de qualificações e, pelo menos, a mesma dedicação.
Nas vésperas da negociação da proposta projecto de lei do Ministério da Saúde relativo à nova grelha salarial, agendada para a passada segunda-feira e anteontem, os quatro sindicatos dos enfermeiros promoveram esta concentração nacional para exigir do Governo PS, que evolua nas suas posições, e repudiar as propostas do Ministério da Saúde relativas àquela matéria e à progressão na carreira.
Considerando a proposta do Governo «insuficiente, injusta, discriminatória e rejeitável», os sindicatos corresponderam desta forma ao sentimento generalizado na classe, manifestado durante os quatro anos desta legislatura. Os enfermeiros gritaram insistentemente «Não é pedir demais, Queremos ser iguais» e «A luta continua, Governo para a rua», e exigiram, do executivo de José Sócrates, respeito pela sua formação profissional e uma remuneração adequada.
Rejeitando qualquer conotação político-partidária da luta, também garantiram que a continuarão, com acções de esclarecimento e mobilizações que considerem pertinentes, a cada momento.
«Nunca permitiremos que esta negociação encerre unilateralmente», garantiu o coordenador do SEP, antes de os participantes terem aprovado uma moção, posteriormente entregue na tutela, onde se salienta que a proposta do Governo PS, sobre grelhas salariais, «não considera a necessária equidade com outros trabalhadores licenciados, nem os elevados níveis de risco e de penosidade a que os enfermeiros estão sujeitos».
Mas há mais um conjunto de matérias constantes na proposta do Ministério da Saúde que os presentes na concentração consideraram, na moção, serem «intoleráveis» ou «inadmissíveis».
Políticas intoleráveis
Os enfermeiros consideram intolerável que o Governo PS pretenda remunerar melhor profissionais com menos anos de experiência do que os cerca de 15 mil enfermeiros que hoje têm mais de 14 anos de serviço.
Outra medida do Governo, repudiada pela classe, perante a moldura legal proposta pelo Executivo PS, é a impossibilidade de os enfermeiros atingirem o topo salarial da carreira, situação agravada por a proposta não conter qualquer valorização salarial, nem sequer dos profissionais que obtenham a qualificação para a nova categoria de «enfermeiro-especialista». Mantendo-se os mesmos salários, os enfermeiros consideram que o novo quadro de carreiras não os pretende valorizar, mas antes proporcionar a «exploração de mão-de-obra especializada».
Quanto à transição para a nova carreira, a classe profissional considera inadmissível que os salários se mantenham sem alteração, mesmo depois da transição para a nova carreira.
Outro problema que o Governo não resolveu, embora se tenha comprometido a fazê-lo, por via de concurso, é a integração, no quadro, de todos os enfermeiros contratados a termo, luta que também prosseguirá na próxima legislatura, garantiu o porta-voz dos sindicatos.
Nas vésperas da negociação da proposta projecto de lei do Ministério da Saúde relativo à nova grelha salarial, agendada para a passada segunda-feira e anteontem, os quatro sindicatos dos enfermeiros promoveram esta concentração nacional para exigir do Governo PS, que evolua nas suas posições, e repudiar as propostas do Ministério da Saúde relativas àquela matéria e à progressão na carreira.
Considerando a proposta do Governo «insuficiente, injusta, discriminatória e rejeitável», os sindicatos corresponderam desta forma ao sentimento generalizado na classe, manifestado durante os quatro anos desta legislatura. Os enfermeiros gritaram insistentemente «Não é pedir demais, Queremos ser iguais» e «A luta continua, Governo para a rua», e exigiram, do executivo de José Sócrates, respeito pela sua formação profissional e uma remuneração adequada.
Rejeitando qualquer conotação político-partidária da luta, também garantiram que a continuarão, com acções de esclarecimento e mobilizações que considerem pertinentes, a cada momento.
«Nunca permitiremos que esta negociação encerre unilateralmente», garantiu o coordenador do SEP, antes de os participantes terem aprovado uma moção, posteriormente entregue na tutela, onde se salienta que a proposta do Governo PS, sobre grelhas salariais, «não considera a necessária equidade com outros trabalhadores licenciados, nem os elevados níveis de risco e de penosidade a que os enfermeiros estão sujeitos».
Mas há mais um conjunto de matérias constantes na proposta do Ministério da Saúde que os presentes na concentração consideraram, na moção, serem «intoleráveis» ou «inadmissíveis».
Políticas intoleráveis
Os enfermeiros consideram intolerável que o Governo PS pretenda remunerar melhor profissionais com menos anos de experiência do que os cerca de 15 mil enfermeiros que hoje têm mais de 14 anos de serviço.
Outra medida do Governo, repudiada pela classe, perante a moldura legal proposta pelo Executivo PS, é a impossibilidade de os enfermeiros atingirem o topo salarial da carreira, situação agravada por a proposta não conter qualquer valorização salarial, nem sequer dos profissionais que obtenham a qualificação para a nova categoria de «enfermeiro-especialista». Mantendo-se os mesmos salários, os enfermeiros consideram que o novo quadro de carreiras não os pretende valorizar, mas antes proporcionar a «exploração de mão-de-obra especializada».
Quanto à transição para a nova carreira, a classe profissional considera inadmissível que os salários se mantenham sem alteração, mesmo depois da transição para a nova carreira.
Outro problema que o Governo não resolveu, embora se tenha comprometido a fazê-lo, por via de concurso, é a integração, no quadro, de todos os enfermeiros contratados a termo, luta que também prosseguirá na próxima legislatura, garantiu o porta-voz dos sindicatos.