«Isto vais meus amigos isto vai»
A campanha eleitoral oficial andava há dia e meio na estrada quando Jerónimo de Sousa se deslocou aos distritos de Braga, terça-feira da semana passada, e de Leiria e Coimbra, durante todo o dia seguinte. As iniciativas confirmaram que também no Norte e Centro do País a CDU avança, cresce e reforça-se.
A CDU é a solução para os graves problemas do País
Na noite amena de Guimaraẽs, o grupo «Cantares da terra» foi o primeiro a dar o mote antes das intervenções políticas. «Assim se faz Portugal, uns porreiro outros mal», cantaram enquanto o Largo do Toural, no centro histórico da «cidade berço», se enchia de bandeiras da CDU.
Já com mais de meio milhar de pessoas no comício, Salgado Almeida, cabeça de lista da CDU à autarquia vimaranense, lembrou que a Coligação parte para este combate eleitoral com a convicção com que enfrentou outras lutas contra a política de direita praticada pelo Governo.
Orientações de um executivo, sublinhou Agostinho Lopes, primeiro candidato da CDU pelo círculo de Braga e orador seguinte na iniciativa, que defraudaram as expectativas de milhares de portugueses que confiaram ao PS a maioria absoluta, e agora, desiludidos, se vêem empurrados para as falsas alternativas apresentadas por PSD e CDS.
Se dúvidas subsistem sobre esta matéria, «perguntem aos trabalhadores a quem prometeram revogar o Código do Trabalho ou aos reformados a quem prometeram melhores reformas», insistiu Agostinho Lopes.
Provas dadas
Neste contexto, a CDU apresenta-se «perante o povo português com a consciência tranquila de quem não só honrou os compromissos, como realizou um meritório trabalho a favor dos trabalhadores, dos reformados, dos agricultores, dos micro, pequenos e médios empresários e das populações», disse Jerónimo de Sousa no encerramento do comício de Guimarães.
«Ao fim de mais de quatro anos de Governo PS, a generalidade dos portugueses sabe que a sua vida piorou. E bem pode o Governo negá-lo, negando a realidade», continuou o Secretário-geral do PCP. Mas este estado de coisas não é uma fatalidade. «Os graves problemas do País têm solução. Existe uma política, um modelo de desenvolvimento alternativo e uma força disponível para encontrar os caminhos da sua concretização – a CDU», acrescentou. Por isso, «dizemos aos trabalhadores e ao povo, incluindo àqueles que votaram no PS e foram defraudados nas suas aspirações e interesses, que reforcem a CDU e a alternativa chegará, num tempo tão mais próximo quanto maior for esse reforço», afirmou.
Monumental CDU em Coimbra
Se o comício de terça-feira à noite em Guimarães augura um crescimento da CDU em votos e mandatos, o comício realizado nas Escadas Monumentais, em Coimbra, confirma que essa tendência vai de Norte a Sul passando pelo Centro do País. Culminando um dia de intensa campanha no vizinho distrito de Leiria (ver caixa), a caravana da CDU encerrou a jornada de quarta-feira com uma iniciativa que entra para a história das realizadas pela Coligação na «cidade dos estudantes».
Depois de ter actuado ao lado dos camaradas da «Brigada Victor Jara», o primeiro candidato do distrito, Manuel Pires da Rocha, apresentou aos apoiantes da Coligação que enchiam as fileiras de degraus até mais de meio, as razões pelas quais, também naquele círculo eleitoral, a CDU merece a confiança e o voto. Enquanto PS, PSD e CDS discutem soluções velhas para a crise, a CDU apresenta soluções que vão ao encontro dos interesses dos trabalhadores, dos pequenos e médios empresários e das populações, referiu.
Não poupando críticas à cabeça de lista do PS pelo distrito de Coimbra e actual ministra da Saúde – exigindo, por exemplo, que Ana Jorge responda às denúncias graves sobre a falta de condições do novo hospital pediátrico – foi a José Sócrates que o primeiro candidato da CDU no distrito de Coimbra dedicou as palavras mais contundentes. «Para o primeiro-ministro só me ocorre uma canção infantil: josezito, já te tenho dito, que não é bonito andares a enganar. Chora, chora, josezito chora, que te vais embora, para não mais voltar», disse.
A fechar o comício festa conimbricense, Jerónimo de Sousa lembrou que quando Sócrates é chamado a prestar contas «afirma tudo ter feito em nome do “interesse geral”».
«Que “ interesse geral” é este que só persegue quem trabalha, os mais frágeis e mais fracos; que “interesse geral” é este que só está preocupado em cortar nos serviços públicos essenciais ao bem-estar do povo?; que “interesse geral” é este que, afinal, está sempre contra a maioria da população?», questionou. «É o interesse de quem quer sentar-se à mesa do Orçamento com mesa farta e distribuir as migalhas que sobram ao resto do País», acusou.
Na retórica do “interesse geral” e na chantagem sobre o eleitorado para que escolha entre Manuela Ferreira Leite e José Sócrates, apostam, com o mesmo intuito, PS e PSD. Nesse sentido, o que os portugueses têm que dizer é «se vão aceitar o vira-o-disco e toca o mesmo», ou se, pelo contrário, confiam na alternativa e «escolhem um caminho novo», disse ainda Jerónimo de Sousa.
O ambiente vivido em ambos os comícios confirma as palavras de Ary dos Santos. «Isto vais meus amigos, isto vai».
Amores de Verão, delicadezas e cantos de sereia
Muito têm falado PS, PSD e CDS das micro, pequenas e médias empresas. «Amores de Verão», diria Jerónimo de Sousa na sua intervenção em Guimarães a respeito de tais paixões eleitoralistas. «Amores que ficam enterrados na areia e acabam quando o Verão acaba», defeniu.
Igualmente propagandeado tem sido o ar delicado, arrependido, bonzinho, com que o primeiro-ministro aparece agora. «Mas camaradas, o José Sócrates delicado não é o verdadeiro», alertou Jerónimo de Sousa. O genuíno «é o que impôs o Código de Trabalho, pondo em causa direitos dos trabalhadores que resultaram da luta de gerações; é aquele que perante os dramas sociais restringe o subsídio de desemprego; é aquele que tudo fez para trucidar os professores, os trabalhadores da administração pública e todos os que se opusessem às suas políticas», frisou.
A mesma mistificação por parte de quem governa à direita apelidando-se de esquerda notou, na noite de quarta-feira, no comício em Coimbra, o mandatário distrital da CDU, Mário Nogueira.
Para Mário Nogueira, «o mais violento ataque ataque à escola pública democrática» levado a cabo pelo actual executivo terá que ser penalizado nas urnas, mesmo que José Sócrates venha agora com «delicadezas» e com o anúncio do despedimento antecipado da ministra Maria de Lurdes Rodrigues.
Igual logro representa «o canto da sereia» do PSD na caça ao voto, considerou, pois se a sereia escolhida por este Governo [para a educação] deixou muito a desejar, a sereia que quer presidir o próximo Governo não é melhor».
Já com mais de meio milhar de pessoas no comício, Salgado Almeida, cabeça de lista da CDU à autarquia vimaranense, lembrou que a Coligação parte para este combate eleitoral com a convicção com que enfrentou outras lutas contra a política de direita praticada pelo Governo.
Orientações de um executivo, sublinhou Agostinho Lopes, primeiro candidato da CDU pelo círculo de Braga e orador seguinte na iniciativa, que defraudaram as expectativas de milhares de portugueses que confiaram ao PS a maioria absoluta, e agora, desiludidos, se vêem empurrados para as falsas alternativas apresentadas por PSD e CDS.
Se dúvidas subsistem sobre esta matéria, «perguntem aos trabalhadores a quem prometeram revogar o Código do Trabalho ou aos reformados a quem prometeram melhores reformas», insistiu Agostinho Lopes.
Provas dadas
Neste contexto, a CDU apresenta-se «perante o povo português com a consciência tranquila de quem não só honrou os compromissos, como realizou um meritório trabalho a favor dos trabalhadores, dos reformados, dos agricultores, dos micro, pequenos e médios empresários e das populações», disse Jerónimo de Sousa no encerramento do comício de Guimarães.
«Ao fim de mais de quatro anos de Governo PS, a generalidade dos portugueses sabe que a sua vida piorou. E bem pode o Governo negá-lo, negando a realidade», continuou o Secretário-geral do PCP. Mas este estado de coisas não é uma fatalidade. «Os graves problemas do País têm solução. Existe uma política, um modelo de desenvolvimento alternativo e uma força disponível para encontrar os caminhos da sua concretização – a CDU», acrescentou. Por isso, «dizemos aos trabalhadores e ao povo, incluindo àqueles que votaram no PS e foram defraudados nas suas aspirações e interesses, que reforcem a CDU e a alternativa chegará, num tempo tão mais próximo quanto maior for esse reforço», afirmou.
Monumental CDU em Coimbra
Se o comício de terça-feira à noite em Guimarães augura um crescimento da CDU em votos e mandatos, o comício realizado nas Escadas Monumentais, em Coimbra, confirma que essa tendência vai de Norte a Sul passando pelo Centro do País. Culminando um dia de intensa campanha no vizinho distrito de Leiria (ver caixa), a caravana da CDU encerrou a jornada de quarta-feira com uma iniciativa que entra para a história das realizadas pela Coligação na «cidade dos estudantes».
Depois de ter actuado ao lado dos camaradas da «Brigada Victor Jara», o primeiro candidato do distrito, Manuel Pires da Rocha, apresentou aos apoiantes da Coligação que enchiam as fileiras de degraus até mais de meio, as razões pelas quais, também naquele círculo eleitoral, a CDU merece a confiança e o voto. Enquanto PS, PSD e CDS discutem soluções velhas para a crise, a CDU apresenta soluções que vão ao encontro dos interesses dos trabalhadores, dos pequenos e médios empresários e das populações, referiu.
Não poupando críticas à cabeça de lista do PS pelo distrito de Coimbra e actual ministra da Saúde – exigindo, por exemplo, que Ana Jorge responda às denúncias graves sobre a falta de condições do novo hospital pediátrico – foi a José Sócrates que o primeiro candidato da CDU no distrito de Coimbra dedicou as palavras mais contundentes. «Para o primeiro-ministro só me ocorre uma canção infantil: josezito, já te tenho dito, que não é bonito andares a enganar. Chora, chora, josezito chora, que te vais embora, para não mais voltar», disse.
A fechar o comício festa conimbricense, Jerónimo de Sousa lembrou que quando Sócrates é chamado a prestar contas «afirma tudo ter feito em nome do “interesse geral”».
«Que “ interesse geral” é este que só persegue quem trabalha, os mais frágeis e mais fracos; que “interesse geral” é este que só está preocupado em cortar nos serviços públicos essenciais ao bem-estar do povo?; que “interesse geral” é este que, afinal, está sempre contra a maioria da população?», questionou. «É o interesse de quem quer sentar-se à mesa do Orçamento com mesa farta e distribuir as migalhas que sobram ao resto do País», acusou.
Na retórica do “interesse geral” e na chantagem sobre o eleitorado para que escolha entre Manuela Ferreira Leite e José Sócrates, apostam, com o mesmo intuito, PS e PSD. Nesse sentido, o que os portugueses têm que dizer é «se vão aceitar o vira-o-disco e toca o mesmo», ou se, pelo contrário, confiam na alternativa e «escolhem um caminho novo», disse ainda Jerónimo de Sousa.
O ambiente vivido em ambos os comícios confirma as palavras de Ary dos Santos. «Isto vais meus amigos, isto vai».
Amores de Verão, delicadezas e cantos de sereia
Muito têm falado PS, PSD e CDS das micro, pequenas e médias empresas. «Amores de Verão», diria Jerónimo de Sousa na sua intervenção em Guimarães a respeito de tais paixões eleitoralistas. «Amores que ficam enterrados na areia e acabam quando o Verão acaba», defeniu.
Igualmente propagandeado tem sido o ar delicado, arrependido, bonzinho, com que o primeiro-ministro aparece agora. «Mas camaradas, o José Sócrates delicado não é o verdadeiro», alertou Jerónimo de Sousa. O genuíno «é o que impôs o Código de Trabalho, pondo em causa direitos dos trabalhadores que resultaram da luta de gerações; é aquele que perante os dramas sociais restringe o subsídio de desemprego; é aquele que tudo fez para trucidar os professores, os trabalhadores da administração pública e todos os que se opusessem às suas políticas», frisou.
A mesma mistificação por parte de quem governa à direita apelidando-se de esquerda notou, na noite de quarta-feira, no comício em Coimbra, o mandatário distrital da CDU, Mário Nogueira.
Para Mário Nogueira, «o mais violento ataque ataque à escola pública democrática» levado a cabo pelo actual executivo terá que ser penalizado nas urnas, mesmo que José Sócrates venha agora com «delicadezas» e com o anúncio do despedimento antecipado da ministra Maria de Lurdes Rodrigues.
Igual logro representa «o canto da sereia» do PSD na caça ao voto, considerou, pois se a sereia escolhida por este Governo [para a educação] deixou muito a desejar, a sereia que quer presidir o próximo Governo não é melhor».