Al Zaidi queixa-se de tortura
Depois de nove meses encarcerado pelas autoridades iraquianas, o jornalista que atirou os sapatos a George W. Bush tornando-se um símbolo do protesto contra a ocupação norte-americana do Iraque, foi posto em liberdade. Em conferência de imprensa realizada após a sua saída da prisão, Muntazer Al Zaidi denunciou ter sido torturado e manifestou-se receoso de que os serviços secretos norte-americanos atentem contra a sua vida.
Perante a multidão que se juntou para o receber junto à sede do canal de televisão Al Bagdadia, Al Zaidi, envolto numa bandeira do Iraque anterior à invasão e ocupação, revelou que «no momento em que o primeiro-ministro Nuri Al Maliki declarou que não ia dormir até se certificar que eu me encontrava bem, torturavam-me com choques eléctricos e batiam-me com barras de ferro».
O iraquiano de 28 anos explicou ainda que os maus-tratos começaram logo depois de ter sido preso na sala de conferências de imprensa onde estavam Al Maliki e Bush, a quem, acrescentou, os jornalistas estavam proibidos de fazer perguntas.
Al Zaidi assegurou também estar seguro de que os serviços secretos dos EUA não vão deixar de o perseguir e teme mesmo que os norte-americanos o tentem matar.
Herói é o povo do Iraque
Recusando o título de herói, Al Zaidi classificou o seu gesto como justificável face aos «mais de um milhão de mártires, centenas de milhares de estropiados de guerra e cinco milhões de deslocados». «Não conseguia descansar ao lembrar-me das imagens dos assassinados, viúvas e refugiados. As nossas cidades transformaram-se em casas de condolências», acrescentou citado pela EFE.
«O que fiz foi uma reacção à injustiça, à humilhação, à destruição provocada ao povo iraquiano e ao nosso país», concluiu.
Perante a multidão que se juntou para o receber junto à sede do canal de televisão Al Bagdadia, Al Zaidi, envolto numa bandeira do Iraque anterior à invasão e ocupação, revelou que «no momento em que o primeiro-ministro Nuri Al Maliki declarou que não ia dormir até se certificar que eu me encontrava bem, torturavam-me com choques eléctricos e batiam-me com barras de ferro».
O iraquiano de 28 anos explicou ainda que os maus-tratos começaram logo depois de ter sido preso na sala de conferências de imprensa onde estavam Al Maliki e Bush, a quem, acrescentou, os jornalistas estavam proibidos de fazer perguntas.
Al Zaidi assegurou também estar seguro de que os serviços secretos dos EUA não vão deixar de o perseguir e teme mesmo que os norte-americanos o tentem matar.
Herói é o povo do Iraque
Recusando o título de herói, Al Zaidi classificou o seu gesto como justificável face aos «mais de um milhão de mártires, centenas de milhares de estropiados de guerra e cinco milhões de deslocados». «Não conseguia descansar ao lembrar-me das imagens dos assassinados, viúvas e refugiados. As nossas cidades transformaram-se em casas de condolências», acrescentou citado pela EFE.
«O que fiz foi uma reacção à injustiça, à humilhação, à destruição provocada ao povo iraquiano e ao nosso país», concluiu.