Rota de luta
Para defender as empresas do Grupo TAP, garantir o emprego de milhares de trabalhadores e exigir actualização de salários e respeito pelos direitos, foi decidido recorrer à greve.
Em causa está o futuro do transporte aéreo nacional
«Só a luta e a determinação dos trabalhadores podem pôr fim aos perigos que ameaçam o Grupo TAP e os postos de trabalho», salientam, em comunicado conjunto, o Sitava/CGTP-IN, o SIMA, o Sintac, o SQAC e o STHA. Os sindicatos, representativos dos trabalhadores das diferentes áreas da transportadora aérea nacional, reuniram segunda-feira e decidiram apresentar pré-avisos de greve para 28 e 29 de Agosto e 11 e 12 de Setembro. De 28 de Agosto a 30 de Setembro, a greve abrange o trabalho suplementar.
A gestão do grupo, com a omissão e conivência do Governo e do Ministério dos Transportes, está a encaminhar as empresas para um beco sem saída, alertam os sindicatos, que protestam por continuar por definir uma política para o transporte aéreo e para o Grupo TAP.
Verifica-se um enfraquecimento das duas principais empresas do grupo, com o trabalho qualificado da manutenção de aeronaves, da TAP, a ser deslocalizado para o Brasil (fazendo o Governo, num grupo público, aquilo que diz condenar quando é praticado no País por multinacionais), enquanto a SPdH/Groundforce está ameaçada de desmantelamento, ficando em risco cerca de três mil postos de trabalho. Neste sector (handling), duas empresas com capital total do Estado português digladiam-se diariamente, afirmando os sindicatos que a SPdH/Groundforce e a Portway mais parecem querer exterminar-se uma à outra, do que concorrer saudavelmente.
Dias antes, os sindicatos tinham divulgado um extenso comunicado, em resposta a uma carta do presidente executivo da TAP, com mais detalhadas e muito severas críticas ao rumo seguido na companhia aérea de bandeira, reclamando uma posição da tutela, mas também do recém-criado Conselho de Reestruturação e do já existente Conselho Geral de Supervisão do grupo.
Apontaram, nomeadamente, os graves prejuízos causados com a compra da brasileira VEM (encobertos contabilisticamente com a inclusão da TAP Brasil na ME TAP). Além de uma dívida fiscal de 150 milhões de euros, que a TAP terá que pagar, ela não pára de sugar milhões, enquanto os seus trabalhadores são forçados a reduzir horários e salários.
Referem, ainda, a internacionalização da SPdH, que em apenas três anos conseguiu licenças para operar em vários países, para tudo ter acabado, em apenas um ano, pela mão desta administração e deste Governo.
Crise?
Lembram os sindicatos que, nos últimos dois anos, para negar a actualização dos salários, a administração invocou a crise e os preços dos combustíveis, altos (em 2008) e imprevisíveis (em 2009, já em baixa). Mas «os largos milhares de trabalhadores, que mantêm a TAP no ar e segura, aguentam a verdadeira crise do dia-a-dia, com salários desajustados, horários e ritmos de trabalho gravosos».
Contrariando os argumentos de Fernando Pinto e da administração para recusar aumentos salariais em 2009, os sindicatos apontam a duplicação de rendimentos do presidente do grupo, de 2007 para 2008, depois de ter anunciado que até abdicava dos prémios e de dez por cento do salário.
A gestão do grupo, com a omissão e conivência do Governo e do Ministério dos Transportes, está a encaminhar as empresas para um beco sem saída, alertam os sindicatos, que protestam por continuar por definir uma política para o transporte aéreo e para o Grupo TAP.
Verifica-se um enfraquecimento das duas principais empresas do grupo, com o trabalho qualificado da manutenção de aeronaves, da TAP, a ser deslocalizado para o Brasil (fazendo o Governo, num grupo público, aquilo que diz condenar quando é praticado no País por multinacionais), enquanto a SPdH/Groundforce está ameaçada de desmantelamento, ficando em risco cerca de três mil postos de trabalho. Neste sector (handling), duas empresas com capital total do Estado português digladiam-se diariamente, afirmando os sindicatos que a SPdH/Groundforce e a Portway mais parecem querer exterminar-se uma à outra, do que concorrer saudavelmente.
Dias antes, os sindicatos tinham divulgado um extenso comunicado, em resposta a uma carta do presidente executivo da TAP, com mais detalhadas e muito severas críticas ao rumo seguido na companhia aérea de bandeira, reclamando uma posição da tutela, mas também do recém-criado Conselho de Reestruturação e do já existente Conselho Geral de Supervisão do grupo.
Apontaram, nomeadamente, os graves prejuízos causados com a compra da brasileira VEM (encobertos contabilisticamente com a inclusão da TAP Brasil na ME TAP). Além de uma dívida fiscal de 150 milhões de euros, que a TAP terá que pagar, ela não pára de sugar milhões, enquanto os seus trabalhadores são forçados a reduzir horários e salários.
Referem, ainda, a internacionalização da SPdH, que em apenas três anos conseguiu licenças para operar em vários países, para tudo ter acabado, em apenas um ano, pela mão desta administração e deste Governo.
Crise?
Lembram os sindicatos que, nos últimos dois anos, para negar a actualização dos salários, a administração invocou a crise e os preços dos combustíveis, altos (em 2008) e imprevisíveis (em 2009, já em baixa). Mas «os largos milhares de trabalhadores, que mantêm a TAP no ar e segura, aguentam a verdadeira crise do dia-a-dia, com salários desajustados, horários e ritmos de trabalho gravosos».
Contrariando os argumentos de Fernando Pinto e da administração para recusar aumentos salariais em 2009, os sindicatos apontam a duplicação de rendimentos do presidente do grupo, de 2007 para 2008, depois de ter anunciado que até abdicava dos prémios e de dez por cento do salário.