Estabelecimentos fabris das Forças Armadas

Fundamentais para o País

O Governo está a atacar «de forma concertada» os direitos dos trabalhadores dos diferentes estabelecimentos fabris das Forças Armadas e das indústrias de Defesa. A acusação é da Direcção da Organização Regional de Lisboa do PCP (DORL) que, num comunicado distribuído a esses trabalhadores, realça o carácter estratégico destas indústrias, considerando indispensável a adopção de um «plano de investimentos que potencie a sua capacidade de resposta».
O objectivo, assumem os comunistas, é colocar «ao serviço da economia nacional a capacidade de trabalho e a experiência qualificada de mais de 4 mil trabalhadores de áreas tão distintas como o fabrico e reparação de material aeronáutico e naval, de armamento, equipamentos, fardamentos, medicamentos e fornecimento de alimentação. O PCP está, assim, solidário com a luta em curso no Arsenal do Alfeite e nos Estabelecimentos Fabris do Exército em defesa dos postos de trabalho e do vínculo público e exige conhecer o acordo assinado entre o Estado português e a Embraer sobre o futuro da OGMA.
Os comunistas consideram ainda que «atacar os trabalhadores e os seus direitos visa destruir ou entregar ao sector privado os proveitos de um negócio que o capital sabe ser muito rentável». Ou seja, «ao defenderem os seus direitos, os trabalhadores estão a defender os interesses e a soberania nacional».
No comunicado, a DORL do PCP lembra ainda que desde a década de oitenta que os sucessivos governos têm vindo a destruir a capacidade de resposta dos estabelecimentos fabris das Forças Armadas. Mas realça que, apesar disso, estes continuam hoje «a garantir com elevada qualidade a sua missão e a ter uma capacidade instalada que lhes permite contribuir para o desenvolvimento» de vários sectores da economia nacional.


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