Defender os Estaleiros Navais
O PCP quer travar a privatização dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, defender os postos de trabalho e os direitos adquiridos, e lançou uma campanha com esse fim.
Os Estaleiros têm uma história de mais de seis décadas
A Direcção da Organização Regional de Viana do Castelo do PCP anunciou, em conferência de imprensa realizada na passada semana, uma campanha contra a privatização dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC, SA). A suportar a campanha haverá vários elementos de propaganda, como um cartaz, faixas, documento e um abaixo-assinado.
No âmbito desta iniciativa realizar-se-á sessões de esclarecimento dirigidas aos trabalhadores e à população, de forma a que estes se envolvam também na defesa desta «empresa-símbolo» da região e «fundamental» para o desenvolvimento do País.
Com esta acção, o PCP pretende demonstrar a sua solidariedade para com «todos os trabalhadores» da empresa e reclamar a defesa dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo «com as suas actuais características, de empresa pública essencial ao desenvolvimento de toda a região». A afirmação da luta dos comunistas em defesa do aparelho produtivo e da produção nacional, em que se insere o combate pela viabilização dos Estaleiros, é outro dos objectivos da campanha.
A justificar a oportunidade desta acção, os comunistas chamaram a atenção para o facto de a empresa defrontar, hoje, os «mais sérios desafios da sua longa vida». No âmbito da construção dos barcos para os Açores, acordado entre os governos nacional e regional, com o acordo da administração dos ENVC, veio o ministro da Defesa (e responsável máximo pela empresa) referir-se à necessidade de «parcerias estratégicas de gestão» – ou seja, clarificou o PCP, abre-se a porta à «privatização e progressiva destruição» dos estaleiros.
Anos de saque
Para o PCP, é essencial que os direitos dos trabalhadores sejam salvaguardados, pois estes são «não um impeditivo para o avanço da empresa, mas antes sinal de modernidade e de motivação» dos trabalhadores. Do Governo e da Empordef (holding que tutela os ENVC), os comunistas exigem a resolução do problema criado pelas «sucessivas administrações ruinosas».
Os comunistas recordaram ainda que, nos últimos cinco anos, «desfilaram pelo Conselho de Administração dos ENVC, SA variadas figuras com estatuto de gestores públicos, nomeadas pelas sucessivas tutelas, sem que fossem capazes de optimizar as potencialidades da empresa». Isto apesar de os trabalhadores terem abdicado de regalias e direitos laborais durante três anos para «viabilizar economicamente a empresa».
O que esses gestores fizeram, acusaram os comunistas, foi, pelo contrário, «delapidar os ganhos provenientes desse nobre sacrifício»: não fornecendo qualquer justificação pela ausência da obtenção dos resultados acordados; criando novas situações gravosas para a empresa; deixando agravar os problemas existentes; e deixando, «sem qualquer pudor», a carteira de encomendas esvaziada. Nenhum governo lhes pediu responsabilidades, lembrou ainda o PCP.
No âmbito desta iniciativa realizar-se-á sessões de esclarecimento dirigidas aos trabalhadores e à população, de forma a que estes se envolvam também na defesa desta «empresa-símbolo» da região e «fundamental» para o desenvolvimento do País.
Com esta acção, o PCP pretende demonstrar a sua solidariedade para com «todos os trabalhadores» da empresa e reclamar a defesa dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo «com as suas actuais características, de empresa pública essencial ao desenvolvimento de toda a região». A afirmação da luta dos comunistas em defesa do aparelho produtivo e da produção nacional, em que se insere o combate pela viabilização dos Estaleiros, é outro dos objectivos da campanha.
A justificar a oportunidade desta acção, os comunistas chamaram a atenção para o facto de a empresa defrontar, hoje, os «mais sérios desafios da sua longa vida». No âmbito da construção dos barcos para os Açores, acordado entre os governos nacional e regional, com o acordo da administração dos ENVC, veio o ministro da Defesa (e responsável máximo pela empresa) referir-se à necessidade de «parcerias estratégicas de gestão» – ou seja, clarificou o PCP, abre-se a porta à «privatização e progressiva destruição» dos estaleiros.
Anos de saque
Para o PCP, é essencial que os direitos dos trabalhadores sejam salvaguardados, pois estes são «não um impeditivo para o avanço da empresa, mas antes sinal de modernidade e de motivação» dos trabalhadores. Do Governo e da Empordef (holding que tutela os ENVC), os comunistas exigem a resolução do problema criado pelas «sucessivas administrações ruinosas».
Os comunistas recordaram ainda que, nos últimos cinco anos, «desfilaram pelo Conselho de Administração dos ENVC, SA variadas figuras com estatuto de gestores públicos, nomeadas pelas sucessivas tutelas, sem que fossem capazes de optimizar as potencialidades da empresa». Isto apesar de os trabalhadores terem abdicado de regalias e direitos laborais durante três anos para «viabilizar economicamente a empresa».
O que esses gestores fizeram, acusaram os comunistas, foi, pelo contrário, «delapidar os ganhos provenientes desse nobre sacrifício»: não fornecendo qualquer justificação pela ausência da obtenção dos resultados acordados; criando novas situações gravosas para a empresa; deixando agravar os problemas existentes; e deixando, «sem qualquer pudor», a carteira de encomendas esvaziada. Nenhum governo lhes pediu responsabilidades, lembrou ainda o PCP.