Na Autoeuropa

Resistir à chantagem que continua

Na última edição do seu boletim O Faísca, que saiu a 25 de Julho, a célula do PCP na Autoeuropa alerta que a «pressão sobre os trabalhadores da Autoeuropa para fazê-los vergar aos interesses da administração continua, com todos os meios a que pode recorrer». Ultimamente, denunciam os comunistas, «até as situações mais preocupantes que se passam em algumas empresas do parque industrial têm sido usadas para criar um clima exagerado de dificuldades que visam acima de tudo responsabilizar os trabalhadores da Autoeuropa por situações hipoteticamente menos boas».
Em sua opinião, as dificuldades de algumas dessas empresas devem-se à sua «dependência do fornecimento de peças que atravessa, no momento actual, uma acentuada baixa de produção». Não se devem de forma alguma, insistem, «à decisão dos trabalhadores da Autoeuropa resistirem à ofensiva da administração, como se a aplicação de um pré-acordo que foi rejeitado pudesse alguma vez ultrapassar um clima de crise».
Acusando a administração de se mover «acima de tudo por uma estratégia política» e não por preocupações com a viabilidade da fábrica, o PCP considera existirem «outras soluções para enfrentar os problemas». A administração, recordam os comunistas, sempre se recusou a recorrer a algumas delas
«apenas por motivos da estratégia que tem montada para o ataque aos direitos e garantias dos trabalhadores».
Igualmente «lamentável», destacam os comunistas, é o «conluio existente entre o Governo do PS, a administração da empresa e o BE». Se mais exemplos fossem necessários, o «célebre jantar no Solar dos Presuntos» e o «brinde de despedida» do coordenador da Comissão de Trabalhadores e dirigente do Bloco de Esquerda, António Chora, ao ex-ministro da Economia Manuel Pinho falam por si.
Aos trabalhadores da empresa, os comunistas recomendam «atenções redobradas». É que depois das férias, «a batalha vai continuar e a exigência de uma solução séria que salvaguarde os interesses colectivos daqueles que mais têm sido sacrificados tem de estar em cima da mesa».


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