Uma força com provas dadas
Os cinco primeiros candidatos da CDU pelo distrito de Aveiro à Assembleia da República foram apresentados, no domingo, com a presença de Jerónimo de Sousa.
Sem nenhum deputado por Aveiro, o PCP fez mais do que os outros
A apresentação decorreu no Parque de Merendas da Torreira, durante o habitual convívio da CDU, em que participaram centenas de pessoas. O primeiro orador da tarde foi Joaquim Almeida, mandatário regional, a quem coube anunciar os cinco candidatos: Miguel Viegas, veterinário e economista, dirigente regional do PCP; Lúcia Gomes, jurista, assessora do Grupo Parlamentar do PCP; Andreia Araújo, técnica administrativa e dirigente sindical; Antero Resende, professor e dirigente do PEV; Diogo d'Ávila, estudante e dirigente da JCP.
O primeiro candidato da CDU pelo distrito começou por salientar, na sua intervenção, que «apesar de não termos elegido nenhum deputado por Aveiro, o PCP foi o partido que mais iniciativas legislativas entregou na Assembleia da República relativamente ao distrito». Daí a CDU ir enfrentar esta batalha eleitoral «de cabeça erguida, com a consciência tranquila de quem cumpriu escrupulosamente o seu programa eleitoral de há quatro anos».
Na opinião de Miguel Viegas, «não faz sentido que dos 16 deputados a eleger por Aveiro não haja nenhum da CDU. Podemos perguntar o que fizeram neste mandato os 8 deputados eleitos pelo PS ou os 6 eleitos pelo PSD. Responder será, talvez, mais complicado».
Já o grupo parlamentar do PCP fez um «enorme trabalho de grande qualidade que deveria envergonhar a maioria dos 15 actuais deputados que pouco ou nada fizeram ao longo de quatro anos», prosseguiu o candidato, enunciando em seguida alguns dos assuntos tratados nessa intervenção parlamentar: serviços públicos, questões sociais e laborais, encerramentos de empresas, despedimentos ilícitos, deslocalizações ou lay-offs fraudulentos.
O voto na CDU conquista-se na luta
Na opinião do candidato comunista, Aveiro «apresenta um conjunto de particularidades que exigem uma abordagem específica na aplicação das diversas políticas». Neste distrito, prosseguiu, como talvez em nenhum outro, «convivem sectores importantes tão diversos como a pesca e a agricultura, em particular o sector leiteiro, ao lado de importantes sectores industriais», como a metalurgia, o calçado, a cortiça, a cerâmica ou o têxtil.
Ao nível da estrutura empresarial, predomina a micro-empresa, com menos de 10 trabalhadores. «Parece-nos que estes são aspectos fundamentais que manifestamente não são tidos em conta nas políticas de apoio ao sector produtivo levadas a cabo por este Governo», acusou o candidato, lembrando que os apoios são «quase sempre destinados aos grandes grupos económicos, que continuam a engordar à conta do orçamento».
Em seguida, Miguel Viegas realçou o crescimento da CDU verificado nas eleições europeias de 7 de Junho. Em Aveiro, lembrou, a CDU «cresceu mais de 50 por cento da sua massa eleitoral relativamente às europeias de 2004». Com esta taxa de crescimento, acrescentou, «estamos hoje em condições de alterar profundamente a actual correlação de forças, que permitiu ao PS impor um conjunto de políticas tão nefastas ao País e à nossa região em particular». Quanto maior for o peso da CDU na Assembleia da República, garantiu o candidato, «maiores serão as possibilidades de ruptura com estas políticas que levaram o País até este caos».
Miguel Viegas admite que a CDU pode «não ganhar as eleições», mas não tem dúvidas de que «o rumo das políticas do Governo dependerão, e muito, do peso que a CDU terá». Confiando nas condições existentes para um «grande êxito eleitoral», o candidato lembrou os activistas que o «voto na CDU conquista-se na luta organizada» e, por isso mesmo, é um voto «diferente», que «vale por dois». «Aí reside a nossa força que tanta raiva causa aos nossos inimigos.»
O primeiro candidato da CDU pelo distrito começou por salientar, na sua intervenção, que «apesar de não termos elegido nenhum deputado por Aveiro, o PCP foi o partido que mais iniciativas legislativas entregou na Assembleia da República relativamente ao distrito». Daí a CDU ir enfrentar esta batalha eleitoral «de cabeça erguida, com a consciência tranquila de quem cumpriu escrupulosamente o seu programa eleitoral de há quatro anos».
Na opinião de Miguel Viegas, «não faz sentido que dos 16 deputados a eleger por Aveiro não haja nenhum da CDU. Podemos perguntar o que fizeram neste mandato os 8 deputados eleitos pelo PS ou os 6 eleitos pelo PSD. Responder será, talvez, mais complicado».
Já o grupo parlamentar do PCP fez um «enorme trabalho de grande qualidade que deveria envergonhar a maioria dos 15 actuais deputados que pouco ou nada fizeram ao longo de quatro anos», prosseguiu o candidato, enunciando em seguida alguns dos assuntos tratados nessa intervenção parlamentar: serviços públicos, questões sociais e laborais, encerramentos de empresas, despedimentos ilícitos, deslocalizações ou lay-offs fraudulentos.
O voto na CDU conquista-se na luta
Na opinião do candidato comunista, Aveiro «apresenta um conjunto de particularidades que exigem uma abordagem específica na aplicação das diversas políticas». Neste distrito, prosseguiu, como talvez em nenhum outro, «convivem sectores importantes tão diversos como a pesca e a agricultura, em particular o sector leiteiro, ao lado de importantes sectores industriais», como a metalurgia, o calçado, a cortiça, a cerâmica ou o têxtil.
Ao nível da estrutura empresarial, predomina a micro-empresa, com menos de 10 trabalhadores. «Parece-nos que estes são aspectos fundamentais que manifestamente não são tidos em conta nas políticas de apoio ao sector produtivo levadas a cabo por este Governo», acusou o candidato, lembrando que os apoios são «quase sempre destinados aos grandes grupos económicos, que continuam a engordar à conta do orçamento».
Em seguida, Miguel Viegas realçou o crescimento da CDU verificado nas eleições europeias de 7 de Junho. Em Aveiro, lembrou, a CDU «cresceu mais de 50 por cento da sua massa eleitoral relativamente às europeias de 2004». Com esta taxa de crescimento, acrescentou, «estamos hoje em condições de alterar profundamente a actual correlação de forças, que permitiu ao PS impor um conjunto de políticas tão nefastas ao País e à nossa região em particular». Quanto maior for o peso da CDU na Assembleia da República, garantiu o candidato, «maiores serão as possibilidades de ruptura com estas políticas que levaram o País até este caos».
Miguel Viegas admite que a CDU pode «não ganhar as eleições», mas não tem dúvidas de que «o rumo das políticas do Governo dependerão, e muito, do peso que a CDU terá». Confiando nas condições existentes para um «grande êxito eleitoral», o candidato lembrou os activistas que o «voto na CDU conquista-se na luta organizada» e, por isso mesmo, é um voto «diferente», que «vale por dois». «Aí reside a nossa força que tanta raiva causa aos nossos inimigos.»