O voto na mudança a sério
Num grande comício realizado na terça-feira em Almada, Jerónimo de Sousa e Ilda Figueiredo reafirmaram a sua confiança no reforço eleitoral da CDU. PS e PSD, garantem, «têm medo da CDU» e têm razão para isso.
Na Europa, os deputados comunistas defendem os interesses nacionais
«O voto na CDU é o voto que eles (PS e PSD) mais temem, porque é o voto na mudança a sério», afirmou Jerónimo de Sousa em Almada, manifestando a sua confiança na possibilidade de reforço da CDU já no próximo domingo. Perante largas centenas de pessoas que enchiam a praça que tem o nome de um histórico militante comunista, Gabriel Pedro, o dirigente do PCP criticou aqueles que «pregam que se trata de uma campanha sem pessoas». Observando tão numerosa e entusiástica assistência, realçou: «Até nisso somos diferentes.»
Para Jerónimo de Sousa, tão massiva presença naquele comício confirmava a «boa e dinâmica campanha, com grande adesão popular» realizada pela CDU nas últimas semanas. Mas há que a confirmar nas urnas, «com o voto de todos e de cada um que discorda desta política». Assim, apelou aos apoiantes, os próximos dias terão de ser de «mobilização para o esclarecimento e para o voto na CDU».
Jerónimo de Sousa referiu-se também àqueles que «andam por aí a questionar o valor do voto, como se todos fossem iguais e tivessem iguais responsabilidades na situação do País. Nós não enfiamos essa carapuça». Esses, «os grandes senhores do dinheiro, os poderosos, vão votar, e nos do costume. Não querem é que quem luta e contesta vote.» A solução, garante, «não é não votar, é votar e votar bem, na CDU».
E aos que acusam a coligação de «nacionalismo», confundindo-o com patriotismo, o Secretário-geral comunista reafirmou: «estaremos na Europa como deputados nacionais, a defender os interesses de Portugal e dos portugueses.» Em seguida, alertou para as promessas de mudança para a Europa que o PS tem vindo a lançar na campanha eleitoral. «Para eles, a Europa deve ser lá longe, muito longe, porque cá fazem exactamente o contrário.»
O dirigente comunista dirigiu-se ainda aos hesitantes, realçando que se o PS puder ler nos resultados eleitorais do próximo domingo uma aprovação à sua política, retomará a sua ofensiva «ainda com mais força». Aos que lutaram durante estes anos, e foram «tantas centenas de milhares», apelou: «não percam esta oportunidade para mudar, votando na CDU.»
Aposta na juventude
Antes, Ilda Figueiredo tinha já salientado a importância de ter no Parlamento Europeu «gente que luta pela valorização que quem trabalha». E essa gente «está na lista da CDU».
Relatando as visitas efectuadas durante o dia ao Arsenal do Alfeite e à Lisnave, Ilda Figueiredo lembrou que há 20 anos a indústria naval no distrito de Setúbal empregava mais de 20 mil trabalhadores e que hoje «pouco resta». No que sobra da Lisnave, em Setúbal (pois em Almada «é já só uma saudade»), abunda a precariedade e a repressão, e no Arsenal, a braços com um processo de privatização, «há 400 trabalhadores ameaçados, sem saberem do seu futuro». Ilda Figueiredo lembrou em seguida que foram os dois deputados do PCP no Parlamento Europeu que levaram às instituições comunitárias os problemas destes trabalhadores.
Sobre a campanha eleitoral, a candidata realçou que «a qualquer lado que vamos nunca é a primeira vez, e as pessoas sabem disso». Em seguida, recordou que os dois deputados do PCP são responsáveis por 34 por cento do total da actividade dos 24 parlamentares portugueses.
Antes de terminar, Ilda Figueiredo valorizou a forte presença de mulheres na lista da CDU (16, para 14 homens), que, em sua opinião, faz jus ao papel das mulheres na sociedade. Mas também os jovens estão em destaque nesta lista, afirmou, apontando o segundo candidato, João Ferreira, com 30 anos, que «será eleito».
Votar em quem merece confiança
Mário Nogueira, secretário-geral da FENPROF, subiu ao palco do comício de Almada para reafirmar o seu apoio à CDU. «É preciso ir votar em quem merece confiança», afirmou, garantindo que «esses não são outros senão os candidatos da CDU».
Reafirmando que as eleições para o Parlamento Europeu têm a ver com a Educação, o sindicalista exemplificou com o processo de Bolonha e a Directiva Bolkestein, que deram rudes golpes na educação pública e universal no País. Dirigindo-se aos professores, que combateram estas e outras medidas, e que se envolveram na luta ao lado dos restantes trabalhadores, Mário Nogueira apelou ao seu voto na CDU.
Após lembrar que «José Sócrates não gosta que aqui estejamos», o sindicalista afirmou que se o primeiro-ministro e outros governantes podem participar em acções de campanha, porque não poderia quem lhes dá combate? No seu caso, afirma, trata-se não só de um «exercício de cidadania» mas de um «dever cívico».
Rui Paixão, mandatário regional da CDU, salientou o aumento do desemprego (no distrito, de 27 por cento no último ano) e Inês Maia, da Juventude CDU, realçou a luta dos jovens por emprego, educação e direitos. Na mesa do comício, estavam para além dos oradores, João Ferreira e Ana Rita Carvalhais, candidatos da CDU, vários dirigentes do PCP, do PEV e da ID e Maria Emília de Sousa e José Manuel Maia, presidentes da Câmara e Assembleia Municipal de Almada e candidatos às próximas autárquicas.
Para Jerónimo de Sousa, tão massiva presença naquele comício confirmava a «boa e dinâmica campanha, com grande adesão popular» realizada pela CDU nas últimas semanas. Mas há que a confirmar nas urnas, «com o voto de todos e de cada um que discorda desta política». Assim, apelou aos apoiantes, os próximos dias terão de ser de «mobilização para o esclarecimento e para o voto na CDU».
Jerónimo de Sousa referiu-se também àqueles que «andam por aí a questionar o valor do voto, como se todos fossem iguais e tivessem iguais responsabilidades na situação do País. Nós não enfiamos essa carapuça». Esses, «os grandes senhores do dinheiro, os poderosos, vão votar, e nos do costume. Não querem é que quem luta e contesta vote.» A solução, garante, «não é não votar, é votar e votar bem, na CDU».
E aos que acusam a coligação de «nacionalismo», confundindo-o com patriotismo, o Secretário-geral comunista reafirmou: «estaremos na Europa como deputados nacionais, a defender os interesses de Portugal e dos portugueses.» Em seguida, alertou para as promessas de mudança para a Europa que o PS tem vindo a lançar na campanha eleitoral. «Para eles, a Europa deve ser lá longe, muito longe, porque cá fazem exactamente o contrário.»
O dirigente comunista dirigiu-se ainda aos hesitantes, realçando que se o PS puder ler nos resultados eleitorais do próximo domingo uma aprovação à sua política, retomará a sua ofensiva «ainda com mais força». Aos que lutaram durante estes anos, e foram «tantas centenas de milhares», apelou: «não percam esta oportunidade para mudar, votando na CDU.»
Aposta na juventude
Antes, Ilda Figueiredo tinha já salientado a importância de ter no Parlamento Europeu «gente que luta pela valorização que quem trabalha». E essa gente «está na lista da CDU».
Relatando as visitas efectuadas durante o dia ao Arsenal do Alfeite e à Lisnave, Ilda Figueiredo lembrou que há 20 anos a indústria naval no distrito de Setúbal empregava mais de 20 mil trabalhadores e que hoje «pouco resta». No que sobra da Lisnave, em Setúbal (pois em Almada «é já só uma saudade»), abunda a precariedade e a repressão, e no Arsenal, a braços com um processo de privatização, «há 400 trabalhadores ameaçados, sem saberem do seu futuro». Ilda Figueiredo lembrou em seguida que foram os dois deputados do PCP no Parlamento Europeu que levaram às instituições comunitárias os problemas destes trabalhadores.
Sobre a campanha eleitoral, a candidata realçou que «a qualquer lado que vamos nunca é a primeira vez, e as pessoas sabem disso». Em seguida, recordou que os dois deputados do PCP são responsáveis por 34 por cento do total da actividade dos 24 parlamentares portugueses.
Antes de terminar, Ilda Figueiredo valorizou a forte presença de mulheres na lista da CDU (16, para 14 homens), que, em sua opinião, faz jus ao papel das mulheres na sociedade. Mas também os jovens estão em destaque nesta lista, afirmou, apontando o segundo candidato, João Ferreira, com 30 anos, que «será eleito».
Votar em quem merece confiança
Mário Nogueira, secretário-geral da FENPROF, subiu ao palco do comício de Almada para reafirmar o seu apoio à CDU. «É preciso ir votar em quem merece confiança», afirmou, garantindo que «esses não são outros senão os candidatos da CDU».
Reafirmando que as eleições para o Parlamento Europeu têm a ver com a Educação, o sindicalista exemplificou com o processo de Bolonha e a Directiva Bolkestein, que deram rudes golpes na educação pública e universal no País. Dirigindo-se aos professores, que combateram estas e outras medidas, e que se envolveram na luta ao lado dos restantes trabalhadores, Mário Nogueira apelou ao seu voto na CDU.
Após lembrar que «José Sócrates não gosta que aqui estejamos», o sindicalista afirmou que se o primeiro-ministro e outros governantes podem participar em acções de campanha, porque não poderia quem lhes dá combate? No seu caso, afirma, trata-se não só de um «exercício de cidadania» mas de um «dever cívico».
Rui Paixão, mandatário regional da CDU, salientou o aumento do desemprego (no distrito, de 27 por cento no último ano) e Inês Maia, da Juventude CDU, realçou a luta dos jovens por emprego, educação e direitos. Na mesa do comício, estavam para além dos oradores, João Ferreira e Ana Rita Carvalhais, candidatos da CDU, vários dirigentes do PCP, do PEV e da ID e Maria Emília de Sousa e José Manuel Maia, presidentes da Câmara e Assembleia Municipal de Almada e candidatos às próximas autárquicas.