«Voluntariado à força»
Os eleitos da CDU na Câmara e na Assembleia Municipal do Porto realizaram, recentemente, diversos contactos com os trabalhadores municipais, designadamente das oficinas e dos serviços de limpeza em S. Dinis, no sentido de se inteirarem dos principais problemas e preocupações com que estes se defrontam.
Estes contactos permitiram constatar um conjunto de situações que desmentem completamente o discurso produzido por Rui Rio e pela maioria PSD/CDS-PP relativamente à «estabilidade» e «satisfação» que se vivem, em termos laborais, na Câmara, bem como à «salvaguarda» dos direitos dos trabalhadores que serão transferidos para as empresas concessionárias da limpeza.
«De facto, o processo de transferência dos serviços de limpeza, nomeadamente de equipamentos e trabalhadores, para as empresas privadas de recolha de lixo, está a confirmar que, tal como o PCP tinha alertado, os direitos e interesses dos trabalhadores não estão a ser devidamente acautelados, tal como não foi assegurado o interesse da cidade e a boa gestão dos dinheiros públicos», acusaram, em conferência de imprensa, Artur Ribeiro, membro da Assembleia Municipal, Domingos Oliveira, da Direcção da Cidade do Porto do PCP, e Rui Sá, vereador na autarquia.
Redução drástica de pessoal
A requisição destes trabalhadores, denunciam os comunistas, «é feita em regime de “voluntariado à força”». «Trabalhadores que há décadas exerciam funções em horário nocturno passam, com aviso de poucos dias, para horários diurnos, com perda de subsídios nocturnos e desorganização completa das suas vidas, ao contrário do que tinha sido prometido», lamentam.
Ao mesmo tempo que isso acontece, assiste-se à adopção de medidas que visam a desactivação das instalações de S. Dinis (edifício municipal colocado num fundo imobiliário), com a deslocação dos trabalhadores que ficarem na Câmara para as instalações das oficinas, sem que se tenham realizado as necessárias obras de beneficiação e adaptação.
«Ao nível das oficinas, estão a ser tomadas medidas com vista à redução drástica do pessoal afecto a estes serviços, e a sua distribuição por outros departamentos com a incerteza e instabilidade daí resultantes», advertem os comunistas, acrescentando: «Ao nível dos fardamentos, continua a viver-se situações intoleráveis que põem em causa a integridade dos trabalhadores e a imagem e a dignidade dos serviços prestados pelo próprio município».
Curiosamente, enquanto a Câmara do Porto procura diminuir o número de trabalhadores, os quadros das empresas municipais tem vindo a crescer, nomeadamente na Domus Social e na Porto Lazer, com contratações em que, muitas vezes, o critério partidário se sobrepõe ao da competência, e com remunerações avulsas.
«O PCP alerta, ainda, para os preparativos que visam a criação de mais uma empresa municipal na área da educação, num sinal claro de esvaziamento das competências próprias da Câmara e de menor transparência na gestão dos dinheiros públicos e dos recursos humanos», revelam os comunistas.
Estes contactos permitiram constatar um conjunto de situações que desmentem completamente o discurso produzido por Rui Rio e pela maioria PSD/CDS-PP relativamente à «estabilidade» e «satisfação» que se vivem, em termos laborais, na Câmara, bem como à «salvaguarda» dos direitos dos trabalhadores que serão transferidos para as empresas concessionárias da limpeza.
«De facto, o processo de transferência dos serviços de limpeza, nomeadamente de equipamentos e trabalhadores, para as empresas privadas de recolha de lixo, está a confirmar que, tal como o PCP tinha alertado, os direitos e interesses dos trabalhadores não estão a ser devidamente acautelados, tal como não foi assegurado o interesse da cidade e a boa gestão dos dinheiros públicos», acusaram, em conferência de imprensa, Artur Ribeiro, membro da Assembleia Municipal, Domingos Oliveira, da Direcção da Cidade do Porto do PCP, e Rui Sá, vereador na autarquia.
Redução drástica de pessoal
A requisição destes trabalhadores, denunciam os comunistas, «é feita em regime de “voluntariado à força”». «Trabalhadores que há décadas exerciam funções em horário nocturno passam, com aviso de poucos dias, para horários diurnos, com perda de subsídios nocturnos e desorganização completa das suas vidas, ao contrário do que tinha sido prometido», lamentam.
Ao mesmo tempo que isso acontece, assiste-se à adopção de medidas que visam a desactivação das instalações de S. Dinis (edifício municipal colocado num fundo imobiliário), com a deslocação dos trabalhadores que ficarem na Câmara para as instalações das oficinas, sem que se tenham realizado as necessárias obras de beneficiação e adaptação.
«Ao nível das oficinas, estão a ser tomadas medidas com vista à redução drástica do pessoal afecto a estes serviços, e a sua distribuição por outros departamentos com a incerteza e instabilidade daí resultantes», advertem os comunistas, acrescentando: «Ao nível dos fardamentos, continua a viver-se situações intoleráveis que põem em causa a integridade dos trabalhadores e a imagem e a dignidade dos serviços prestados pelo próprio município».
Curiosamente, enquanto a Câmara do Porto procura diminuir o número de trabalhadores, os quadros das empresas municipais tem vindo a crescer, nomeadamente na Domus Social e na Porto Lazer, com contratações em que, muitas vezes, o critério partidário se sobrepõe ao da competência, e com remunerações avulsas.
«O PCP alerta, ainda, para os preparativos que visam a criação de mais uma empresa municipal na área da educação, num sinal claro de esvaziamento das competências próprias da Câmara e de menor transparência na gestão dos dinheiros públicos e dos recursos humanos», revelam os comunistas.