Naufrágio à vista
A Letónia tornou-se o segundo país da União Europeia e o quarto no continente europeu a declarar-se em iminente bancarrota, tendo solicitado ajuda de emergência ao FMI e à UE.
Série de bancarrotas ameaça países-membros do Leste europeu
Depois da Hungria e da Ucrânia, em Outubro, e da Sérvia já este mês, a Letónia reconheceu, no dia 20, a sua situação de insolvência financeira, iniciando conversações formais com a Comissão Europeia e o Fundo Monetário Internacional para a concessão de um pacote financeiro destinado a reequilibrar a balança de pagamentos.
O fulgurante período de crescimento económico que o país conheceu nos últimos anos, em especial após adesão à União Europeia em 2004, fruto de entradas maciças de capitais estrangeiros, transformou-se instantaneamente numa profunda recessão.
A fuga dos investidores assustados pela crise mundial pôs a nu as fragilidades de uma economia artificial, fortemente dependente dos empréstimos estrangeiros. Em poucas semanas os indicadores afundaram-se no vermelho, registando no terceiro trimestre uma quebra de - 4,3 por cento.
O desafogo do sistema bancário deu lugar à falência, obrigando o Estado, dia 8, a adquirir 51 por cento do Parex Banka, o segundo maior banco letão. E embora a divisa do país, o lats, tenha o curso indexado ao euro, o banco central foi forçado a usar mais de 600 milhões de euros para evitar a sua desvalorização.
Nas mesmas águas turbulentas navegam as vizinhas Estónia e Lituânia e não muito longe avista-se a generalidade dos países do Leste europeu, membros recentes da UE que entregaram sectores inteiros do seu aparelho produtivo a multinacionais que agora ameaçam encerrar.
A própria Comissão Europeia não duvida que nesta senda de naufrágios outros países se seguirão, falta apenas saber qual é o próximo. Por isso, Bruxelas já propôs elevar, de 11 mil milhões de euros para 25 mil milhões de euros, o fundo destinado a financiar a balança de pagamentos dos estados-membros com problemas.
O fulgurante período de crescimento económico que o país conheceu nos últimos anos, em especial após adesão à União Europeia em 2004, fruto de entradas maciças de capitais estrangeiros, transformou-se instantaneamente numa profunda recessão.
A fuga dos investidores assustados pela crise mundial pôs a nu as fragilidades de uma economia artificial, fortemente dependente dos empréstimos estrangeiros. Em poucas semanas os indicadores afundaram-se no vermelho, registando no terceiro trimestre uma quebra de - 4,3 por cento.
O desafogo do sistema bancário deu lugar à falência, obrigando o Estado, dia 8, a adquirir 51 por cento do Parex Banka, o segundo maior banco letão. E embora a divisa do país, o lats, tenha o curso indexado ao euro, o banco central foi forçado a usar mais de 600 milhões de euros para evitar a sua desvalorização.
Nas mesmas águas turbulentas navegam as vizinhas Estónia e Lituânia e não muito longe avista-se a generalidade dos países do Leste europeu, membros recentes da UE que entregaram sectores inteiros do seu aparelho produtivo a multinacionais que agora ameaçam encerrar.
A própria Comissão Europeia não duvida que nesta senda de naufrágios outros países se seguirão, falta apenas saber qual é o próximo. Por isso, Bruxelas já propôs elevar, de 11 mil milhões de euros para 25 mil milhões de euros, o fundo destinado a financiar a balança de pagamentos dos estados-membros com problemas.