Razões redobradas para lutar
O Governo aumenta em 16 cêntimos o subsídio de refeição
A insensibilidade para os problemas dos trabalhadores, demonstrada pelos membros do Governo, na reunião de dia 12, com a delegação da Frente Comum, justifica ainda mais a manifestação nacional de amanhã.
Por todo o País, os funcionários públicos estão empenhados na mobilização para a grande manifestação nacional de amanhã, em Lisboa, com desfile a partir das 14.30 horas, da Rotunda do Marquês à Assembleia da República.
Segundo a Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública, a postura dos representantes do Governo «veio reforçar ainda mais as razões que nos levaram a convocar este protesto, porque os trabalhadores rejeitam mais um ano de perdas no valor real dos salários», afirmou a coordenadora da FCSAP, Ana Avoila, em declarações ao Avante!.
«Segundo as informações que temos recolhido pelo País sobre o estado da mobilização para a acção, amanhã, será uma grande manifestação e mais um passo para forçar o Governo a inverter a sua política e é também a resposta às previsíveis propostas eleitoralistas que o Executivo PS possa, entretanto, anunciar», revelou a dirigente sindical.
Num comunicado divulgado depois da reunião de dia 12, a Federação Nacional dos Sindicatos da Função Pública acusou os secretários de Estado da Administração Pública e do Orçamento, de terem mantido uma postura de «insensibilidade para os problemas dos trabalhadores e a mesma proposta de aumentos salariais de 2,9 por cento para 2009».
Considerando tratar-se de um valor «manifestamente insuficiente para fazer face ao poder de compra perdido em sucessivos anos», a FNSFP/CGTP-IN voltou a reclamar aumentos intercalares de 0,9 por cento, ainda este ano, e de 5 por cento, em 2009, bem como uma compensação mínima de 50 euros para cada trabalhador que transite para o novo regime de carreiras.
Além da luta por salários dignos, os trabalhadores também reivindicam a manutenção do vínculo de nomeação, a revogação do Regime de Contrato de Trabalho em Funções Públicas, carreiras profissionais dignas e o direito ao trabalho, e rejeitam a mobilidade especial, a precariedade laboral e o SIADAP, que deve ser substituído «por uma avaliação justa e sem quotas».
Cinismo e má educação
Na reunião, os secretários de Estado «não cederam um milímetro nas propostas de actualização salarial, e tentaram justificar a sua teimosia com cinismo, quando compararam os funcionários públicos portugueses com os da União Europeia que, segundo os representantes do executivo PS, tiveram aumentos inferiores à sua proposta», revelou Ana Avoila.
«Ainda por cima, foram mal educados quando insistiram no mesmo argumento», prosseguiu a porta-voz da FCSAP, recordando que, nessa altura, a delegação sindical contrapropôs que, «então, fossem aplicados os mesmos salários que se praticam na Europa aos funcionários públicos portugueses e abdicaríamos das nossas reivindicações respeitantes à valorização salarial».
A reunião «também confirmou a intenção do Governo de retirar poder de compra aos aposentados e aos novos trabalhadores, através dos descontos para a ADSE que serão também abatidos nos subsídios de Natal e de férias, e não apenas durante os 12 meses do ano, como até aqui». «A consequência será mais uma redução nestes salários e nas pensões de reforma», alertou a dirigente sindical. «Os trabalhadores vão prosseguir a luta contra esta enorme farsa cínica do Governo, completada com o cinismo da proposta de aumento de 16 cêntimos no subsídio de refeição», garantiu.
Por todo o País, os funcionários públicos estão empenhados na mobilização para a grande manifestação nacional de amanhã, em Lisboa, com desfile a partir das 14.30 horas, da Rotunda do Marquês à Assembleia da República.
Segundo a Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública, a postura dos representantes do Governo «veio reforçar ainda mais as razões que nos levaram a convocar este protesto, porque os trabalhadores rejeitam mais um ano de perdas no valor real dos salários», afirmou a coordenadora da FCSAP, Ana Avoila, em declarações ao Avante!.
«Segundo as informações que temos recolhido pelo País sobre o estado da mobilização para a acção, amanhã, será uma grande manifestação e mais um passo para forçar o Governo a inverter a sua política e é também a resposta às previsíveis propostas eleitoralistas que o Executivo PS possa, entretanto, anunciar», revelou a dirigente sindical.
Num comunicado divulgado depois da reunião de dia 12, a Federação Nacional dos Sindicatos da Função Pública acusou os secretários de Estado da Administração Pública e do Orçamento, de terem mantido uma postura de «insensibilidade para os problemas dos trabalhadores e a mesma proposta de aumentos salariais de 2,9 por cento para 2009».
Considerando tratar-se de um valor «manifestamente insuficiente para fazer face ao poder de compra perdido em sucessivos anos», a FNSFP/CGTP-IN voltou a reclamar aumentos intercalares de 0,9 por cento, ainda este ano, e de 5 por cento, em 2009, bem como uma compensação mínima de 50 euros para cada trabalhador que transite para o novo regime de carreiras.
Além da luta por salários dignos, os trabalhadores também reivindicam a manutenção do vínculo de nomeação, a revogação do Regime de Contrato de Trabalho em Funções Públicas, carreiras profissionais dignas e o direito ao trabalho, e rejeitam a mobilidade especial, a precariedade laboral e o SIADAP, que deve ser substituído «por uma avaliação justa e sem quotas».
Cinismo e má educação
Na reunião, os secretários de Estado «não cederam um milímetro nas propostas de actualização salarial, e tentaram justificar a sua teimosia com cinismo, quando compararam os funcionários públicos portugueses com os da União Europeia que, segundo os representantes do executivo PS, tiveram aumentos inferiores à sua proposta», revelou Ana Avoila.
«Ainda por cima, foram mal educados quando insistiram no mesmo argumento», prosseguiu a porta-voz da FCSAP, recordando que, nessa altura, a delegação sindical contrapropôs que, «então, fossem aplicados os mesmos salários que se praticam na Europa aos funcionários públicos portugueses e abdicaríamos das nossas reivindicações respeitantes à valorização salarial».
A reunião «também confirmou a intenção do Governo de retirar poder de compra aos aposentados e aos novos trabalhadores, através dos descontos para a ADSE que serão também abatidos nos subsídios de Natal e de férias, e não apenas durante os 12 meses do ano, como até aqui». «A consequência será mais uma redução nestes salários e nas pensões de reforma», alertou a dirigente sindical. «Os trabalhadores vão prosseguir a luta contra esta enorme farsa cínica do Governo, completada com o cinismo da proposta de aumento de 16 cêntimos no subsídio de refeição», garantiu.