Militares exibem “vermelho”
Exigir do Governo o cumprimento dos diplomas legais que garantem à família militar as condições sociais, de saúde e de assistência foi o propósito do Encontro Nacional de sábado, em Lisboa.
A família militar considera-se profundamente ofendida
Mais de quatro mil militares dos três ramos da Forças Armadas e seus familiares manifestaram-se pela «Dignificação da família militar» e pelo cumprimento dos direitos relativos a Saúde, assistência e condições sociais. Este Encontro Nacional teve o apoio da Associação Nacional de Sargentos (ANS), da Associação de Oficiais das Forças Armadas e da Associação de Praças da Armada.
Os participantes concentraram-se no Rossio e desfilaram, depois, pela Rua Augusta até ao Terreiro do Paço onde, diante do Ministério da Defesa, aprovaram uma declaração por unanimidade e aclamação. Repudiando a política do Governo, os manifestantes exibiram cartões vermelhos.
A resolução foi apresentada, numa tribuna improvisada, pelo coronel Tasso de Figueiredo, um dos três convocantes desta acção, juntamente com o Sargento-mor Álvaro Martins e o Cabo Lambert Pereira, todos em situação de reforma.
Na resolução, os participantes dizem-se «profundamente ofendidos pelas medidas do Governo, que colocam em causa a própria coesão das Forças Armadas», e lembram que «continuam por cumprir dezenas de diplomas legais respeitantes aos militares, o que, constituindo um verdadeiro atentado à democracia, provocou o acumular de uma dívida crescente à família militar, já superior a mil milhões de euros».
A progressiva degradação das condições sociais, o congelamento das carreiras e das remunerações e os aumentos salariais abaixo da inflação registada são outros motivos do descontentamento.
Significativo é, também, para os participantes no protesto, «o desrespeito sistemático e continuado pelas competências consagradas em Lei para as associações profissionais de militares», que, segundo a resolução, têm sido excluídas dos grupos de trabalho e dos conselhos consultivos onde são tomadas decisões sobre estas matérias.
Os militares também recusam «que a crise sirva de pretexto para a não resolução ou o acentuar dos problemas» enunciados.
No dia 15, em conferência de imprensa, a ANS tinha referido que a família militar está a viver um clima de «enorme intranquilidade e de mal-estar generalizado».
Os participantes concentraram-se no Rossio e desfilaram, depois, pela Rua Augusta até ao Terreiro do Paço onde, diante do Ministério da Defesa, aprovaram uma declaração por unanimidade e aclamação. Repudiando a política do Governo, os manifestantes exibiram cartões vermelhos.
A resolução foi apresentada, numa tribuna improvisada, pelo coronel Tasso de Figueiredo, um dos três convocantes desta acção, juntamente com o Sargento-mor Álvaro Martins e o Cabo Lambert Pereira, todos em situação de reforma.
Na resolução, os participantes dizem-se «profundamente ofendidos pelas medidas do Governo, que colocam em causa a própria coesão das Forças Armadas», e lembram que «continuam por cumprir dezenas de diplomas legais respeitantes aos militares, o que, constituindo um verdadeiro atentado à democracia, provocou o acumular de uma dívida crescente à família militar, já superior a mil milhões de euros».
A progressiva degradação das condições sociais, o congelamento das carreiras e das remunerações e os aumentos salariais abaixo da inflação registada são outros motivos do descontentamento.
Significativo é, também, para os participantes no protesto, «o desrespeito sistemático e continuado pelas competências consagradas em Lei para as associações profissionais de militares», que, segundo a resolução, têm sido excluídas dos grupos de trabalho e dos conselhos consultivos onde são tomadas decisões sobre estas matérias.
Os militares também recusam «que a crise sirva de pretexto para a não resolução ou o acentuar dos problemas» enunciados.
No dia 15, em conferência de imprensa, a ANS tinha referido que a família militar está a viver um clima de «enorme intranquilidade e de mal-estar generalizado».