O Hospital mais atingido pela redução quase para metade das verbas para investimento em vários hospitais do SNS é o Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE). De facto, lembra a Direcção da Organização Regional de Évora do PCP, em 2008, a redução de verbas é de 80%, ou seja, de 14.280.000 passa para 2.737.000 euros, e em 2009 de 97%, portanto de 44.234.000 para 1.249.000 euros, o que «compromete quase por completo a capacidade de investimento daquele hospital».
A situação torna-se, porém, ainda mais grave, prossegue o PCP, porque a construção do novo hospital em Évora – apontada como o único caso de construção integralmente suportada com fundos públicos –, partia precisamente da capacidade de investimento do HESE. Aliás, o montante do capital social do HESE necessário à construção do novo hospital – 55 milhões de euros – corresponde precisamente àquele cuja transferência é agora de novo adiada para depois de 2010. Ora, ao contrário do que diz o Governo na sua Resolução, «não há qualquer intenção da parte do HESE de abrandar os investimentos previstos» ou de «abandonar o projecto de construção do novo hospital». O que acontece é que deixou de existir a garantia de disponibilização até 2009 das verbas para esse projecto que antes havia.