Desemprego aumenta
Santo Tirso é já o concelho com a maior taxa de desemprego do País e, a não serem tomadas medidas imediatas, a situação económica e social das suas famílias irá agravar-se ainda mais, alerta a Comissão Concelhia do PCP.
A situação é tão grave que o fecho de muitas pequenas empresas quase não é notícia
Aliás, se se analisar os dados do Instituto de Emprego e Formação Profissional relativos ao 1.º semestre de 2008, é fácil constatar a gravidade da situação: dos 1784 tirsenses que durante este período se inscreveram no Centro de Emprego, apenas 239 foram colocados!
Entretanto, os trabalhadores das empresas falidas continuam a aguardar os créditos que lhes são devidos, mesmo depois dos leilões realizados, caso das empresas têxteis Baiona e Pinheiro da Rocha, onde há trabalhadores com créditos relativos a mais de quarenta anos de serviço. Isto, confirma, de resto, o receio já várias vezes manifestado pelos trabalhadores de que os bancos, por terem hipotecas, sejam considerados prioritários no acesso ao resultado dos leilões, situação o PCP considera «profundamente injusta e desumana».
Por sua vez, a Têxtil José Machado Almeida, que há cinco anos empregava mais de 1200 trabalhadores, depois de deslocalizar produção passou a ter menos de 300, confirmando-se a sua intenção de não reintegrar os 119 trabalhadores que, por sua iniciativa, estavam com «suspensão de contrato». Há ainda notícias sobre o eventual encerramento de outra unidade deste grupo, o que faz temer a possibilidade de novos despedimentos. Quanto à Arco Têxteis, encerrou o quarto turno, levando mais 60 trabalhadores para o desemprego.
Defender o Sector Têxtil
Diz o PCP que a situação que hoje se vive no Vale do Ave, particularmente no concelho de Santo Tirso, «é de tal forma grave» que o encerramento de muitas das pequenas e médias empresas quase nem são notícia, caso da chamada Fábrica das Meias de Vilarinho, que há 3 meses despediu 20 trabalhadores e agora os restantes 40
Preocupada com este problema, a Concelhia do PCP pede vigilância às entidades competentes para o período de férias que se atravessa, que já «coincidiu» com vários encerramentos ou foi aproveitado para desvio de máquinas e stocks. De facto, as declarações do presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso, de que o concelho está a superar a crise, mais fazem lembrar um «ministro da propaganda», ironiza o PCP, para quem «ignorar a situação ou fazer de conta que os problemas não existem, é ser-se «insensível, irresponsável e conivente».
Tendo ainda em conta que ao desemprego se associa a emigração e crescentes fenómenos de exclusão, o PCP defende a tomada urgente de medidas que invertam a situação, nomeadamente a realização de uma política de defesa do Sector Têxtil, que rompa com o modelo baseado nos baixos salários, baixas qualificações e precariedade no emprego; aumente os níveis de escolaridade e qualificação dos trabalhadores; reforce os apoios da Segurança Social no apoio às famílias atingidas pelo desemprego; accione medidas preventivas para as áreas e sectores de risco e garanta apoios financeiros às micro, pequenas e médias empresas descapitalizadas e com desequilíbrios financeiros; defenda o mercado nacional e combata as deslocalizações.
Entretanto, os trabalhadores das empresas falidas continuam a aguardar os créditos que lhes são devidos, mesmo depois dos leilões realizados, caso das empresas têxteis Baiona e Pinheiro da Rocha, onde há trabalhadores com créditos relativos a mais de quarenta anos de serviço. Isto, confirma, de resto, o receio já várias vezes manifestado pelos trabalhadores de que os bancos, por terem hipotecas, sejam considerados prioritários no acesso ao resultado dos leilões, situação o PCP considera «profundamente injusta e desumana».
Por sua vez, a Têxtil José Machado Almeida, que há cinco anos empregava mais de 1200 trabalhadores, depois de deslocalizar produção passou a ter menos de 300, confirmando-se a sua intenção de não reintegrar os 119 trabalhadores que, por sua iniciativa, estavam com «suspensão de contrato». Há ainda notícias sobre o eventual encerramento de outra unidade deste grupo, o que faz temer a possibilidade de novos despedimentos. Quanto à Arco Têxteis, encerrou o quarto turno, levando mais 60 trabalhadores para o desemprego.
Defender o Sector Têxtil
Diz o PCP que a situação que hoje se vive no Vale do Ave, particularmente no concelho de Santo Tirso, «é de tal forma grave» que o encerramento de muitas das pequenas e médias empresas quase nem são notícia, caso da chamada Fábrica das Meias de Vilarinho, que há 3 meses despediu 20 trabalhadores e agora os restantes 40
Preocupada com este problema, a Concelhia do PCP pede vigilância às entidades competentes para o período de férias que se atravessa, que já «coincidiu» com vários encerramentos ou foi aproveitado para desvio de máquinas e stocks. De facto, as declarações do presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso, de que o concelho está a superar a crise, mais fazem lembrar um «ministro da propaganda», ironiza o PCP, para quem «ignorar a situação ou fazer de conta que os problemas não existem, é ser-se «insensível, irresponsável e conivente».
Tendo ainda em conta que ao desemprego se associa a emigração e crescentes fenómenos de exclusão, o PCP defende a tomada urgente de medidas que invertam a situação, nomeadamente a realização de uma política de defesa do Sector Têxtil, que rompa com o modelo baseado nos baixos salários, baixas qualificações e precariedade no emprego; aumente os níveis de escolaridade e qualificação dos trabalhadores; reforce os apoios da Segurança Social no apoio às famílias atingidas pelo desemprego; accione medidas preventivas para as áreas e sectores de risco e garanta apoios financeiros às micro, pequenas e médias empresas descapitalizadas e com desequilíbrios financeiros; defenda o mercado nacional e combata as deslocalizações.