Pena suspensa para fraude de milhões
O primeiro condenado no mega-processo de fraude fiscal na Alemanha foi sentenciado, no dia 18, com dois anos de prisão com pena suspensa. Eduard Gueroff, agente imobiliário, confessou ao tribunal de Bochum ter prejudicado o fisco em 7,6 milhões de euros entre 2001 e 2006, através de transferências ilegais de fundos para o Principado do Liechtenstein.
O escândalo rebentou em Fevereiro quando chegou às mãos da polícia um CD com nomes de centenas de cidadãos alemães com contas nos bancos do principado, um dos «paraísos fiscais» da Europa.
As investigações não tardaram a fazer uma vítima de vulto. Klaus Zumwinkel, patrão dos correios alemães (Deustche Post), empresa cujo capital continua sob domínio público, foi forçado a demitir-se após se descobrir o seu nome entre as centenas de cidadãos abastados que regularmente depositavam os seus proventos no estrangeiro sem pagar os respectivos impostos.
Actualmente, o Ministério Público investiga 350 casos e prepara-se para abrir mais 420 novos inquéritos. Na semana passada, as autoridades anunciaram que as investigações já tinham permitido recuperar 110 milhões de euros para os cofres do Estado.
Contudo, segundo o presidente do Sindicato dos Impostos, Dieter Ondraceck, tal não passa de uma gota de água no oceano, uma vez que os serviços não dispõem de investigadores em número suficiente para combater eficazmente a fuga ao fisco.
O mesmo sindicalista, citado pela agência Lusa, indicou que os canais que permitem desviar capitais para o Liechtenstein permanecem abertos e o pequeno estado situado entre a Suíça e a Áustria «continua a ser um paraíso para quem quer fugir ao fisco».
O escândalo rebentou em Fevereiro quando chegou às mãos da polícia um CD com nomes de centenas de cidadãos alemães com contas nos bancos do principado, um dos «paraísos fiscais» da Europa.
As investigações não tardaram a fazer uma vítima de vulto. Klaus Zumwinkel, patrão dos correios alemães (Deustche Post), empresa cujo capital continua sob domínio público, foi forçado a demitir-se após se descobrir o seu nome entre as centenas de cidadãos abastados que regularmente depositavam os seus proventos no estrangeiro sem pagar os respectivos impostos.
Actualmente, o Ministério Público investiga 350 casos e prepara-se para abrir mais 420 novos inquéritos. Na semana passada, as autoridades anunciaram que as investigações já tinham permitido recuperar 110 milhões de euros para os cofres do Estado.
Contudo, segundo o presidente do Sindicato dos Impostos, Dieter Ondraceck, tal não passa de uma gota de água no oceano, uma vez que os serviços não dispõem de investigadores em número suficiente para combater eficazmente a fuga ao fisco.
O mesmo sindicalista, citado pela agência Lusa, indicou que os canais que permitem desviar capitais para o Liechtenstein permanecem abertos e o pequeno estado situado entre a Suíça e a Áustria «continua a ser um paraíso para quem quer fugir ao fisco».