Greve nas autarquias
Cerca de 600 mil trabalhadores das autarquias da Grã-Bretanha cumpriram uma greve de 48 horas, nos dias 16 e 17, reivindicando aumentos salariais acima da inflação.
Trabalhadores empobrecidos paralisaram dois dias
O protesto foi convocado pelo poderoso sindicato Unison, após o fracasso das negociações com a Associação das Administrações Locais que pretende impor uma actualização média de 2,45 por cento.
O Unison congratulou-se com o êxito da paralisação, sublinhando que se tratou de um dos maiores movimentos reivindicativos no país desde a greve geral de 1926.
Este sindicato reclama uma actualização de seis por cento ou de 50 pennies (0,67 euros) por hora. O governo do trabalhista John Brown contrapõe com a necessidade de «contenção salarial» para travar a escalada da inflação. Mas este argumento já não convence os trabalhadores da administração local, penalizados nos últimos dez anos com actualizações salariais sempre abaixo da inflação, que tiveram como único efeito a redução do seu poder de compra.
No sector, que compreende um vasto leque de actividades e profissões, desde escolas a museus, administrativos, educadores ou agentes de segurança, uma parte importante dos trabalhadores aufere menos de 11 mil libras (13 300 euros) líquidos por ano, montante que hoje, na Grã-Bretanha, torna as férias, a ida ao dentista ou a compra de um par de óculos novos verdadeiros luxos proibitivos.
Libras ou pennies?
A brutal subida dos preços dos alimentos e dos carburantes agravou o empobrecimento gerado por anos de «moderação» salarial. Em Junho, os dados oficiais registaram uma subida da taxa de inflação para 3,8 por cento, o nível mais elevado desde há dez anos.
Contudo, para os sindicatos, este valor está longe de traduzir a realidade do custo de vida. «A libras esterlinas nos bolsos dos trabalhadores transformaram-se em pennies. O preço dos produtos essenciais, o leite, o pão, a gasolina , o gás e a electricidade, dispararam. Por isso, não podemos aceitar uma nova diminuição do nosso poder de compra», declarou Dave Prentis, secretário-geral do Unison.
Por todo o país, milhares de trabalhadores que fizeram greve pela primeira vez nas suas vidas manifestaram-se nas ruas, frente a escolas e edifícios públicos. A sua luta por melhores salários irá continuar. Brown que se cuide.
O Unison congratulou-se com o êxito da paralisação, sublinhando que se tratou de um dos maiores movimentos reivindicativos no país desde a greve geral de 1926.
Este sindicato reclama uma actualização de seis por cento ou de 50 pennies (0,67 euros) por hora. O governo do trabalhista John Brown contrapõe com a necessidade de «contenção salarial» para travar a escalada da inflação. Mas este argumento já não convence os trabalhadores da administração local, penalizados nos últimos dez anos com actualizações salariais sempre abaixo da inflação, que tiveram como único efeito a redução do seu poder de compra.
No sector, que compreende um vasto leque de actividades e profissões, desde escolas a museus, administrativos, educadores ou agentes de segurança, uma parte importante dos trabalhadores aufere menos de 11 mil libras (13 300 euros) líquidos por ano, montante que hoje, na Grã-Bretanha, torna as férias, a ida ao dentista ou a compra de um par de óculos novos verdadeiros luxos proibitivos.
Libras ou pennies?
A brutal subida dos preços dos alimentos e dos carburantes agravou o empobrecimento gerado por anos de «moderação» salarial. Em Junho, os dados oficiais registaram uma subida da taxa de inflação para 3,8 por cento, o nível mais elevado desde há dez anos.
Contudo, para os sindicatos, este valor está longe de traduzir a realidade do custo de vida. «A libras esterlinas nos bolsos dos trabalhadores transformaram-se em pennies. O preço dos produtos essenciais, o leite, o pão, a gasolina , o gás e a electricidade, dispararam. Por isso, não podemos aceitar uma nova diminuição do nosso poder de compra», declarou Dave Prentis, secretário-geral do Unison.
Por todo o país, milhares de trabalhadores que fizeram greve pela primeira vez nas suas vidas manifestaram-se nas ruas, frente a escolas e edifícios públicos. A sua luta por melhores salários irá continuar. Brown que se cuide.