Sarkozy vaiado na Irlanda
Mais de mil manifestantes concentraram-se, na segunda-feira, 21, no centro de Dublin, em protesto contra a visita do presidente francês, Nicolas Sarkozy, que, dias antes, havia declarado que os irlandeses «devem votar novamente» o tratado de Lisboa.
Esta ingerência de Sarkozy foi recebida na Irlanda como um insulto. Vários partidários do «Não» concentrados frente à sede do governo, lembraram ao visitante que o povo irlandês rejeitou o tratado por 53 por cento em 12 de Junho: «Sarkozy, respeita o voto sobre Lisboa. Não significa Não», «O Tratado de Lisboa está morto», lia-se em cartazes e faixas.
No mesmo dia, o primeiro-ministro irlandês, Brian Cowen, fez publicar na imprensa um artigo em que pediu «paciência e compreensão» aos parceiros europeus e afirma que «o melhor contributo» que a Irlanda pode dar neste momento é completar a «fase de consultas e análise» das razões que levaram à vitória do «Não».
No texto considera que o resultado do referendo «não foi compreendido» pelos outros países europeus e que estes «têm o direito de questionar por que razão os irlandeses votaram não, têm o direito de perguntar quais são as preocupações subjacentes e como podem ser resolvidas».
«Mas também têm o direito de nos lembrar das suas preocupações e de questionar se a tradição europeia de trabalhar para consensos deve ser abandonada por causa do voto irlandês», escreveu com ambiguidade diplomática Brian Cowen.
Esta ingerência de Sarkozy foi recebida na Irlanda como um insulto. Vários partidários do «Não» concentrados frente à sede do governo, lembraram ao visitante que o povo irlandês rejeitou o tratado por 53 por cento em 12 de Junho: «Sarkozy, respeita o voto sobre Lisboa. Não significa Não», «O Tratado de Lisboa está morto», lia-se em cartazes e faixas.
No mesmo dia, o primeiro-ministro irlandês, Brian Cowen, fez publicar na imprensa um artigo em que pediu «paciência e compreensão» aos parceiros europeus e afirma que «o melhor contributo» que a Irlanda pode dar neste momento é completar a «fase de consultas e análise» das razões que levaram à vitória do «Não».
No texto considera que o resultado do referendo «não foi compreendido» pelos outros países europeus e que estes «têm o direito de questionar por que razão os irlandeses votaram não, têm o direito de perguntar quais são as preocupações subjacentes e como podem ser resolvidas».
«Mas também têm o direito de nos lembrar das suas preocupações e de questionar se a tradição europeia de trabalhar para consensos deve ser abandonada por causa do voto irlandês», escreveu com ambiguidade diplomática Brian Cowen.