Morno, morno
O Congresso do PSD foi uma pessegada. Isto em termos de espectáculo, que é como se medem os congressos dos partidos da burguesia nacional, sejam eles com umas estrelas ou com outras. No dizer do «analista» Marcelo, os congressos do seu partido já não são o que eram.
De facto, as palmas até foram poucas e tépidas. E, tirando as desmesuras de Ângelo Correia, que só lhe faltou chorar perante aquilo em que se transformou o PSD, nada de relevante aconteceu.
Nada esperávamos em termos de conteúdo, porque isso é coisa que nunca existe em partidos assim. Mas foi evidente que faltou fibra e entusiasmo – por populista que fosse – aos congressistas desesperados de verem um dia destes a clientela no poder.
Talvez fosse esse o desespero de Marcelo ao elocubrar as soluções para a crise política que se desenha. O professor dá de barato que o PS não volta a repetir a maioria absoluta. E, segundo a sua vontade – e não a sua verdadeira análise – o BE não irá fazer o contrapeso ao PS. Então, o que se perfila aos olhos maliciosos de Marcelo é... o «bloco central». Isto é, ao bloco de direita a formar ao centro do hemiciclo.
A vida próxima do PSD não augura, porém, a alternância desejada pelo capital monopolista e pelos seus serventuários instalados em S. Bento e nas redacções da maioria dos media. O que se afigura possível é, de facto, o entendimento entre os dois maiores – por enquanto – partidos da política de direita. Isto porque continua a ser difícil, senão impossível, ao PSD fazer uma oposição declarada à política prosseguida por Sócrates. As receitas são as mesmas, e nisso tem Marcelo razão, ao dizer que Ferreira Leite e José Sócrates não estão tão distantes como isso...
Foi, aliás, notório que a eleita líder dos social-democratas, não tinha muito por onde pegar. A gente lembra-se da sua passagem pelas Finanças. Para além da febre privatizadora e da venda ao desbarato do património público, Ferreira Leite não soube como desatar o nó ao défice. Soube-o Sócrates, com o agravamento das condições de vida do povo, com a destruição dos seus direitos. A nova líder do PSD aponta agora ao engenheiro o seu desprezo para com os pobrezinhos.
Preparando a alternância – tão evidente é o desmascaramento do PS – os media dos donos preparam-se para tecer loas aos benefícios deste entendimento. Um entendimento que no essencial já vem de longe. Privadamente.
Em vez de alternância, o País está mesmo a pedir uma alternativa. Em ruptura com a política de direita.
De facto, as palmas até foram poucas e tépidas. E, tirando as desmesuras de Ângelo Correia, que só lhe faltou chorar perante aquilo em que se transformou o PSD, nada de relevante aconteceu.
Nada esperávamos em termos de conteúdo, porque isso é coisa que nunca existe em partidos assim. Mas foi evidente que faltou fibra e entusiasmo – por populista que fosse – aos congressistas desesperados de verem um dia destes a clientela no poder.
Talvez fosse esse o desespero de Marcelo ao elocubrar as soluções para a crise política que se desenha. O professor dá de barato que o PS não volta a repetir a maioria absoluta. E, segundo a sua vontade – e não a sua verdadeira análise – o BE não irá fazer o contrapeso ao PS. Então, o que se perfila aos olhos maliciosos de Marcelo é... o «bloco central». Isto é, ao bloco de direita a formar ao centro do hemiciclo.
A vida próxima do PSD não augura, porém, a alternância desejada pelo capital monopolista e pelos seus serventuários instalados em S. Bento e nas redacções da maioria dos media. O que se afigura possível é, de facto, o entendimento entre os dois maiores – por enquanto – partidos da política de direita. Isto porque continua a ser difícil, senão impossível, ao PSD fazer uma oposição declarada à política prosseguida por Sócrates. As receitas são as mesmas, e nisso tem Marcelo razão, ao dizer que Ferreira Leite e José Sócrates não estão tão distantes como isso...
Foi, aliás, notório que a eleita líder dos social-democratas, não tinha muito por onde pegar. A gente lembra-se da sua passagem pelas Finanças. Para além da febre privatizadora e da venda ao desbarato do património público, Ferreira Leite não soube como desatar o nó ao défice. Soube-o Sócrates, com o agravamento das condições de vida do povo, com a destruição dos seus direitos. A nova líder do PSD aponta agora ao engenheiro o seu desprezo para com os pobrezinhos.
Preparando a alternância – tão evidente é o desmascaramento do PS – os media dos donos preparam-se para tecer loas aos benefícios deste entendimento. Um entendimento que no essencial já vem de longe. Privadamente.
Em vez de alternância, o País está mesmo a pedir uma alternativa. Em ruptura com a política de direita.