Todos os dias, a luta cresce
O Buzinão convocado pelo Movimento dos Utentes dos Serviços Públicos (MUSP), ao qual aderiram a CGTP, outras organizações unitárias e associações diversas e, de forma espontânea centenas de milhares de portugueses, releva para primeiro plano a importância de fazer convergir para a luta contra a política de direita as várias classes e camadas antimonopolistas que, entrando na luta por objectivos específicos, encontram em muitos momentos interesses comuns no plano da luta mais geral, como está a acontecer nesta fase da vida do país.
A dimensão do protesto, a diversidade na participação e o conjunto dos objectivos e motivações que levaram a que centenas de milhares de portugueses tivessem aderido à iniciativa do MUSP, constitui um facto que não sendo novo no Portugal de Abril dá uma ideia real de como tem crescido nos últimos meses o descontentamento popular e como é cada vez mais restrita a base social de apoio à política de direita do Governo do PS.
Depois das grandes manifestações convocadas pela CGTP, realizadas em 18 de Outubro de 2007 e no passado dia 5 de Junho, das muitas e diversificadas acções de luta convocadas pela Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública, da marcha dos docentes realizada no passado dia 8 de Março, das lutas das populações contra o encerramento de serviços públicos em muitas regiões do país, particularmente na área da saúde e o «Buzinão» do passado dia 17, acções de massas das maiores realizadas em Portugal, pode-se concluir que está em formação e em movimento uma vastíssima e poderosa frente social, abrangendo todas as classes e camadas antimonopolistas que objectivamente estão contra a política de direita.
Não é por isso de estranhar que alguns, os mesmos de sempre, olhem para este quadro e fiquem preocupados. Em primeiro lugar, porque a realidade que vivemos hoje mostra que o capitalismo, como sistema de acumulação e não de manutenção, que tem uma natureza exploradora, opressora e agressiva, não só se mostra incapaz de resolver os mais graves problemas da humanidade como os está agravar, no quadro de insanáveis contradições que se aprofundam na crise geral do sistema. Uma crise que é estrutural e não conjuntural, ao contrário do que dizem todos os dias os arautos do sistema. Ou seja, começa a desmoronar-se a construção a que deitaram mãos a partir do início da década de 90, assente num conjunto de teses não demonstradas, como a de que não há alternativa ao capitalismo.
Em segundo lugar já perceberam que estes movimentos e organizações sociais de massas, que na sua composição têm uma raiz profundamente popular, para além de fazerem aumentar a compreensão da importância da luta de massas para a resolução dos problemas concretos, contribuem para alargar a sua participação na vida política, social e cultural do País. Mas o pior para eles é que já perceberam igualmente que através da frente social estabelece-se objectivamente uma aliança de luta muito ampla, no plano social, da classe operária com camadas e classes intermédias que, convergindo também objectivamente no plano político, se torna determinante para a derrota da política de direita.
Nada trava a luta
Mas não ficam por aqui as suas preocupações. A partir de uma pretensa utilização instrumental dos movimentos sociais por parte do PCP, com base no facto de aparecerem membros do Partido a falar publicamente em nome desses movimentos, procuram incutir na opinião pública uma outra tese, a da manipulação, com o objectivo claro de desvalorizarem o papel dessas organizações e desmobilizarem uma parte daqueles que têm vindo a aderir de forma crescente às acções de protesto.
Estão inquietos porque sabem que é na luta de massas que melhor se pode adquirir a consciência da necessidade da ruptura com a política de direita e com os partidos que em alternância vão gerindo o sistema capitalista e também sabem que é através da luta de massas que os trabalhadores e outras camadas sociais vão canalizando o seu apoio para o PCP e que este aparece cada vez mais como o grande obstáculo à política de direita.
O director do Público e outros profetas do anticomunismo, acomodados ao sistema, sabem que o PCP não se limita à luta institucional, nem anda atrás do que pode ser mediático como outros e que por isso não há nenhum partido que substitua o PCP e o seu papel na luta de massas em defesa dos trabalhadores, do povo e do País.
E para que não restem dúvidas aqui fica um texto da Resolução política do XVII Congresso do PCP em que se afirma, «A importância do reforço dos movimentos de massas e outras organizações e movimentos sociais para a derrota das políticas de direita e para a construção de uma verdadeira alternativa política de esquerda exige do Partido uma ainda maior atenção aos seus problemas, tendo presente o seu papel determinante para a prossecução de uma estratégia de alianças sociais básicas – as alianças da classe operária com diferentes camadas intermédias».
Depois das grandes manifestações convocadas pela CGTP, realizadas em 18 de Outubro de 2007 e no passado dia 5 de Junho, das muitas e diversificadas acções de luta convocadas pela Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública, da marcha dos docentes realizada no passado dia 8 de Março, das lutas das populações contra o encerramento de serviços públicos em muitas regiões do país, particularmente na área da saúde e o «Buzinão» do passado dia 17, acções de massas das maiores realizadas em Portugal, pode-se concluir que está em formação e em movimento uma vastíssima e poderosa frente social, abrangendo todas as classes e camadas antimonopolistas que objectivamente estão contra a política de direita.
Não é por isso de estranhar que alguns, os mesmos de sempre, olhem para este quadro e fiquem preocupados. Em primeiro lugar, porque a realidade que vivemos hoje mostra que o capitalismo, como sistema de acumulação e não de manutenção, que tem uma natureza exploradora, opressora e agressiva, não só se mostra incapaz de resolver os mais graves problemas da humanidade como os está agravar, no quadro de insanáveis contradições que se aprofundam na crise geral do sistema. Uma crise que é estrutural e não conjuntural, ao contrário do que dizem todos os dias os arautos do sistema. Ou seja, começa a desmoronar-se a construção a que deitaram mãos a partir do início da década de 90, assente num conjunto de teses não demonstradas, como a de que não há alternativa ao capitalismo.
Em segundo lugar já perceberam que estes movimentos e organizações sociais de massas, que na sua composição têm uma raiz profundamente popular, para além de fazerem aumentar a compreensão da importância da luta de massas para a resolução dos problemas concretos, contribuem para alargar a sua participação na vida política, social e cultural do País. Mas o pior para eles é que já perceberam igualmente que através da frente social estabelece-se objectivamente uma aliança de luta muito ampla, no plano social, da classe operária com camadas e classes intermédias que, convergindo também objectivamente no plano político, se torna determinante para a derrota da política de direita.
Nada trava a luta
Mas não ficam por aqui as suas preocupações. A partir de uma pretensa utilização instrumental dos movimentos sociais por parte do PCP, com base no facto de aparecerem membros do Partido a falar publicamente em nome desses movimentos, procuram incutir na opinião pública uma outra tese, a da manipulação, com o objectivo claro de desvalorizarem o papel dessas organizações e desmobilizarem uma parte daqueles que têm vindo a aderir de forma crescente às acções de protesto.
Estão inquietos porque sabem que é na luta de massas que melhor se pode adquirir a consciência da necessidade da ruptura com a política de direita e com os partidos que em alternância vão gerindo o sistema capitalista e também sabem que é através da luta de massas que os trabalhadores e outras camadas sociais vão canalizando o seu apoio para o PCP e que este aparece cada vez mais como o grande obstáculo à política de direita.
O director do Público e outros profetas do anticomunismo, acomodados ao sistema, sabem que o PCP não se limita à luta institucional, nem anda atrás do que pode ser mediático como outros e que por isso não há nenhum partido que substitua o PCP e o seu papel na luta de massas em defesa dos trabalhadores, do povo e do País.
E para que não restem dúvidas aqui fica um texto da Resolução política do XVII Congresso do PCP em que se afirma, «A importância do reforço dos movimentos de massas e outras organizações e movimentos sociais para a derrota das políticas de direita e para a construção de uma verdadeira alternativa política de esquerda exige do Partido uma ainda maior atenção aos seus problemas, tendo presente o seu papel determinante para a prossecução de uma estratégia de alianças sociais básicas – as alianças da classe operária com diferentes camadas intermédias».