Afirmar os valores da liberdade
Quatro dias passados sobre a torrente humana que inundou a capital gritando o seu apego à liberdade e à democracia, foram ainda ecos dessa grandiosa e histórica jornada que se fizeram ouvir no Parlamento.
Agravaram-se as desigualdades na distribuição da riqueza
Numa declaração política proferida em nome da bancada comunista, referindo-se à Marcha que juntou mais de 50 mil comunistas e outros democratas nas ruas de Lisboa, 1 de Março último, o deputado José Soeiro desafiou o hemiciclo a reflectir não tanto sobre a «capacidade de mobilização» ou a «afirmação de vitalidade e confiança» reveladas pelo PCP, mas sobretudo sobre as razões subjacentes a este «poderoso alerta colectivo» em defesa de valores e liberdades fundamentais.
Trinta e quatro anos depois da Revolução do 25 de Abril, e antecipando a resposta à pergunta dos que se interrogam sobre qual o sentido que faz realizar uma iniciativa desta natureza, o deputado comunista afirmou que faz todo o sentido, sim senhor, realizar nos tempos que correm uma marcha pela liberdade e pela democracia.
Pela razão simples, justificou, que todos os dias temos vindo a assistir, contrariando o espírito e mesmo a letra da Constituição, a medidas de política que são a «negação e o oposto de liberdades e direitos fundamentais».
Dando exemplos, José Soeiro referiu as antidemocráticas leis dos partidos políticos e do seu financiamento, «forjadas para impor modelos organizativos e de funcionamento», bem como, noutro plano, as leis eleitorais, gizadas para «reforçar artificialmente a representação e perpetuar no poder o bloco central de interesses».
Mas é também o assalto» - assim o designou - às Regiões de Turismo, acentuando uma linha de acção autoritária e governamentalizadora, ou o proteccionismo aos interesses do grande capital financeiro e dos grandes grupos económicos.
A que se podem juntar ainda outras realidades não menos chocantes, concluiu, como é a das desigualdades na distribuição da riqueza, o assalto aos direitos dos trabalhadores, as crescentes dificuldades no acesso aos cuidados de saúde.
Razões de sobra, pois, para o gigantesco grito colectivo que desceu às ruas afirmando os valores da democracia e da liberdade.
Trinta e quatro anos depois da Revolução do 25 de Abril, e antecipando a resposta à pergunta dos que se interrogam sobre qual o sentido que faz realizar uma iniciativa desta natureza, o deputado comunista afirmou que faz todo o sentido, sim senhor, realizar nos tempos que correm uma marcha pela liberdade e pela democracia.
Pela razão simples, justificou, que todos os dias temos vindo a assistir, contrariando o espírito e mesmo a letra da Constituição, a medidas de política que são a «negação e o oposto de liberdades e direitos fundamentais».
Dando exemplos, José Soeiro referiu as antidemocráticas leis dos partidos políticos e do seu financiamento, «forjadas para impor modelos organizativos e de funcionamento», bem como, noutro plano, as leis eleitorais, gizadas para «reforçar artificialmente a representação e perpetuar no poder o bloco central de interesses».
Mas é também o assalto» - assim o designou - às Regiões de Turismo, acentuando uma linha de acção autoritária e governamentalizadora, ou o proteccionismo aos interesses do grande capital financeiro e dos grandes grupos económicos.
A que se podem juntar ainda outras realidades não menos chocantes, concluiu, como é a das desigualdades na distribuição da riqueza, o assalto aos direitos dos trabalhadores, as crescentes dificuldades no acesso aos cuidados de saúde.
Razões de sobra, pois, para o gigantesco grito colectivo que desceu às ruas afirmando os valores da democracia e da liberdade.