Uma delegação do PCP esteve, segunda-feira, no lançamento da primeira pedra do novo hospital de Cascais a protestar contra a gestão privada desse equipamento. Num comunicado enviado à comunicação social, a Comissão Concelhia de Cascais do PCP defende que o novo hospital deverá ser inserido no Serviço Nacional de Saúde e no Serviço Público Administrativo, de forma a garantir a gestão pública desta futura unidade de saúde.
Mas, lamentam, não foi essa a opção do Governo do PS. E nisso contou com o apoio da maioria PSD/PP na Câmara de Cascais. Assim, o novo hospital será construído e gerido por uma entidade privada – Hospitais Privados de Portugal – através de uma parceria com o Estado. Os comunistas lembram que esta parceria foi já questionada pelo Tribunal de Contas, por não considerar todo o conjunto de investimentos nos equipamentos e infra-estruturas. Para o PCP, esta opção conduzirá ao agravamento dos problemas de saúde e tornará mais caro o acesso dos utentes.
Mas os comunistas consideram também que esta opção aprofundará a desresponsabilização do Estado em relação à saúde. Isto será já visível, afirmam, com a não inclusão da valência de Oncologia no novo hospital.
No comunicado, o PCP reafirma a sua proposta de transformar o actual hospital de Cascais numa unidade de saúde de retaguarda. E manifesta o seu desacordo com a proposta do presidente da Câmara Municipal de Cascais de transformar o actual hospital numa unidade hoteleira.