Solidariedade com quem luta
Jerónimo de Sousa assinalou os três anos de Governo do PS junto aos trabalhadores da Pereira da Costa, na Amadora.
Na Pereira da Costa travou-se uma dura luta em defesa do emprego
Cumpriram-se, no dia 19, três anos da realização das eleições legislativas que deram a maioria absoluta ao PS. O secretário-geral do PCP resolveu assinalar essa data junto com os trabalhadores da construtora Pereira da Costa, na Amadora. Num palanque improvisado junto à porta da empresa, Jerónimo de Sousa afirmou que «poderíamos estar aqui ao lado, na ex-Sorefame, que se mantém desactivada, ou na outra margem do Tejo, na Gestnave, que o Governo quer desactivar». Ou então, completou, «à porta de centenas de empresas que encerraram com os trabalhadores com salários em atraso ou pura e simplesmente despedidos».
Mas estar junto aos trabalhadores da Pereira da Costa teve o «significado particular da nossa admiração e solidariedade para com os trabalhadores desta empresa que travaram uma das lutas mais duras em defesa dos seus salários e do direito ao trabalho».
Jerónimo de Sousa estendeu a solidariedade dos comunistas ao dirigente sindical João Serpa. Este sindicalista «sofreu uma condenação sumária por ter “cometido o crime” de acompanhar trabalhadores sujeitos à ofensa mais dolorosa – serem privados do seu emprego e do seu salário». Tal ofensa, recordou, resultou de uma «decisão arbitrária e ilegal» da empresa, julgada mas não condenada pelo tribunal quando houve recusa da administração em acatar a decisão.
Ofensiva e luta
Analisando os últimos três anos, o dirigente do PCP realçou que a política económica e social prosseguida pelo Governo levou a que o País ficasse mais injusto, mais desigual e menos democrático. Considerando que o Governo do PS se tornou «exímio» na manipulação dos números, Jerónimo de Sousa afirmou que a verdade é que os problemas económicos do País se agravaram substancialmente. Portugal cresce menos do que os outros países da União Europeia e as razões são «conhecidas e denunciadas pelo PCP»: a «obsessão» pelo défice, a quebra do investimento público e a destruição do aparelho produtivo nacional são algumas delas.
Também as consequências sociais da política do Governo estão bem à vista. Aumenta o desemprego e o trabalho precário. Entre o emprego criado, há menos trabalhadores qualificados do que há três anos. Em contrapartida, há mais trabalhadores não qualificados ou pouco qualificados.
Mas não é tudo. O aumento dos preços superou sempre o aumento dos salários e encerraram serviços públicos essenciais. Ao mesmo tempo, destacou o secretário-geral do PCP, a «acumulação e concentração da riqueza durante este período foi colossal». Para o futuro, o dirigente comunista prevê a continuação e agravamento da ofensiva: «repare-se na “declaração de guerra” aos trabalhadores que constituem as propostas de alteração à legislação laboral.»
Estes últimos três anos ficam também marcados, prosseguiu Jerónimo de Sousa, pelo papel central desempenhado pelo PCP. A intervenção dos comunistas constituiu um importante elemento no desenvolvimento da luta de massas, na mobilização dos trabalhadores e das populações. Para o secretário-geral do PCP, a ofensiva só não teve maior expressão porque «enfrentou milhares de trabalhadores nas ruas».
Mas estar junto aos trabalhadores da Pereira da Costa teve o «significado particular da nossa admiração e solidariedade para com os trabalhadores desta empresa que travaram uma das lutas mais duras em defesa dos seus salários e do direito ao trabalho».
Jerónimo de Sousa estendeu a solidariedade dos comunistas ao dirigente sindical João Serpa. Este sindicalista «sofreu uma condenação sumária por ter “cometido o crime” de acompanhar trabalhadores sujeitos à ofensa mais dolorosa – serem privados do seu emprego e do seu salário». Tal ofensa, recordou, resultou de uma «decisão arbitrária e ilegal» da empresa, julgada mas não condenada pelo tribunal quando houve recusa da administração em acatar a decisão.
Ofensiva e luta
Analisando os últimos três anos, o dirigente do PCP realçou que a política económica e social prosseguida pelo Governo levou a que o País ficasse mais injusto, mais desigual e menos democrático. Considerando que o Governo do PS se tornou «exímio» na manipulação dos números, Jerónimo de Sousa afirmou que a verdade é que os problemas económicos do País se agravaram substancialmente. Portugal cresce menos do que os outros países da União Europeia e as razões são «conhecidas e denunciadas pelo PCP»: a «obsessão» pelo défice, a quebra do investimento público e a destruição do aparelho produtivo nacional são algumas delas.
Também as consequências sociais da política do Governo estão bem à vista. Aumenta o desemprego e o trabalho precário. Entre o emprego criado, há menos trabalhadores qualificados do que há três anos. Em contrapartida, há mais trabalhadores não qualificados ou pouco qualificados.
Mas não é tudo. O aumento dos preços superou sempre o aumento dos salários e encerraram serviços públicos essenciais. Ao mesmo tempo, destacou o secretário-geral do PCP, a «acumulação e concentração da riqueza durante este período foi colossal». Para o futuro, o dirigente comunista prevê a continuação e agravamento da ofensiva: «repare-se na “declaração de guerra” aos trabalhadores que constituem as propostas de alteração à legislação laboral.»
Estes últimos três anos ficam também marcados, prosseguiu Jerónimo de Sousa, pelo papel central desempenhado pelo PCP. A intervenção dos comunistas constituiu um importante elemento no desenvolvimento da luta de massas, na mobilização dos trabalhadores e das populações. Para o secretário-geral do PCP, a ofensiva só não teve maior expressão porque «enfrentou milhares de trabalhadores nas ruas».