Professores convocam manifestação
A Fenprof convocou para sábado, 8 de Março, em Lisboa, uma jornada de protesto contra a política educativa do Governo e os reiterados ataques à escola pública e aos docentes.
«A escola pública não aguenta mais esta política», é um dos lemas do protesto
Em conferência de imprensa realizada na manhã de terça-feira na sede daquela estrutura sindical, Mário Nogueira explicou que os lemas que dão o mote à manifestação - «Assim não se pode ser professor» e «A escola pública não aguenta mais esta política» - ilustram bem o que está em causa.
Para o secretário-geral da Federação Nacional dos Professores, citado pela Lusa, «com estas pressões todas, com estes horários de trabalho, com esta avaliação de desempenho, com a forma como os professores são permanentemente desvalorizados e insultados pelo Governo e o Ministério da Educação, não há condições para o exercício da profissão».
Acresce, segundo o dirigente sindical, que as unidades de ensino público já não suportam a política implementada pela ministra da Educação, nomeadamente no que diz respeito às mudanças na gestão escolar e à entrega do ensino básico às autarquias.Mário Nogueira acusa também a equipa liderada por Maria de Lurdes Rodrigues de implementar decisões de «forma desqualificada».
A concentração para a «Marcha da Indignação» está prevista para o Marquês de Pombal, às 14h30, seguindo depois para a Assembleia da República.
Frente ao parlamento, a Fenprof promoverá um plenário de professores, do qual poderão até sair propostas para outras formas de luta, sustentadas se «o Governo mantiver uma atitude de afronta e insulto aos docentes e uma atitude anti-negocial». Nesse caso, diz Mário Nogueira, «não iremos dar descanso» ao executivo e a greve «será uma possibilidade a considerar».
Agenda de luta
Nos próximos dias 10 e 11 de Março, o Conselho Nacional da Fenprof reúne com o objectivo de «avaliar o estado da educação, os resultados da luta, o que foi feito pelo ministério da Educação e decidir as acções a desenvolver até ao final deste ano lectivo e início do próximo», frisou Mário Nogueira.
O sindicalista lembrou, no entanto, que estão desde já decididas duas iniciativas: um abaixo-assinado sobre os horários de trabalho e uma outra envolvendo docentes desempregados e contratados.
A primeira visa denunciar os «horários de trabalho pedagogicamente desadequados e construídos para retirar aos professores capacidade de fazerem bem a preparação das aulas e a avaliação dos alunos», salientou Mário Nogueira. «Hoje há professores completamente esgotados», revelou ainda.
A segunda pretende fazer chegar ao Governo milhares de cartas individuais de professores desempregados ou com vínculos precários, agora sujeitos a um exame de ingresso que «apresenta regras profundamente restritivas» e cujo fito é «retirar a possibilidade de os professores se voltarem a candidatar à profissão», esclarece.
A concluir o encontro com os órgãos de comunicação social, Mário Nogueira recordou que com o aproximar do fim da legislatura «se é verdade que o Governo vai avaliar os professores de forma despropositada, também nós iremos contribuir para que a avaliação do Governo seja adequada ao seu trabalho na Educação».
Para o secretário-geral da Federação Nacional dos Professores, citado pela Lusa, «com estas pressões todas, com estes horários de trabalho, com esta avaliação de desempenho, com a forma como os professores são permanentemente desvalorizados e insultados pelo Governo e o Ministério da Educação, não há condições para o exercício da profissão».
Acresce, segundo o dirigente sindical, que as unidades de ensino público já não suportam a política implementada pela ministra da Educação, nomeadamente no que diz respeito às mudanças na gestão escolar e à entrega do ensino básico às autarquias.Mário Nogueira acusa também a equipa liderada por Maria de Lurdes Rodrigues de implementar decisões de «forma desqualificada».
A concentração para a «Marcha da Indignação» está prevista para o Marquês de Pombal, às 14h30, seguindo depois para a Assembleia da República.
Frente ao parlamento, a Fenprof promoverá um plenário de professores, do qual poderão até sair propostas para outras formas de luta, sustentadas se «o Governo mantiver uma atitude de afronta e insulto aos docentes e uma atitude anti-negocial». Nesse caso, diz Mário Nogueira, «não iremos dar descanso» ao executivo e a greve «será uma possibilidade a considerar».
Agenda de luta
Nos próximos dias 10 e 11 de Março, o Conselho Nacional da Fenprof reúne com o objectivo de «avaliar o estado da educação, os resultados da luta, o que foi feito pelo ministério da Educação e decidir as acções a desenvolver até ao final deste ano lectivo e início do próximo», frisou Mário Nogueira.
O sindicalista lembrou, no entanto, que estão desde já decididas duas iniciativas: um abaixo-assinado sobre os horários de trabalho e uma outra envolvendo docentes desempregados e contratados.
A primeira visa denunciar os «horários de trabalho pedagogicamente desadequados e construídos para retirar aos professores capacidade de fazerem bem a preparação das aulas e a avaliação dos alunos», salientou Mário Nogueira. «Hoje há professores completamente esgotados», revelou ainda.
A segunda pretende fazer chegar ao Governo milhares de cartas individuais de professores desempregados ou com vínculos precários, agora sujeitos a um exame de ingresso que «apresenta regras profundamente restritivas» e cujo fito é «retirar a possibilidade de os professores se voltarem a candidatar à profissão», esclarece.
A concluir o encontro com os órgãos de comunicação social, Mário Nogueira recordou que com o aproximar do fim da legislatura «se é verdade que o Governo vai avaliar os professores de forma despropositada, também nós iremos contribuir para que a avaliação do Governo seja adequada ao seu trabalho na Educação».