Exemplo com futuro
Cerca de duas centenas de pessoas juntaram-se, na manhã de sábado, no cemitério do Alto de São João, em Lisboa, para homenagear os 32 heróis que tombaram no Tarrafal em nome da liberdade, e todos os que, tendo regressado, viveram o degredo e a reclusão no campo de concentração que o regime fascista português ergueu no sítio da Achada Grande, em Cabo Verde.
Na iniciativa promovida pela União de Resistentes Antifascistas Portugueses (URAP), misturaram-se militantes comunistas e outros democratas, jovens nascidos já depois do 25 de Abril de 1974 e antifascistas que durante décadas combateram a ditadura, numa expressão da força e actualidade da luta pela democracia, contra o branqueamento da história, e pelas justas aspirações populares.
Sublinhando que «o Tarrafal ficará como uma das mais brutais e cruéis expressões da repressão terrorista da ditadura fascista de Salazar», o Coordenador do Conselho Directivo da URAP, Aurélio Santos, lembrou que a «ditadura criou toda uma rede carcerária por onde passaram, antes e depois do Tarrafal, milhares de presos políticos», cuja maioria «eram submetidos a dias seguidos de interrogatório e tortura, e onde alguns foram mesmo torturados até à morte».
Para que a verdade e a memória sobre os factos perdure num tempo em que «vemos emergir na sociedade portuguesa, 30 anos após a instauração da democracia, inquietantes campanhas de branqueamento da ditadura fascista, dos seus crimes e das suas políticas», disse Aurélio Santos, a URAP reafirma a «decisão de lutar para arrancar as sementes e raízes deixadas em Portugal por meio século de ditadura fascista», apelando ao empenhamento de todos, em especial «das novas gerações».
Novas gerações que, afirmou em seguida Paulo Marques, também da direcção da URAP, da história recente de Portugal «só conhecem aquilo que lhes é transmitido», a maioria das vezes deturpando ou omitindo a verdade, por isso, acrescentou, urge garantir aos jovens o conhecimento «do que foi a resistência ao fascismo», factor essencial para «fazer frente à ofensiva do presente».
Depois das intervenções, a homenagem fez-se de poesia. Visivelmente emocionado, o actor e militante comunista Fernando Tavares Marques leu de Armindo Rodrigues e Ary dos Santos, «Aos Resistentes» e «Aos mortos vivos do Tarrafal», respectivamente.
Na iniciativa promovida pela União de Resistentes Antifascistas Portugueses (URAP), misturaram-se militantes comunistas e outros democratas, jovens nascidos já depois do 25 de Abril de 1974 e antifascistas que durante décadas combateram a ditadura, numa expressão da força e actualidade da luta pela democracia, contra o branqueamento da história, e pelas justas aspirações populares.
Sublinhando que «o Tarrafal ficará como uma das mais brutais e cruéis expressões da repressão terrorista da ditadura fascista de Salazar», o Coordenador do Conselho Directivo da URAP, Aurélio Santos, lembrou que a «ditadura criou toda uma rede carcerária por onde passaram, antes e depois do Tarrafal, milhares de presos políticos», cuja maioria «eram submetidos a dias seguidos de interrogatório e tortura, e onde alguns foram mesmo torturados até à morte».
Para que a verdade e a memória sobre os factos perdure num tempo em que «vemos emergir na sociedade portuguesa, 30 anos após a instauração da democracia, inquietantes campanhas de branqueamento da ditadura fascista, dos seus crimes e das suas políticas», disse Aurélio Santos, a URAP reafirma a «decisão de lutar para arrancar as sementes e raízes deixadas em Portugal por meio século de ditadura fascista», apelando ao empenhamento de todos, em especial «das novas gerações».
Novas gerações que, afirmou em seguida Paulo Marques, também da direcção da URAP, da história recente de Portugal «só conhecem aquilo que lhes é transmitido», a maioria das vezes deturpando ou omitindo a verdade, por isso, acrescentou, urge garantir aos jovens o conhecimento «do que foi a resistência ao fascismo», factor essencial para «fazer frente à ofensiva do presente».
Depois das intervenções, a homenagem fez-se de poesia. Visivelmente emocionado, o actor e militante comunista Fernando Tavares Marques leu de Armindo Rodrigues e Ary dos Santos, «Aos Resistentes» e «Aos mortos vivos do Tarrafal», respectivamente.