Governo PS subestima consequências
A crise do crédito hipotecário de alto risco nos EUA – de consequências «ainda incalculáveis» nas economias de todo o mundo – é apenas um sintoma de «uma crise muito mais grave e profunda que afecta todo o sistema financeiro mundial», alerta a Comissão Política do PCP.
Economias apresentam sintomas de abrandamento no crescimento
Para o PCP, esta é, afinal, a «expressão da crise sistémica do capitalismo» assente «na crescente especulação financeira desligada da economia real» e «na desvalorização dos salários das massas trabalhadoras», acompanhada pela imposição do recurso ao crédito bancário para a aquisição de bens imóveis e para o próprio consumo. Ou seja, é mais uma crise de «sobreprodução em relação ao fraco poder aquisitivo das massas populares».
Esta convicção dos comunistas ganha mais força à medida que se conhecem os resultados económicos do último trimestre de 2007 (tanto dos grandes grupos financeiros como de empresas mundiais de referência) e a grande instabilidade no conjunto das bolsas de valores. Aliás, as economias mundiais, entre as quais as europeias, apresentam já sintomas de um forte abrandamento no crescimento económico, como se vê pelas revisões em baixa do crescimento económico para 2008 na Alemanha e em Espanha.
Porém, numa «atitude irresponsável», o Governo PS «persiste numa linha de ocultação e subestimação do significado real desta crise e das suas repercussões para o nosso País, como mostram as previsões «absolutamente irrealistas» sobre o crescimento económico nacional. Segundo o PCP, a actual crise financeira vai ter mesmo um forte impacto negativo na economia portuguesa, sendo como é «exposta, vulnerável, desprotegida e dependente de um punhado de países capitalistas».
E não se pode dizer que o Governo português nada tem a ver com esta situação: «a estagnação do crescimento económico, as quebras no investimento público e privado, a crescente financeirização da nossa economia em detrimento da defesa do aparelho produtivo, a obsessão em torno do défice das contas públicas, a submissão face às orientações da União Europeia» são, na verdade, elementos estruturantes de uma política de «total fracasso» na resolução dos problemas do País.
Aliás, tanto no quadro da presidência portuguesa da União Europeia, que recentemente protagonizou, como no âmbito das relações internacionais, o Governo PS apenas procurou «ocultar a realidade e alinhar com os grandes interesses económicos e financeiros», numa «permanente atitude de subserviência e subalternização das necessidades do País» à «insaciável gula do grande capital».
É urgente um novo rumo
O que é «inaceitável», diz o PCP, é que os custos da actual crise financeira recaiam mais uma vez sobre os trabalhadores, os reformados e as populações, como o Governo se prepara para fazer, ao mesmo tempo que se poupam os verdadeiros responsáveis e beneficiários da política de especulativa e de financeirização da nossa economia – os grandes grupos económicos e o capital financeiro.
Assim, por iniciativa do PCP, o Ministro das Finanças e o Governador do Banco de Portugal foram no, passado dia 18 de Janeiro, chamados à Comissão de Orçamento e Finanças, onde se exigiu «o abandono da obsessão em torno do défice das contas públicas, a promoção do investimento público, o apoio à produção nacional em oposição à crescente financeirização da economia, a diversificação dos mercados externos, uma mais justa repartição do rendimento e o questionamento do papel do Banco Central Europeu».
Porém, já a prever possíveis manobras do Governo para, a pretexto da actual situação internacional, realizar uma política de novos sacrifícios para os trabalhadores e o povo, de agravamento das injustiças e desigualdades sociais, de estagnação económica e crescente dependência externa, de aumento do desemprego, da pobreza e da exclusão social, o PCP alerta para a necessidade de um outro rumo e uma nova política que, como sublinhou na sua Conferência Nacional sobre as questões económicas e sociais, assuma a ruptura com as políticas de direita.
Esta convicção dos comunistas ganha mais força à medida que se conhecem os resultados económicos do último trimestre de 2007 (tanto dos grandes grupos financeiros como de empresas mundiais de referência) e a grande instabilidade no conjunto das bolsas de valores. Aliás, as economias mundiais, entre as quais as europeias, apresentam já sintomas de um forte abrandamento no crescimento económico, como se vê pelas revisões em baixa do crescimento económico para 2008 na Alemanha e em Espanha.
Porém, numa «atitude irresponsável», o Governo PS «persiste numa linha de ocultação e subestimação do significado real desta crise e das suas repercussões para o nosso País, como mostram as previsões «absolutamente irrealistas» sobre o crescimento económico nacional. Segundo o PCP, a actual crise financeira vai ter mesmo um forte impacto negativo na economia portuguesa, sendo como é «exposta, vulnerável, desprotegida e dependente de um punhado de países capitalistas».
E não se pode dizer que o Governo português nada tem a ver com esta situação: «a estagnação do crescimento económico, as quebras no investimento público e privado, a crescente financeirização da nossa economia em detrimento da defesa do aparelho produtivo, a obsessão em torno do défice das contas públicas, a submissão face às orientações da União Europeia» são, na verdade, elementos estruturantes de uma política de «total fracasso» na resolução dos problemas do País.
Aliás, tanto no quadro da presidência portuguesa da União Europeia, que recentemente protagonizou, como no âmbito das relações internacionais, o Governo PS apenas procurou «ocultar a realidade e alinhar com os grandes interesses económicos e financeiros», numa «permanente atitude de subserviência e subalternização das necessidades do País» à «insaciável gula do grande capital».
É urgente um novo rumo
O que é «inaceitável», diz o PCP, é que os custos da actual crise financeira recaiam mais uma vez sobre os trabalhadores, os reformados e as populações, como o Governo se prepara para fazer, ao mesmo tempo que se poupam os verdadeiros responsáveis e beneficiários da política de especulativa e de financeirização da nossa economia – os grandes grupos económicos e o capital financeiro.
Assim, por iniciativa do PCP, o Ministro das Finanças e o Governador do Banco de Portugal foram no, passado dia 18 de Janeiro, chamados à Comissão de Orçamento e Finanças, onde se exigiu «o abandono da obsessão em torno do défice das contas públicas, a promoção do investimento público, o apoio à produção nacional em oposição à crescente financeirização da economia, a diversificação dos mercados externos, uma mais justa repartição do rendimento e o questionamento do papel do Banco Central Europeu».
Porém, já a prever possíveis manobras do Governo para, a pretexto da actual situação internacional, realizar uma política de novos sacrifícios para os trabalhadores e o povo, de agravamento das injustiças e desigualdades sociais, de estagnação económica e crescente dependência externa, de aumento do desemprego, da pobreza e da exclusão social, o PCP alerta para a necessidade de um outro rumo e uma nova política que, como sublinhou na sua Conferência Nacional sobre as questões económicas e sociais, assuma a ruptura com as políticas de direita.