Contra o imperialismo e contra a guerra!
A luta contra o imperialismo e contra a guerra – importantíssima tarefa dos comunistas
«O imperialismo traz a guerra como a nuvem traz a tempestade». Esta bem conhecida advertência de Jean Jaurés, o socialista francês que pela sua incansável propaganda contra a guerra foi assassinado pouco antes da hecatombe de 1914/1918, é de uma actualidade inquietante. Militarismo, corrida aos armamentos, guerras de agressão – a par de crescentes atentados a liberdades, direitos e garantias democráticas fundamentais – instalaram-se na vida internacional e invadem de modo crescente o nosso quotidiano.
Que não haja quaisquer dúvidas: a prosseguir um tal caminho, comandado pelos EUA e outras potências imperialistas, o mundo será arrastado para catástrofes de grande dimensão, mesmo quando comparadas com as tragédias que se desenrolam no Afeganistão, no Iraque, na Palestina e noutras partes do mundo. A militarização da economia e da sociedade sempre foi encarada e praticada como saída para as mais agudas contradições e crises do sistema capitalista. Sendo cada vez mais provável que nos EUA o afundamento do mercado imobiliário evolua para uma grave crise económica e financeira com grande impacto em todo o sistema capitalista e na economia mundial, não podem descartar-se desenvolvimentos muito perigosos, tanto mais quanto, perante a forte resistência dos povos, são evidentes as tentações de fuga para diante que, como em relação ao Irão, podem incendiar o mundo. A explosiva conjugação da paranóia militarista com uma crise cíclica de vastas proporções exige que as forças progressistas e amantes da paz redobrem a sua vigilância e intensifiquem a sua luta.
Neste contexto, as notícias sobre a recente Cimeira Luso-Espanhola de Braga são inquietantes. Segundo a imprensa, nomeadamente o Público, os temas de «segurança» e «defesa» ocuparam aí um lugar central, não numa óptica de cooperação para a paz, para o desarmamento, para o alívio da tensão internacional, para a solução política dos conflitos, para a erradicação das causas sociais e políticas do terrorismo, mas numa óptica de mais despesas em armamento, maior participação em operações de ingerência e agressão, maior reforço da NATO e da componente securitária e militarista da União Europeia, aliás na linha do tratado militarista que nem o Governo de Sócrates nem o Governo de Zapatero querem sujeitar ao veredicto popular para não arriscar a sua rejeição. Sobre o desastre no Iraque, o agravamento da situação no Afeganistão, o genocídio do povo palestiniano, as ameaças ao Irão, a tragédia dos Balcãs e outras questões candentes, ou o silêncio ou a sujeição à estratégia decidida nas altas esferas da concertação imperialista para a qual, aliás, se propõem contribuir estreitando a cooperação das respectivas forças armadas e articulando a acção dos seus contingentes militares no Afeganistão, no Líbano, no Kossovo.
Não, não é este o caminho que devem trilhar as relações de Portugal com a Espanha. Este é um caminho sintonizado com as ambições da «grande» Alemanha, com a viragem pró-americana da França de Sarkozy, com a remilitarização anticonstitucional do Japão, com a instalação do sistema antimíssil norte-americano nas barbas da Rússia, com o anúncio de medidas para fortalecer ainda mais a NATO na próxima cimeira de Bucareste, quando esta aliança já se projecta muito para além da área euro-atlântica até às fronteiras com a China. Um caminho que está em aberta contradição com os interesses dos povos de Portugal e de Espanha e ao qual temos de dar o combate mais decidido.
O impulso para o militarismo e a guerra é inerente à própria natureza do capitalismo. Só a luta dos trabalhadores e dos povos pelo progresso social e a paz pode impedir que ele se manifeste nas suas mais terríveis expressões. Desenvolver a luta contra o imperialismo e contra a guerra foi sempre uma importantíssima tarefa dos comunistas.
Que não haja quaisquer dúvidas: a prosseguir um tal caminho, comandado pelos EUA e outras potências imperialistas, o mundo será arrastado para catástrofes de grande dimensão, mesmo quando comparadas com as tragédias que se desenrolam no Afeganistão, no Iraque, na Palestina e noutras partes do mundo. A militarização da economia e da sociedade sempre foi encarada e praticada como saída para as mais agudas contradições e crises do sistema capitalista. Sendo cada vez mais provável que nos EUA o afundamento do mercado imobiliário evolua para uma grave crise económica e financeira com grande impacto em todo o sistema capitalista e na economia mundial, não podem descartar-se desenvolvimentos muito perigosos, tanto mais quanto, perante a forte resistência dos povos, são evidentes as tentações de fuga para diante que, como em relação ao Irão, podem incendiar o mundo. A explosiva conjugação da paranóia militarista com uma crise cíclica de vastas proporções exige que as forças progressistas e amantes da paz redobrem a sua vigilância e intensifiquem a sua luta.
Neste contexto, as notícias sobre a recente Cimeira Luso-Espanhola de Braga são inquietantes. Segundo a imprensa, nomeadamente o Público, os temas de «segurança» e «defesa» ocuparam aí um lugar central, não numa óptica de cooperação para a paz, para o desarmamento, para o alívio da tensão internacional, para a solução política dos conflitos, para a erradicação das causas sociais e políticas do terrorismo, mas numa óptica de mais despesas em armamento, maior participação em operações de ingerência e agressão, maior reforço da NATO e da componente securitária e militarista da União Europeia, aliás na linha do tratado militarista que nem o Governo de Sócrates nem o Governo de Zapatero querem sujeitar ao veredicto popular para não arriscar a sua rejeição. Sobre o desastre no Iraque, o agravamento da situação no Afeganistão, o genocídio do povo palestiniano, as ameaças ao Irão, a tragédia dos Balcãs e outras questões candentes, ou o silêncio ou a sujeição à estratégia decidida nas altas esferas da concertação imperialista para a qual, aliás, se propõem contribuir estreitando a cooperação das respectivas forças armadas e articulando a acção dos seus contingentes militares no Afeganistão, no Líbano, no Kossovo.
Não, não é este o caminho que devem trilhar as relações de Portugal com a Espanha. Este é um caminho sintonizado com as ambições da «grande» Alemanha, com a viragem pró-americana da França de Sarkozy, com a remilitarização anticonstitucional do Japão, com a instalação do sistema antimíssil norte-americano nas barbas da Rússia, com o anúncio de medidas para fortalecer ainda mais a NATO na próxima cimeira de Bucareste, quando esta aliança já se projecta muito para além da área euro-atlântica até às fronteiras com a China. Um caminho que está em aberta contradição com os interesses dos povos de Portugal e de Espanha e ao qual temos de dar o combate mais decidido.
O impulso para o militarismo e a guerra é inerente à própria natureza do capitalismo. Só a luta dos trabalhadores e dos povos pelo progresso social e a paz pode impedir que ele se manifeste nas suas mais terríveis expressões. Desenvolver a luta contra o imperialismo e contra a guerra foi sempre uma importantíssima tarefa dos comunistas.