PCP por aumentos dignos
A partir deste início de ano, serão visíveis os efeitos da «Reforma da Segurança Social» aprovada pelo PS, que se traduzirá numa degradação do valor das reformas e pensões e no agravamento das condições de vida dos reformados, pensionistas e idosos.
O combate à pobreza dos idosos foi uma grosseira mentira do PS para ganhar votos
Sem prejuízo de uma tomada de posição posterior, que avalie em pormenor os valores do indexante de apoios sociais e das pensões mínimas do regime geral, a serem publicados pelo Governo, para o PCP, os novos critérios para o cálculo de aumento das pensões confirmam a deliberada opção do executivo PS pela redução dos valores de reformas e pensões. Tal opção, combinada com o brutal agravamento do custo de vida, «é responsável pela acentuação das dificuldades económicas e sociais, que pesarão sobre a grande maioria dos reformados e pensionistas, e pelo aumento dos que se encontrarão em situação de pobreza», acusam os comunistas, numa nota divulgada no último dia de 2007.
No documento do Gabinete de Imprensa afirma-se que «o condicionamento do crescimento das reformas, pensões e restantes apoios sociais a um «indexante» - determinado por fórmulas fabricadas para limitar o aumento das pensões - constitui uma forma de perpetuar e agravar a injusta distribuição dos rendimentos». É que, «enquanto os reformados têm o valor das suas pensões condicionado pela taxa de inflação e pelo crescimento do PIB, os lucros dos grandes grupos económicos, em particular do capital financeiro, não param de crescer a um ritmo nunca antes visto».
Com base nos critérios adoptados, o PCP prevê que os reformados com pensão igual ou inferior a 611 euros possam ser aumentados, de acordo com a taxa de inflação verificada até Novembro de 2007, em 2,4 por cento; as pensões de valor superior a 611 euros e inferior ou igual a 2.444 euros, possam ser aumentadas em 1,9 por cento; e que as pensões de valor superior a 2.444 euros possam ser aumentadas em 1,65 por cento.
«A promessa do PS de combate à pobreza entre os idosos representou uma mentira grosseira para, em altura de eleições, ganhar votos», reafirma o Partido, apontando, a comprovar a acusação, o facto de que, em 2007, para 473 mil reformados, o aumento diário das pensões significou valores entre os 23 e os 36 cêntimos para as pensões mínimas do regime contributivo e 18 cêntimos para a pensão social - «valores que o Governo se prepara para repetir em 2008, prosseguindo uma política injusta e desumana para com os reformados».
Outro caminho
O PCP recorda que «o Orçamento de Estado para 2008 prevê que a Segurança Social obtenha um excedente de 697 milhões de euros, o que possibilitaria outras opções políticas, no sentido de melhorar o poder de compra e as condições de vida dos reformados». Tais opções «poderiam ter sido concretizadas, se PS, PSD e CDS-PP não tivessem rejeitado um conjunto de propostas do PCP», que preconizavam outros aumentos para 2008, designadamente:
- 4 por cento, para a pensão social e dos agrícolas e para as reformas com valor igual ou inferior a 611 euros;
- 3 por cento, para pensões inferiores ou iguais a 2.444 euros;
- 2,5 por cento, para pensões de valor superior a 2.444 euros.
No projecto de resolução que o Partido entregou na Assembleia da República, em Outubro, com vista à garantia e ao reforço dos direitos dos idosos, destacava-se a necessidade de revalorização anual dos valores das reformas e pensões, nomeadamente, através de uma justa revalorização do indexante de apoios sociais e das pensões mínimas do regime geral da Segurança Social (entre outras), e defendia-se a implementação de uma rede pública de equipamentos sociais de apoio à terceira idade e uma efectiva garantia do direito dos reformados e idosos à saúde.
Face ao previsível aumento do custo de vida e às necessidades há muito reclamadas pelos reformados do nosso país, o PCP exige do Governo o aumento real do valor das reformas e pensões, de modo a ir ao encontro dos direitos e da melhoria das condições de vida desta importante camada da população.
No documento do Gabinete de Imprensa afirma-se que «o condicionamento do crescimento das reformas, pensões e restantes apoios sociais a um «indexante» - determinado por fórmulas fabricadas para limitar o aumento das pensões - constitui uma forma de perpetuar e agravar a injusta distribuição dos rendimentos». É que, «enquanto os reformados têm o valor das suas pensões condicionado pela taxa de inflação e pelo crescimento do PIB, os lucros dos grandes grupos económicos, em particular do capital financeiro, não param de crescer a um ritmo nunca antes visto».
Com base nos critérios adoptados, o PCP prevê que os reformados com pensão igual ou inferior a 611 euros possam ser aumentados, de acordo com a taxa de inflação verificada até Novembro de 2007, em 2,4 por cento; as pensões de valor superior a 611 euros e inferior ou igual a 2.444 euros, possam ser aumentadas em 1,9 por cento; e que as pensões de valor superior a 2.444 euros possam ser aumentadas em 1,65 por cento.
«A promessa do PS de combate à pobreza entre os idosos representou uma mentira grosseira para, em altura de eleições, ganhar votos», reafirma o Partido, apontando, a comprovar a acusação, o facto de que, em 2007, para 473 mil reformados, o aumento diário das pensões significou valores entre os 23 e os 36 cêntimos para as pensões mínimas do regime contributivo e 18 cêntimos para a pensão social - «valores que o Governo se prepara para repetir em 2008, prosseguindo uma política injusta e desumana para com os reformados».
Outro caminho
O PCP recorda que «o Orçamento de Estado para 2008 prevê que a Segurança Social obtenha um excedente de 697 milhões de euros, o que possibilitaria outras opções políticas, no sentido de melhorar o poder de compra e as condições de vida dos reformados». Tais opções «poderiam ter sido concretizadas, se PS, PSD e CDS-PP não tivessem rejeitado um conjunto de propostas do PCP», que preconizavam outros aumentos para 2008, designadamente:
- 4 por cento, para a pensão social e dos agrícolas e para as reformas com valor igual ou inferior a 611 euros;
- 3 por cento, para pensões inferiores ou iguais a 2.444 euros;
- 2,5 por cento, para pensões de valor superior a 2.444 euros.
No projecto de resolução que o Partido entregou na Assembleia da República, em Outubro, com vista à garantia e ao reforço dos direitos dos idosos, destacava-se a necessidade de revalorização anual dos valores das reformas e pensões, nomeadamente, através de uma justa revalorização do indexante de apoios sociais e das pensões mínimas do regime geral da Segurança Social (entre outras), e defendia-se a implementação de uma rede pública de equipamentos sociais de apoio à terceira idade e uma efectiva garantia do direito dos reformados e idosos à saúde.
Face ao previsível aumento do custo de vida e às necessidades há muito reclamadas pelos reformados do nosso país, o PCP exige do Governo o aumento real do valor das reformas e pensões, de modo a ir ao encontro dos direitos e da melhoria das condições de vida desta importante camada da população.