Crise nos mercados financeiros

Urge avaliar repercussões

Urge proceder a um amplo debate sobre a evolução da situação financeiras mundial, bem como sobre as suas repercussões em Portugal designadamente ao nível da economia e do seu crescimento. Quem o afirma é o PCP, que, em consonância com esse objectivo, propôs já no Parlamento audições, em separado, com o Governador do Banco de Portugal e com o titular da pasta das Finanças.
A proposta nesse sentido foi formalizada há dias pelo deputado Honório Novo em carta dirigida ao presidente da Comissão de Orçamento e Finanças onde requer a sua intervenção com vista à presença de Vítor Constância e Teixeira dos Santos para que estes se pronunciem sobre os últimos desenvolvimentos que fizeram tremer os mercados financeiros.
Justificando a importância de ouvir aquelas duas figuras com altas responsabilidades públicas, o deputado do PCP lembra a crise que desde Agosto tem assolado os mercados financeiros, em consequência directa da convulsão no mercado hipotecário de alto risco, originando «prejuízos muito significativos» que estão a gerar uma onda crescente de preocupação na generalidade dos Estados-membros da União Europeia, incluindo em
Portugal.
«Paira a perspectiva de uma forte desaceleração na actividade económica, existe uma grande incerteza nos mercados, e as intervenções dos bancos centrais não têm produzido os efeitos esperados», advertiu Honório Novo, exemplificando, a propósito, com a recente injecção pelo BCE de mais de trezentos mil milhões de euros no sector financeiro.
É hoje ponto assente que esta crise financeira tem efeitos na chamada economia real, interferindo, nomeadamente, em planos como o da confiança dos investidores e no da recuperação económica. Este aspecto é particularmente sensível no que se refere ao nosso País devido aos «níveis muito limitados do crescimento da riqueza produzida ocorridos desde 2004», assinala Honório Novo no texto que fez chegar ao presidente da comissão parlamentar de Orçamento e Finanças.


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