IMPORTANTE VAGA DE LUTAS
Em 2005 a taxa de pobreza na Alemanha subiu para 17,3 por cento.
Em cada vez mais países europeus irrompe e alastra importante vaga de lutas. É a resposta dos trabalhadores e dos povos aos planos de cariz totalitário do capitalismo europeu, à liquidação dos direitos laborais e sociais e à privatização e expropriação dos bens e serviços públicos.
A lista dos países onde têm ocorrido greves e grandiosas manifestações aumenta constantemente com destaque para Portugal, Grécia, Alemanha, França, Itália, Grã-Bretanha, Holanda, Bélgica, Dinamarca, Suíça e Eslovénia.
Na França, passado um mês sobre a paralisação de 18 de Outubro, a nova greve dos transportes, à qual se vieram juntar na terça-feira outros serviços públicos, atingiu o sexto dia de luta, apesar das pressões para a sua suspensão por parte do Governo e da direcção do sindicato reformista CFDT. Na Alemanha está a ocorrer a mais longa greve da história dos caminhos-de-ferro do país, conduzida pelo pequeno mas muito combativo sindicato dos maquinistas, o GDL.
A intensa propaganda da comunicação social privada e governamental contra os trabalhadores em greve já não produz os efeitos esperados. Pelo contrário, as manifestações de solidariedade e de apoio da população aumentam. 66% da população alemã apoia a greve dos ferroviários apesar do evidente transtorno causado aos utentes.
Até no Congresso do SPD, realizado há apenas algumas semanas em Hamburgo, os delegados se revoltaram contra os planos de privatização dos caminhos-de-ferro cozinhados pelos dirigentes e ministros social-democratas. Mas o maior escândalo aconteceu quando o presidente do sindicato reformista «Transnet» subiu à tribuna do congresso para defender a entrega ao capital privado daquela empresa estatal e justificar a política de contenção salarial até agora praticada pelo seu sindicato. Face a este acto de autêntica traição aos interesses dos trabalhadores a determinação de luta dos ferroviários aumentou ainda mais.
Numa entrevista ao órgão central do Partido Comunista Alemão (Unsere Zeit), o dirigente do comité de greve na estação central de Essen, Ayhan Demir, defende que é necessário pôr fim à «domesticação dos sindicatos».
O povo e os trabalhadores alemães estão cansados da chamada doutrina da «parceria social» e da «co-gestão» dos interesses privados em que o trabalho perde sempre em favor dos grandes accionistas. Só em 2005 a taxa de pobreza na Alemanha subiu para 17,3 por cento. Até hoje ainda não foram publicados mais dados oficiais. A retórica de que quanto mais sacrifícios os trabalhadores fizerem melhor será para a economia está entretanto a perder fôlego. As privatizações, até agora apregoadas como a banha da cobra para o aumento da eficiência e da produtividade, estão a revelar-se como verdadeiros actos de rapina da riqueza colectiva e de bens sociais. Os caminhos-de-ferro alemães têm um valor superior a 100 mil milhões de euros. Mas o SPD e a Democrata-cristã preparavam-se para entregar metade da empresa (49,9%) ao capital privado por 4 mil milhões (menos de 10% do seu valor real). Um verdadeiro roubo ao Estado e ao povo alemão! A luta dos trabalhadores contra esta União Europeia da exploração e da miséria está-se a intensificar. Os povos estão a tomar cada vez mais consciência de que a democracia não se defende capitulando, mas lutando pela defesa e aprofundamento dos direitos.
Correcção: Na última crónica a Hungria, foi indicada, por lapso, como país onde os EUA projectam instalar on seu sistema anti-missil, quando deveria referir-se a República Checa e a Polónia.
A lista dos países onde têm ocorrido greves e grandiosas manifestações aumenta constantemente com destaque para Portugal, Grécia, Alemanha, França, Itália, Grã-Bretanha, Holanda, Bélgica, Dinamarca, Suíça e Eslovénia.
Na França, passado um mês sobre a paralisação de 18 de Outubro, a nova greve dos transportes, à qual se vieram juntar na terça-feira outros serviços públicos, atingiu o sexto dia de luta, apesar das pressões para a sua suspensão por parte do Governo e da direcção do sindicato reformista CFDT. Na Alemanha está a ocorrer a mais longa greve da história dos caminhos-de-ferro do país, conduzida pelo pequeno mas muito combativo sindicato dos maquinistas, o GDL.
A intensa propaganda da comunicação social privada e governamental contra os trabalhadores em greve já não produz os efeitos esperados. Pelo contrário, as manifestações de solidariedade e de apoio da população aumentam. 66% da população alemã apoia a greve dos ferroviários apesar do evidente transtorno causado aos utentes.
Até no Congresso do SPD, realizado há apenas algumas semanas em Hamburgo, os delegados se revoltaram contra os planos de privatização dos caminhos-de-ferro cozinhados pelos dirigentes e ministros social-democratas. Mas o maior escândalo aconteceu quando o presidente do sindicato reformista «Transnet» subiu à tribuna do congresso para defender a entrega ao capital privado daquela empresa estatal e justificar a política de contenção salarial até agora praticada pelo seu sindicato. Face a este acto de autêntica traição aos interesses dos trabalhadores a determinação de luta dos ferroviários aumentou ainda mais.
Numa entrevista ao órgão central do Partido Comunista Alemão (Unsere Zeit), o dirigente do comité de greve na estação central de Essen, Ayhan Demir, defende que é necessário pôr fim à «domesticação dos sindicatos».
O povo e os trabalhadores alemães estão cansados da chamada doutrina da «parceria social» e da «co-gestão» dos interesses privados em que o trabalho perde sempre em favor dos grandes accionistas. Só em 2005 a taxa de pobreza na Alemanha subiu para 17,3 por cento. Até hoje ainda não foram publicados mais dados oficiais. A retórica de que quanto mais sacrifícios os trabalhadores fizerem melhor será para a economia está entretanto a perder fôlego. As privatizações, até agora apregoadas como a banha da cobra para o aumento da eficiência e da produtividade, estão a revelar-se como verdadeiros actos de rapina da riqueza colectiva e de bens sociais. Os caminhos-de-ferro alemães têm um valor superior a 100 mil milhões de euros. Mas o SPD e a Democrata-cristã preparavam-se para entregar metade da empresa (49,9%) ao capital privado por 4 mil milhões (menos de 10% do seu valor real). Um verdadeiro roubo ao Estado e ao povo alemão! A luta dos trabalhadores contra esta União Europeia da exploração e da miséria está-se a intensificar. Os povos estão a tomar cada vez mais consciência de que a democracia não se defende capitulando, mas lutando pela defesa e aprofundamento dos direitos.
Correcção: Na última crónica a Hungria, foi indicada, por lapso, como país onde os EUA projectam instalar on seu sistema anti-missil, quando deveria referir-se a República Checa e a Polónia.