O profeta do fim da História
José Manuel Fernandes não resistiu à tentação e dedicou um editorial do Jornal Público à Revolução de Outubro.
E o que nos diz José Manuel Fernandes?
Para JMF a «estocada», ou seja a tomada do palácio de Inverno, mais não foi que «um eficaz golpe de mão» que viria a permitir que um «grupo» tomasse o poder para, «com os instrumentos do Estado, tornar possível a uma minoria estender o seu domínio a todo o ex-império czarista». Mas JMF não se contenta com esta aberração interpretativa e mergulha de cabeça no delírio anti-comunista com duas «estocadas»: refere JMF que «Nessa noite tomou corpo um dos maiores e mais trágicos logros do Séc XX» e que «foi a natureza da utopia comunista que conduziu sempre a desgraças (…) mesmo quando se proclamou o regresso à pureza das origens». Abdicando de mais citações desta peça exemplar de autismo histórico e político chegamos à tese que mais apaixona JMF: afirma-se espantado com «a atracção teimosa de alguns intelectuais (…) por uma doutrina responsável pela acumulação de ruínas e por espalhar torrentes de sangue», doutrina essa fundada por «esse panfleto fundador que foi o Manifesto do Partido Comunista».
Não vamos explicar ou informar JMF sobre a História do Século XX, ele conhece-a bem e todos conhecem como a deturpa. O que dizemos a este resistente profeta do fim da História, ao defensor acérrimo (ainda hoje) dessa torrente de sangue em que se transformou o Iraque, ao advogado de defesa de Israel na invasão contra o Líbano, ao homem cuja referência política é cada vez mais assumidamente a política de guerra dos neo-conservadores norte americanos, é que, por aquilo que defende sobre a actualidade, não nos espanta que venha defender publicamente o seu sonho: reescrever a história de libertação dos trabalhadores e povos do mundo, afirmar que não há alternativa ao capitalismo, criminalizar os que resistem ao imperialismo e à guerra e se possível varrer da História e da vida o papel dos comunistas e ilegalizar a sua ideologia. Informamos então JMF que a vida, a história e a luta provam que isso é impossível, que de facto, não obstante dificuldades e perseguições, ela continua a atrair não só intelectuais mas as massas trabalhadoras, homens, mulheres e jovens.
Porque a ideologia de JMF representa o passado, a exploração, a opressão e a guerra e o ideal de Outubro a liberdade e o futuro da Humanidade. E porque por mais JMF’s que existam neste mundo os comunistas resistem e avançam!
E o que nos diz José Manuel Fernandes?
Para JMF a «estocada», ou seja a tomada do palácio de Inverno, mais não foi que «um eficaz golpe de mão» que viria a permitir que um «grupo» tomasse o poder para, «com os instrumentos do Estado, tornar possível a uma minoria estender o seu domínio a todo o ex-império czarista». Mas JMF não se contenta com esta aberração interpretativa e mergulha de cabeça no delírio anti-comunista com duas «estocadas»: refere JMF que «Nessa noite tomou corpo um dos maiores e mais trágicos logros do Séc XX» e que «foi a natureza da utopia comunista que conduziu sempre a desgraças (…) mesmo quando se proclamou o regresso à pureza das origens». Abdicando de mais citações desta peça exemplar de autismo histórico e político chegamos à tese que mais apaixona JMF: afirma-se espantado com «a atracção teimosa de alguns intelectuais (…) por uma doutrina responsável pela acumulação de ruínas e por espalhar torrentes de sangue», doutrina essa fundada por «esse panfleto fundador que foi o Manifesto do Partido Comunista».
Não vamos explicar ou informar JMF sobre a História do Século XX, ele conhece-a bem e todos conhecem como a deturpa. O que dizemos a este resistente profeta do fim da História, ao defensor acérrimo (ainda hoje) dessa torrente de sangue em que se transformou o Iraque, ao advogado de defesa de Israel na invasão contra o Líbano, ao homem cuja referência política é cada vez mais assumidamente a política de guerra dos neo-conservadores norte americanos, é que, por aquilo que defende sobre a actualidade, não nos espanta que venha defender publicamente o seu sonho: reescrever a história de libertação dos trabalhadores e povos do mundo, afirmar que não há alternativa ao capitalismo, criminalizar os que resistem ao imperialismo e à guerra e se possível varrer da História e da vida o papel dos comunistas e ilegalizar a sua ideologia. Informamos então JMF que a vida, a história e a luta provam que isso é impossível, que de facto, não obstante dificuldades e perseguições, ela continua a atrair não só intelectuais mas as massas trabalhadoras, homens, mulheres e jovens.
Porque a ideologia de JMF representa o passado, a exploração, a opressão e a guerra e o ideal de Outubro a liberdade e o futuro da Humanidade. E porque por mais JMF’s que existam neste mundo os comunistas resistem e avançam!