Uma luta com continuidade
Os 45 anos (1962-2007) das lutas dos operários agrícolas do sul pela jornada de oito horas de trabalho no campo foram comemorados em Coruche, no passado dia 6 de Outubro, numa sessão pública promovida pela Comissão Concelhia de Coruche, com a presença de dezenas de militantes e amigos.
A sessão, que se inseriu na Campanha Nacional do PCP «Basta de Injustiças: mudar de política», teve início com a projecção de um vídeo sobre estes 40 anos de luta, para uma vida melhor», seguindo-se-lhe duas intervenções que emocionaram vivamente o auditório: de António Gervásio, antigo dirigente do Partido muito ligado a estas lutas, e de Maria Rosa Viseu, do Couço, também antiga dirigente do Partido.
António Gervásio fez um enquadramento histórico da preparação das lutas das 8 horas – processo que se iniciou em 1958, com a realização de plenários de trabalhadores e outras iniciativas em diversas localidades do Alentejo e Ribatejo – e destacou o papel dirigente do Partido nestas lutas, factor «decisivo» para a vitória dos trabalhadores que, apesar da fome e da repressão, «arrancaram» ao fascismo «uma conquista civilizacional fundamental». Uma primeira conquista, diria, «rumo à liberdade e à reforma agrária depois da Revolução de Abril». A terminar, e António Gervásio lançou um apelo, particularmente à juventude, para que prossiga e alargue a frente de luta contra a ofensiva de direita contra direitos sociais e direitos políticos, e até contra o próprio regime democrático.
Por sua vez, Maria Rosa Viseu fez uma retrospectiva da preparação das lutas das 8 horas no Couço, em que destacou a «pescaria» realizada junto à Ponte Caleira (1960), que juntou centenas de trabalhadores, e o piquenique do 1º de Maio de 1962. Entre os vários episódios relatados, falou da repressão e da tortura nas prisões (que ela sofreu na pele), da unidade e coragem das mulheres trabalhadoras frente aos agrários e ao fascismo e do modo como estes tiveram de ceder ante a unidade dos trabalhadores.
A sessão, que se inseriu na Campanha Nacional do PCP «Basta de Injustiças: mudar de política», teve início com a projecção de um vídeo sobre estes 40 anos de luta, para uma vida melhor», seguindo-se-lhe duas intervenções que emocionaram vivamente o auditório: de António Gervásio, antigo dirigente do Partido muito ligado a estas lutas, e de Maria Rosa Viseu, do Couço, também antiga dirigente do Partido.
António Gervásio fez um enquadramento histórico da preparação das lutas das 8 horas – processo que se iniciou em 1958, com a realização de plenários de trabalhadores e outras iniciativas em diversas localidades do Alentejo e Ribatejo – e destacou o papel dirigente do Partido nestas lutas, factor «decisivo» para a vitória dos trabalhadores que, apesar da fome e da repressão, «arrancaram» ao fascismo «uma conquista civilizacional fundamental». Uma primeira conquista, diria, «rumo à liberdade e à reforma agrária depois da Revolução de Abril». A terminar, e António Gervásio lançou um apelo, particularmente à juventude, para que prossiga e alargue a frente de luta contra a ofensiva de direita contra direitos sociais e direitos políticos, e até contra o próprio regime democrático.
Por sua vez, Maria Rosa Viseu fez uma retrospectiva da preparação das lutas das 8 horas no Couço, em que destacou a «pescaria» realizada junto à Ponte Caleira (1960), que juntou centenas de trabalhadores, e o piquenique do 1º de Maio de 1962. Entre os vários episódios relatados, falou da repressão e da tortura nas prisões (que ela sofreu na pele), da unidade e coragem das mulheres trabalhadoras frente aos agrários e ao fascismo e do modo como estes tiveram de ceder ante a unidade dos trabalhadores.