Intimidação e ameaças na Lusosider
Na ex-Siderurgia Nacional, os contratos a termo são o vínculo laboral de metade do quadro de pouco mais de 250 operários, depois de a empresa ter passado à reforma a maior parte dos trabalhadores com mais de 50 anos de idade. Esta situação dificultou o trabalho da comissão sindical e do piquete de greve, cujos activistas, à medida que os trabalhadores, grande parte deles imigrantes, iam chegando para o turno iniciado às 23 horas de dia 29, procuraram esclarecer, um a um, que a greve era de todos e que todos tinham o direito a nela participarem.
A dar mais força ao piquete e à sua acção estiveram, nesses momentos, Francisco Lopes e Bruno Dias, deputados do PCP, que também contestaram o comportamento prepotente do responsável dos Recursos Humanos da Lusosider que tentou, incluindo com ameaças de despedimento, impedir que representantes da comissão sindical entrassem na empresa.
Francisco Lopes travou com aquele director uma viva discussão, em que apelou ao cumprimento da legalidade. Mas o director, depois de se manifestar muito incomodado com a nossa reportagem, solicitou a presença da GNR – que, à porta da empresa, acabou por dar razão aos trabalhadores.
Os membros da comissão sindical acabaram por entrar. Mas muitos trabalhadores, assim que chegaram à empresa, foram revelando o medo e as ameaças a que estavam sujeitos e os impediam de aderir à luta, com a qual a grande maioria manifestou total solidariedade.
Se o direito à greve fosse realmente respeitado, sem intimidações nem ameaças de despedimento, a adesão teria sido ainda maior. Mesmo assim, dando provas de grande coragem e dignidade, vários trabalhadores decidiram aderir à greve e deram meia volta com os seus veículos.
Este exemplo, na Lusosider, mostra como este direito é limitado por patrões e chefias sem escrúpulos, que abusam da sua autoridade e até apelam à intervenção das forças policiais, como se estas devessem ser coniventes com a ilegalidade. Isto mesmo disse Francisco Lopes aos elementos da GNR que se deslocaram ao local e ajudaram a repor a legalidade.
A dar mais força ao piquete e à sua acção estiveram, nesses momentos, Francisco Lopes e Bruno Dias, deputados do PCP, que também contestaram o comportamento prepotente do responsável dos Recursos Humanos da Lusosider que tentou, incluindo com ameaças de despedimento, impedir que representantes da comissão sindical entrassem na empresa.
Francisco Lopes travou com aquele director uma viva discussão, em que apelou ao cumprimento da legalidade. Mas o director, depois de se manifestar muito incomodado com a nossa reportagem, solicitou a presença da GNR – que, à porta da empresa, acabou por dar razão aos trabalhadores.
Os membros da comissão sindical acabaram por entrar. Mas muitos trabalhadores, assim que chegaram à empresa, foram revelando o medo e as ameaças a que estavam sujeitos e os impediam de aderir à luta, com a qual a grande maioria manifestou total solidariedade.
Se o direito à greve fosse realmente respeitado, sem intimidações nem ameaças de despedimento, a adesão teria sido ainda maior. Mesmo assim, dando provas de grande coragem e dignidade, vários trabalhadores decidiram aderir à greve e deram meia volta com os seus veículos.
Este exemplo, na Lusosider, mostra como este direito é limitado por patrões e chefias sem escrúpulos, que abusam da sua autoridade e até apelam à intervenção das forças policiais, como se estas devessem ser coniventes com a ilegalidade. Isto mesmo disse Francisco Lopes aos elementos da GNR que se deslocaram ao local e ajudaram a repor a legalidade.