Aldrabices
Há quase três semanas que andamos nisto. No seguimento das trafulhices apuradas na chamada Universidade Independente, que levaram preventivamente à cadeia os cabecilhas desta ilustríssima máquina de fazer dinheiro, fala-se agora pelos cotovelos no misterioso diploma de engenharia de José Sócrates.
É de notar, de passagem, que muito poucos pareceram preocupados em pôr em causa a existência e o bem-fazer destas instituições privadas de ensino. Nem pareceram reparar que os escândalos que têm envolvido algumas delas – com lutas internas entre as suas figuras «pedagógicas» mais gradas – não dizem minimamente respeito a opções e linhas científicas, mas tão simplesmente ao dinheiro que de lá sacam a estudantes e pais que, arredados do ensino público por uma política de elitização da responsabilidade dos sucessivos governos, correm a pagar os milhões logo transformados em carros, casas e piscinas para os doutos professores-accionistas. A lista de docentes que têm por lá dado cursos é significativa do enlace de interesses entre políticos de direita , PS incluído, com esta fantasmagórica pedagogia.
Quanto ao diploma do Primeiro Ministro, e sobre o qual ele guardou silêncio até ontem, pouco há a dizer. Ou o homem é engenheiro ou não é. E, se não for, nada de mal virá ao mundo. Apenas se constataria mais uma aldrabice no seu currículo vertiginoso que o levou ao poder.
O curioso é que, quanto às estranhas voltas que o tal curso deu, não é apenas Sócrates o silencioso. Ainda há dias, na SIC de Balsemão, o director do Público da família Belmiro, J. M. Fernandes, revelava que há muito o «seu» jornal sabia de muitas das misteriosas incongruências dos bacharelatos, pós-graduações e licenciaturas de Sócrates. Só que, disse, não era «matéria forte».
Porque passou a ser? Será porque a OPA sobre a PT correu mal a Belmiro? Ou porque a Ota esmaga interesses incompatíveis com os do Governo? Ou, muito simplesmente porque estão mais expostas as aldrabices eleitorais de Sócrates que prometeu baixar impostos, criar emprego e governar «à esquerda»?
O protesto geral que tem levado à rua e à greve centenas de milhares de trabalhadores e utentes de serviços públicos estraçalhados pela política de direita, embora silenciado pelos media de serviço ao capital, acaba por fazer-se ouvir. Sendo assim, é mais fácil apontar uma aldrabice «menor» a Sócrates do que admitir o fracasso global da sua política servil.
É de notar, de passagem, que muito poucos pareceram preocupados em pôr em causa a existência e o bem-fazer destas instituições privadas de ensino. Nem pareceram reparar que os escândalos que têm envolvido algumas delas – com lutas internas entre as suas figuras «pedagógicas» mais gradas – não dizem minimamente respeito a opções e linhas científicas, mas tão simplesmente ao dinheiro que de lá sacam a estudantes e pais que, arredados do ensino público por uma política de elitização da responsabilidade dos sucessivos governos, correm a pagar os milhões logo transformados em carros, casas e piscinas para os doutos professores-accionistas. A lista de docentes que têm por lá dado cursos é significativa do enlace de interesses entre políticos de direita , PS incluído, com esta fantasmagórica pedagogia.
Quanto ao diploma do Primeiro Ministro, e sobre o qual ele guardou silêncio até ontem, pouco há a dizer. Ou o homem é engenheiro ou não é. E, se não for, nada de mal virá ao mundo. Apenas se constataria mais uma aldrabice no seu currículo vertiginoso que o levou ao poder.
O curioso é que, quanto às estranhas voltas que o tal curso deu, não é apenas Sócrates o silencioso. Ainda há dias, na SIC de Balsemão, o director do Público da família Belmiro, J. M. Fernandes, revelava que há muito o «seu» jornal sabia de muitas das misteriosas incongruências dos bacharelatos, pós-graduações e licenciaturas de Sócrates. Só que, disse, não era «matéria forte».
Porque passou a ser? Será porque a OPA sobre a PT correu mal a Belmiro? Ou porque a Ota esmaga interesses incompatíveis com os do Governo? Ou, muito simplesmente porque estão mais expostas as aldrabices eleitorais de Sócrates que prometeu baixar impostos, criar emprego e governar «à esquerda»?
O protesto geral que tem levado à rua e à greve centenas de milhares de trabalhadores e utentes de serviços públicos estraçalhados pela política de direita, embora silenciado pelos media de serviço ao capital, acaba por fazer-se ouvir. Sendo assim, é mais fácil apontar uma aldrabice «menor» a Sócrates do que admitir o fracasso global da sua política servil.