Timor-Leste, a luta continua!
A Fretlin é o povo e o povo é a Fretlin
Apesar de ter de a redigir antes de conhecidos os resultados das eleições presidenciais pareceu-me que o tema desta coluna devia ser Timor. Não que seja indiferente a confirmação nas urnas do papel decisivo da Fretlin na luta pela construção soberana, democrática e progressista deste martirizado país, sendo que se multiplicam pretextos para torpedear a previsível vitória de Lu Olo. Mas porque a questão de Timor e da heróica luta do seu povo está muito para além dos resultados destas eleições (cuja realização aliás os inimigos da Fretlin tudo fizeram para impedir) e se projecta no confronto que opõe os povos ao imperialismo com uma importância que ultrapassa em muito as fronteiras deste pequeno e martirizado país.
O imperialismo e seus instrumentos em Timor tudo têm feito para afastar a Fretlin do poder e destruí-la e a conspiração que se desenvolveu ao longo do passado ano continua activa. É um processo que vem de longe, desde a própria fundação da Fretlin, do seu combate ao colonialismo português e da proclamação da independência em 1975. Um processo que passou pela brutal ocupação da Indonésia, por uma longa luta guerrilheira travada em condições de quase total isolamento internacional, por uma repressão cruel em que um terço da população perdeu a vida. E quando a liberdade chegou e a Fretlin apareceu à luz do dia como vanguarda autêntica do povo timorense – «a Fretlin é o povo e o povo é a Fretlin» – pronta a assumir as responsabilidades do poder, chegou ao país uma autêntica chusma de técnicos e aventureiros, com norte-americanos e australianos na primeira linha, a «aconselhar» o povo timorense o que devia fazer, ele que se libertou pelas próprias mãos dando provas de tanto engenho e criatividade. Ou seja, procurando impor no berço aquilo que ainda hoje continuam a tentar: substituir o colonialismo português e o ocupante indonésio pela recolonização da «nova ordem» imperialista com o beneplácito da «comunidade internacional».
E tudo isto porquê? Porque a Fretlin não só teve o mérito histórico de erguer a bandeira da independência, como encontrou nas suas profundas raízes no povo a capacidade para resistir e para vencer uma prolongada guerra de libertação. E mais ainda. Porque conquistada a liberdade e a independência a Fretlin viu confirmado em eleições o apoio esmagador do seu povo, assumiu com coragem as responsabilidades do poder, rechaçou com dignidade e firmeza tutelas paternalistas e imperialistas, apontou para o país a via da soberania nacional, da administração soberana dos seus recursos para benefício do povo, de uma política externa de cooperação e de paz. É isto que o imperialismo e uma burguesia interna ambiciosa não podem tolerar. É isto que leva a Austrália a comportar-se como potência ocupante, manobrando para introduzir cada vez mais tropas em Timor, para o que conta com o apoio de R. Horta e Xanana, enquanto a Fretlin coloca a necessidade da sua retirada. É isto que leva os adversários da Fretlin rendidos aos encantos do capital (a questão de classe toma sempre a dianteira uma vez resolvida a questão nacional) a recorrer a todos os truques e manobras destabilizadoras ( vide o flirt com Reinado e a instigação de grupos violentos) para dar crédito às teorias do «estado falhado» e justificar ameaças golpistas como a instauração do estado de sítio e impedir a realização de eleições legislativas que possam consolidar a autoridade e apoio da Fretlin.
A vitória de Lu Olo e da Fretlin está na lógica das coisas. Mas sejam quais forem os resultados importa não esquecer que a conspiração contra a soberania de Timor e a força que a protagoniza continua. É necessária vigilância em relação a ulteriores desenvolvimentos e expressar à Fretlin e ao povo timorense a nossa amizade e solidariedade internacionalista. A luta continua e o seu combate é também o nosso combate.
O imperialismo e seus instrumentos em Timor tudo têm feito para afastar a Fretlin do poder e destruí-la e a conspiração que se desenvolveu ao longo do passado ano continua activa. É um processo que vem de longe, desde a própria fundação da Fretlin, do seu combate ao colonialismo português e da proclamação da independência em 1975. Um processo que passou pela brutal ocupação da Indonésia, por uma longa luta guerrilheira travada em condições de quase total isolamento internacional, por uma repressão cruel em que um terço da população perdeu a vida. E quando a liberdade chegou e a Fretlin apareceu à luz do dia como vanguarda autêntica do povo timorense – «a Fretlin é o povo e o povo é a Fretlin» – pronta a assumir as responsabilidades do poder, chegou ao país uma autêntica chusma de técnicos e aventureiros, com norte-americanos e australianos na primeira linha, a «aconselhar» o povo timorense o que devia fazer, ele que se libertou pelas próprias mãos dando provas de tanto engenho e criatividade. Ou seja, procurando impor no berço aquilo que ainda hoje continuam a tentar: substituir o colonialismo português e o ocupante indonésio pela recolonização da «nova ordem» imperialista com o beneplácito da «comunidade internacional».
E tudo isto porquê? Porque a Fretlin não só teve o mérito histórico de erguer a bandeira da independência, como encontrou nas suas profundas raízes no povo a capacidade para resistir e para vencer uma prolongada guerra de libertação. E mais ainda. Porque conquistada a liberdade e a independência a Fretlin viu confirmado em eleições o apoio esmagador do seu povo, assumiu com coragem as responsabilidades do poder, rechaçou com dignidade e firmeza tutelas paternalistas e imperialistas, apontou para o país a via da soberania nacional, da administração soberana dos seus recursos para benefício do povo, de uma política externa de cooperação e de paz. É isto que o imperialismo e uma burguesia interna ambiciosa não podem tolerar. É isto que leva a Austrália a comportar-se como potência ocupante, manobrando para introduzir cada vez mais tropas em Timor, para o que conta com o apoio de R. Horta e Xanana, enquanto a Fretlin coloca a necessidade da sua retirada. É isto que leva os adversários da Fretlin rendidos aos encantos do capital (a questão de classe toma sempre a dianteira uma vez resolvida a questão nacional) a recorrer a todos os truques e manobras destabilizadoras ( vide o flirt com Reinado e a instigação de grupos violentos) para dar crédito às teorias do «estado falhado» e justificar ameaças golpistas como a instauração do estado de sítio e impedir a realização de eleições legislativas que possam consolidar a autoridade e apoio da Fretlin.
A vitória de Lu Olo e da Fretlin está na lógica das coisas. Mas sejam quais forem os resultados importa não esquecer que a conspiração contra a soberania de Timor e a força que a protagoniza continua. É necessária vigilância em relação a ulteriores desenvolvimentos e expressar à Fretlin e ao povo timorense a nossa amizade e solidariedade internacionalista. A luta continua e o seu combate é também o nosso combate.