Exploração agravada
Os operários da fábrica da Volkswagem em Bruxelas, Bélgica, aprovaram, dia 27, o plano de reestruturação que reduz para menos de metade o efectivo de pessoal e impõe, aos que ficam, o aumento do horário de trabalho e a redução de direitos.
Na véspera, a unidade belga tinha cumprido mais um dia de greve em protesto contra as propostas da administração, consideradas como um «passo atrás» pela generalidade dos trabalhadores.
Apesar disso, concluída a negociação, os representantes sindicais procuraram obter o aval das bases promovendo um referendo, no qual se perguntava laconicamente: «Concorda ou não em continuar com Audi?». A esta pergunta, que apenas refere a mudança de nome da fábrica, 76 por cento dos trabalhadores responderam afirmativamente.
Com este «acordo» o construtor germânico compromete-se a manter uma produção anual de 84 mil veículos das marcas Volkswagen e Audi no período transitório 2007-2009, findo o qual deverá iniciar-se a montagem do novo modelo Audi A1.
Ao mesmo tempo, o número de postos de trabalho será reduzido dos actuais 5200 para 2200, limite que deverá permanecer estável até 2010, segundo os termos negociados.
Em contrapartida, a jornada semanal de trabalho passa das 35 para 38 horas, sem acréscimo remuneratório, sendo agravadas as condições de flexibilidade na sua prestação. É abolido o actual regime de pausas e instaurado um sistema de prémios por mérito e qualidade do trabalho.
Este aumento da exploração da mão-de-obra permitirá à multinacional diminuir os custos horários de produção em 20 por cento até final de 2009 (dos actuais 40 euros para 32 euros/hora).
No entanto, a administração promete manter os salários próximos da remuneração média do sector, garantindo, no período de transição, 90 por cento da remuneração mensal média auferida em 2006.
Os responsáveis alemães regozijaram-se com a conclusão do acordo, do qual faziam depender não só o encerramento da unidade, mas igualmente o pagamento das indemnizações e outras compensações prometidas aos cerca de três mil operários que aceitaram a rescisão de contrato, na sequência da reestruturação iniciada em Novembro de 2006, quando a fábrica belga perdeu a produção do modelo Golf.
O primeiro-ministro belga, Guy Verhofstadt, saudou «a vitória do bom senso», enquanto o titular da pasta do Emprego, Peter van Velthoven, disse esperar que «esta decisão, tomada democraticamente, seja mantida e respeitada por todos».
Na véspera, a unidade belga tinha cumprido mais um dia de greve em protesto contra as propostas da administração, consideradas como um «passo atrás» pela generalidade dos trabalhadores.
Apesar disso, concluída a negociação, os representantes sindicais procuraram obter o aval das bases promovendo um referendo, no qual se perguntava laconicamente: «Concorda ou não em continuar com Audi?». A esta pergunta, que apenas refere a mudança de nome da fábrica, 76 por cento dos trabalhadores responderam afirmativamente.
Com este «acordo» o construtor germânico compromete-se a manter uma produção anual de 84 mil veículos das marcas Volkswagen e Audi no período transitório 2007-2009, findo o qual deverá iniciar-se a montagem do novo modelo Audi A1.
Ao mesmo tempo, o número de postos de trabalho será reduzido dos actuais 5200 para 2200, limite que deverá permanecer estável até 2010, segundo os termos negociados.
Em contrapartida, a jornada semanal de trabalho passa das 35 para 38 horas, sem acréscimo remuneratório, sendo agravadas as condições de flexibilidade na sua prestação. É abolido o actual regime de pausas e instaurado um sistema de prémios por mérito e qualidade do trabalho.
Este aumento da exploração da mão-de-obra permitirá à multinacional diminuir os custos horários de produção em 20 por cento até final de 2009 (dos actuais 40 euros para 32 euros/hora).
No entanto, a administração promete manter os salários próximos da remuneração média do sector, garantindo, no período de transição, 90 por cento da remuneração mensal média auferida em 2006.
Os responsáveis alemães regozijaram-se com a conclusão do acordo, do qual faziam depender não só o encerramento da unidade, mas igualmente o pagamento das indemnizações e outras compensações prometidas aos cerca de três mil operários que aceitaram a rescisão de contrato, na sequência da reestruturação iniciada em Novembro de 2006, quando a fábrica belga perdeu a produção do modelo Golf.
O primeiro-ministro belga, Guy Verhofstadt, saudou «a vitória do bom senso», enquanto o titular da pasta do Emprego, Peter van Velthoven, disse esperar que «esta decisão, tomada democraticamente, seja mantida e respeitada por todos».