Prodi reconduzido
Sem surpresa, Romano Prodi foi reconduzido na chefia do governo após o senado se ter pronunciado, dia 27, a seu favor, votação confirmada na sexta-feira, dia 2, por uma maioria de deputados na câmara baixa do parlamento italiano.
Embora tenha sobrevivido à crise política que ele próprio provocou com a inesperada demissão de dia 21 de Fevereiro, Prodi e o seu governo têm um futuro incerto dadas as evidentes clivagens políticas entre os parceiros de coligação.
Desta vez, a fina camada de verniz que cobria o bloco de centro-esquerda estalou com a insistência de il Professore em manter as tropas no Afeganistão e permitir o alargamento da base americana de Vincenza, no Norte de Itália.
A moção que apresentou no senado sobre política externa acabaria por ser derrotada devido à recusa de dois eleitos, Franco Turigliatto, da Refundação Comunista, e Fernando Rossi, do Partido dos Comunistas Italianos, de participarem na votação, o que colocou a direita em maioria.
De imediato, estes dois senadores tornaram-se os bodes expiatórios da crise política, sendo alvo de pressões e insultuosas campanhas difamatórias na imprensa, que os qualificou como «perigosos extremistas» desprovidos de «sentido de estado».
Em carta aberta, Franco Turigliatto, entretanto expulso das fileiras da Refundação Comunista, explica que agiu «em plena coerência não só com as minhas ideias, mas também com o programa histórico do meu partido. Por isso voltaria a fazê-lo».
Recusando-se a pactuar com uma política que «ao sábado desfila contra a guerra e na quarta-feira seguinte vota políticas de intervenção militar», este senador sublinha que «jamais votarei a favor de guerras, nem a favor que qualquer contra-reforma das pensões […] não atraiçoarei as razões que me conduziram a este lugar, que não é o centro da política – este para mim continua a situar-se na luta social dos trabalhadores e trabalhadoras.»
Embora tenha sobrevivido à crise política que ele próprio provocou com a inesperada demissão de dia 21 de Fevereiro, Prodi e o seu governo têm um futuro incerto dadas as evidentes clivagens políticas entre os parceiros de coligação.
Desta vez, a fina camada de verniz que cobria o bloco de centro-esquerda estalou com a insistência de il Professore em manter as tropas no Afeganistão e permitir o alargamento da base americana de Vincenza, no Norte de Itália.
A moção que apresentou no senado sobre política externa acabaria por ser derrotada devido à recusa de dois eleitos, Franco Turigliatto, da Refundação Comunista, e Fernando Rossi, do Partido dos Comunistas Italianos, de participarem na votação, o que colocou a direita em maioria.
De imediato, estes dois senadores tornaram-se os bodes expiatórios da crise política, sendo alvo de pressões e insultuosas campanhas difamatórias na imprensa, que os qualificou como «perigosos extremistas» desprovidos de «sentido de estado».
Em carta aberta, Franco Turigliatto, entretanto expulso das fileiras da Refundação Comunista, explica que agiu «em plena coerência não só com as minhas ideias, mas também com o programa histórico do meu partido. Por isso voltaria a fazê-lo».
Recusando-se a pactuar com uma política que «ao sábado desfila contra a guerra e na quarta-feira seguinte vota políticas de intervenção militar», este senador sublinha que «jamais votarei a favor de guerras, nem a favor que qualquer contra-reforma das pensões […] não atraiçoarei as razões que me conduziram a este lugar, que não é o centro da política – este para mim continua a situar-se na luta social dos trabalhadores e trabalhadoras.»